~~VOCÊ ON~~
Desci junto com Emily para o café da manha e, como de costume, Philip já estava sentado na mesa. Sentei com minha bandeja já cheia com comida. A mesa foi enchendo conforme a multidão descia para o café. Eu estava desligada comendo os ovos mexidos e só depois foi prestar atenção na mesa.
Liam estava sentado na ponta, seguido por Izy, Emily e eu. No outro lado, estavam Philip Niall e Alex. A falação continuava enquanto eu ainda me sentia encabulada. Meus olhos correram para o refeitório, mais precisamente, para a mesa dele.
As pessoas como sempre estavam o rodeando. Tenho certeza que falavam lorotas para agrada-lo, mas parecia não ter efeito. Seus olhos estavam baixos, fitando o prato. Meu peito começou a arder. Minha vontade era de levantar, ir até ele. Mas eu não podia.
Eu teria que esperar as aulas começarem para tentar falar alguma coisa, e, a consequência disso, seria meu inquietamento. Meus olhos correram para sua mesa novamente. Ele estava na mesma posição. Desviei meus olhos para a minha mesa, onde peguei todas as pessoas olhando para mim, como se esperassem alguma coisa.
Observei sua pequena palavra em resposta a mim. Minha vontade era de jogar esse pepel na cara dela e mandar Zayn escrever alguma coisa que preste para uma resposta digna, porem, me contive.
Minha perna balançava enquanto olhava para o questionário de 15 questões sobre platelmintos. Zayn rodava o lápis encima da folha de papel, completamente entediado. As aulas na parte da amanha eram as mais entendiadas. Fitei mais uma vez o papel, teria que faze-los de uma forma ou de outra.
Passei minhas mãos pelos seus ombros, segurando mais firme com a mão boa. Seus olhos não saiam de mim, oque de fato eu queria. A mãos dele passaram por mim; busto, cintura, quadris até as coxas. Ele me segurou firme, enquanto eu era erguida do chão. Zayn mantinha as mãos em minhas coxas quando finalmente me colocou sobre a cama, ficando encima de mim.
Eu acreditava que era sua cama. Ficava colada com a parede pichada do quarto, e o seu cheiro. O cheiro era o melhor. Como se ali se concentrasse o seu perfume.
Levantei meu braço direito ate chegar em sua nuca, onde o puxei para baixo. Seus lábios caíram diretamente nos meus, me levanto a combustão só de senti-lo por uma parte. Meus dedos rolaram ate seu ombro, onde puxei o casaco, o jogando em algum lugar.
Ele se direcionou para meu pescoço, onde seus beijos de deixavam fora do eixo. Com rapidez, tirei meu casaco. Ali não estava frio, estava crescendo um calor que parecia se acumular no meu corpo, me deixando completamente incendiada.
Seus olhos subiram para mim, onde em resposta eu mordi o lábio. Ele puxou a barra da minha calcinha, a retirando completamente, me deixando a merce sobre seu corpo. A tensão que passava por mim era estranhamente boa. Nunca passei por isso na minha vida. Todas as minhas experiências sexuas tinham sido as mínguas. As lembranças de Paris voltaram em um jato, onde me lembrei de seu corpo perfeito. Eu queria vê-lo novamente.
Ele segurou em minhas coxas, beijando e mordendo, um pouco depois dos joelhos. Me contive quando ele desceu seus beijos pelas minhas coxas, até chagar na parte central da virilha. Agarrei o lençol, agradecendo por ter o mordido a tempo, assim que senti sua língua em contato com minha pele sensível.
Eu me contorcia a cada movimento dele com a língua sobre meu corpo. Não era possível que ele conseguia fazer isso. Cada parte de mim parecia se desmanchar a cada segundo que se passava, não restando nada, apenas um imenso prazer que parecia fumigar em minha pele.
Eu estava me controlando ao máximo para não gritar. Meu corpo fervia com meus pensamentos. Meus gemidos roucos e abafados tomaram conta do quarto, junto com minha respiração que estava completamente descontrolada. A ponta de minhas umas passaram pelo lençol, assim que minha vista escureceu e o ponto de ebulição dentro de mim começou a reagir.
Minhas pernas estavam tremulas. Eu sentia os músculos pulsando. Uma vertigem tomou conta de mim, trazendo um prazer inestimável, que tomava conta de cada parte de mim. Um gemido muito mais alto saiu de entre meus dentes. Minhas mãos correram com dificuldade sobre meu corpo, ate chegar nos cabelos macios dele. Eu tinha chegado em meu ápice completamente maravilhada com oque ele tinha feito.
Seu rosto foi deslizando pela pele da minha barriga, enquanto meu corpo suado encontrava o seu. Ele me beijou assim que sua boca já estava perto da minha. Meu gosto tomava conta de seus lábios macios e vermelhos, o que me deixou mais em êxtase.
Segurei sua nuca para que ele não se separasse de mim, ainda explorando cara parte de minha boca. Finalmente sua boca desceu até o meu pescoço, onde ele me fez entrar em combustão apenas com seus beijos. Sua respiração bateu contra minha orelha, me arrepiando.
Isso era impossível. Eu precisava senti-lo.
Me ajeitei sobre seu corpo, o deixando entre minhas duas pernas. O vi pegando um preservativo, oque me deixou mais segura. Meus olhos se fecharam assim que ele se deitou sobre mim e logo o senti por completo.
Um gemido saiu de meus lábios, não pude conte-lo. Ele segurou minha cintura, me ajeitando enquanto minha cabeça tombava para trás. Seus primeiros movimentos estavam calmos, apenas como incentivos para mim. Eu não conseguia me concentrar em mais nada, apenas em seu corpo sobre mim.
Sua pele macia roçava como a minha, me levanto a outro tipo de mundo. Ele era como uma droga.
Levantei meu rosto, enquanto ele começava com os movimentos mais rápidos. Puxei sua cabeça cara baixo, beijando seus lábios. Seus movimentos foram ficando mais precisos, indo e vindo, me levando junto. Meu corpo queimava e ardia, especialmente na parte da virilha, onde sentia o atrito com sua pele.
Minha respiração foi pedindo cada vez mais de mim, me fazendo respirar pela boca, onde dividia o trabalho em respirar e gemer de prazer. Minhas mãos passeavam sobre sua pele quente, o arranhando. Estava muito difícil não gritar ou não demostrar nenhum som, mesmo quando sentia sua boca na minha. Sua pressão sobre meu corpo estava forte, ele investia cada vez mais fundo.
Minhas pernas ficaram bambas e o músculos pareciam pular, revelando minha tensão. Eu não conseguia mais esconder oque eu estava sentindo, ele estava me tomando. Minhas mãos puxaram os fios curtos do seu cabelo, o trazendo para frente. Minha boca se abriu e eu tentei formular alguma palavra, mais foi impossível, em vez disso, soltei um gemido abafado sobre os dentes.
Tentei outra vez, agora com sucesso. As palavras saíram estranhas de minha boca seca, mas seu ouvido estava bem próximo, então ele entendeu perfeitamente.
Devagarzinho, seus movimentos foram sessando. Ele ainda estava sobre mim, jogando seu peso contra meu corpo. Minhas mãos passaram pela sua costas suadas, acariciando-o. Sua respiração estava descontrolada como a minha, porem essa era a melhor sensação de toda minha vida. Te-lo ali, por completo, era bom de mais.
Lentamente ele caiu sobre o outro lado da cama, me juntando ao seu corpo. Seus braços passaram em volta de mim, junto com uma manta que exalava seu cheiro. Me encolhi sobre seus braços, ainda sentindo meus músculos tensos. Puxei a manta cinza e respirei o mais fundo que podia, ainda tentando controlar minha respiração.
Meus olhos pararam no teto, depois deram a volta no quarto. Ele era exatamente igual ao nosso – talvez um pouco mais bagunçado – toda a arquitetura era a mesma. Enquanto eu observava a decoração, senti suas mãos começaram a massagear meus braços, até sua boca beijar meu pescoço.
Seus lábios tomaram minha boca, de um jeito calmo porem intenso. Minhas mãos acariciaram sua nuca enquanto ele ficava com o corpo sobre o meu, enrolado na manta. O ar começou a faltar, mas mesmo assim me mantive presa em seus lábios, aproveitando cara momento em que minha pele estava em contato com a sua.
De repente, um som muito forte soou do corredor. O sinal do termino do tempo de almoço tinha tocado. Meus pensamentos demoraram para raciocinar o que estava acontecendo. Seus lábios eram extraordinários. Porem, meu subconsciente estava piscando, me avisando sobre meus deveres. O que aconteceria se eu não fosse a aula também? Seria tão explícito assim?
Eu queria com todas as minhas forças ficar em seus braços pelo esto da minha vida. Nunca pensei que isso poderia acontecer comigo. Gostar de uma pessoa... Amar uma pessoa com essa intensidade.
É viciante e dolorosamente maravilhoso!
Eu tinha duas escolhas:
A escolha 2 estava mais em conta. Mesmo que eu mantivesse essa mentira, arrastando-a por mais tempo, a recompensa de ficar com ele superava qualquer coisa. Superava qualquer outra coisa que me fazia ser lucida. Com ele, eu não sabia oque era o certo e o errado, o preto e o branco. Tudo era uma combinação perfeita, tornando tudo ao meu redor harmonioso.
E eu queria que essa harmonia continuasse. Merda. Eu queria muito que continuasse.
Minhas unhas cravaram na pele do pescoço de Zayn, fazendo ele arfar contra minha boca. Recuei sua cabeça, fazendo ele se separar de mim. Seus olhos se arregalaram e me fitaram. Levantei meu tronco da cama, enquanto ele ainda estava atordoado.
£££
Se passaram várias semanas. A tala na mão da menina já tinha sido removida ha semanas e nenhuma sequela. Os dias em Paris agora eram só lembranças que eram repetidas vezes lembradas em noites inteiras juntas no Jardim de Inverno. Ficava cada vez mais difícil para os dois esconderem oque sentiam, a vontade de ter um ao outro crescia muito rápido.
A garota andou pelos corredores vazios até chegar ao refeitório, onde pôs sua comida em uma das bandejas de plastico e se sentou na mesa. Todos estavam ali como de costume. Pouca coisa mudou.
As pessoas voltaram as suas conversas normais, enquanto Seunome se envolvia nelas. De repente, Zayn voltou ao refeitório, tirando a atenção da conversa para ele. Zayn estava tão lindo. Para ela ele sempre estava lindo – mas realmente, ele era lindo. Ela viu seu corpo parado observando o refeitório. O céus! Como um cara como aquele seria capaz de amar alguém? Amar Seunome?
Era como ser totalmente impossível comprar Zayn com Seunome. Como se dizem por ai, ele era areia demais para o caminhãozinho dela.
Sua mente escorregou sem querer na possibilidade de tudo isso não significar nada para ele.
Sera que ela estava se envolvendo demais em uma coisa que não era real?
Sua mente não parou de pensar nisso. Ela sentia que ele gostava dela. Afinal, quando você passa tanto tempo com alguém, você sebe o que acontece... oque ela sente. Mas Zayn era um enigma. Ele não era de falar muito sobre sentimentos, mas demostrava muito.
Seunome observou o garoto se dirigindo até sua mesa de sempre, com as mesmas pessoas. Essas pessoas se encaixavam muito bem com ele. Eram bonitas – não tanto como ele – com seus rostos e vidas perfeitas.
Ela encolheu os ombros. Um choque de pensamentos ruins a atacaram. Seus olhos baixaram para seu prato pela metade, que a deixou mais sem fome ainda. Ficou um tempo assim, apenas tentando expulsar essas ideias de sua cabeça.
Seus olhos se arregalaram quando viu oque a deixou mais nervosa ainda. Seu coração acelerou e o rosto começou a queimar. O que diabos era isso? - pensou.
Perrie estava com um dos braços em volta da cintura de Zayn, sorrindo e jogando seus cabelos coloridos para os lados.
(Gente, gostaria de deixar claro uma coisa aqui. Quando eu comecei a fanfic, achei que ficaria legal colocar a Perrie para dar uma empatada no casal. Porem, eu vi que não tem nada haver colocar a coitada da Perrie nessa minha historia doida. Então, quando imaginarem essa garota, ou se vocês imaginam, imaginem uma pessoa que não seja ela, se isso for possível, claro. Muito obrigada)
Os olhos de Seunome fitaram a sena. Zayn não estava expressando nada, mas mesmo assim não estava relutante com a garota abraçada a ele. Havia muitas outras garotinhas amontoadas em volta dos dois, mostrando seus dentes extremamente brancos.
Seunome virou o rosto, fitando freneticamente a mesa. Seu rosto ardeu. Mas porque isso logo agora? Subiu seus olhos e fitou o rosto de Philip, sorrindo com as sobrancelhas arqueadas, sem mostrar os dentes. Ela sorriu de volta do mesmo jeito. E assim, prestou atenção de volta na conversa.
GENTE EU SEI, DEMOREI MUITO.
Mas não se esqueçam que essa fanfic é minha vida, nunca vou parar de escrever.
GOSTARIA DE MANDAR UM BEIJÃO PRA JULIA QUE VEIO FALAR COMIGO NO TWITTER <3 GENTE FIQUEI MUITO FELIZ.
Bom, agora sobre a fanfic. Espero que vocês tenham entendido a bosta desse capitulo. Eu tinha que fazer o tempo passar de alguma forma, se vocês não entenderam, me desculpe, vou tentar melhorar.
Sobre o nome ''Perrie''. Pelo amor de Deus, não o associem a Perrie. Eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso. Não shippo Zerrie, mas enfiar a Perrie nessa fanfic foi demais ahahah' Céus!
Essa temporada estava acabano 'o'. A fanfic vai dar uma reviravolta doida e espero que vocês gostem.
O trailer da 2° temporada esta quase pronto, vou postar logo logo.
Espero que gostem. Eu amo muito vocês <3
COMENTEM! VOCÊS ME INCENTIVAM MUITO <3
As velas estavam acesas. Meu rosto estava muito perto delas, eu conseguia ver a fumaça subindo e sendo puxadas pelos meus pulmões. Um único pedido estava nos meus pensamentos.
Desejei verdade.
Era a única coisa que eu queria. As crenças dizem que se você fazer um pedido quando assopra suas velas de aniversario, à fumaça leva seus desejos e sonhos para os céus, para que os anjos e santos os realizem.
Eu não sabia se isso era verdade ou não, mas eu pedi com todas as minhas forças. Eu gostaria muito que tudo ficasse as claras. Mas nem sempre os anjos realizam nossos desejos.
***
Meus olhos cansados se abriram pela manha, enquanto já havia movimentação no quarto. O cansaço já tinha me tomado, mas mesmo assim arrumei forças para esse longo dia.
Depois que à festa de ontem acabou, vimos o outro lado ruim de fazer uma festa no internato. Madalena tinha dado permissão para à festa, porem quem iria limpar seriamos nós. Então dormimos tarde.
Minha meta para esse dia era tirar uma explicação de Zayn pelo qual motivo ele tinha ficado tão estranho em Paris. Tudo bem, eu fiquei meio fora de si quando ele se meteu naquela briga, mas eu mostrei que estava tudo bem.
Desci junto com Emily para o café da manha e, como de costume, Philip já estava sentado na mesa. Sentei com minha bandeja já cheia com comida. A mesa foi enchendo conforme a multidão descia para o café. Eu estava desligada comendo os ovos mexidos e só depois foi prestar atenção na mesa.
Liam estava sentado na ponta, seguido por Izy, Emily e eu. No outro lado, estavam Philip Niall e Alex. A falação continuava enquanto eu ainda me sentia encabulada. Meus olhos correram para o refeitório, mais precisamente, para a mesa dele.
As pessoas como sempre estavam o rodeando. Tenho certeza que falavam lorotas para agrada-lo, mas parecia não ter efeito. Seus olhos estavam baixos, fitando o prato. Meu peito começou a arder. Minha vontade era de levantar, ir até ele. Mas eu não podia.
Eu teria que esperar as aulas começarem para tentar falar alguma coisa, e, a consequência disso, seria meu inquietamento. Meus olhos correram para sua mesa novamente. Ele estava na mesma posição. Desviei meus olhos para a minha mesa, onde peguei todas as pessoas olhando para mim, como se esperassem alguma coisa.
- Então Seunome – Izy me encarava, arregalando os olhos – Como foi a viagem?
- Foi... – minha voz falhou. Limpei à garganta e tentei recomeçar – Foi incrível. Valeu à pena cada momento.
Por um momento, me lembrei de cada segundo que tive ao lado de Zayn. De cada toque dele que eu sentia, de tudo. Aquilo realmente valeu à pena.
- E essa mão aí? – Niall resmungou bebendo um pouco do suco no copo de plastico – Fez arte?
Eu ri e ajeitei à tala na minha mão.
- Eu... – pensei primeiro o que iria dizer – Eu me desequilibrei e caí encima da mão, nada sério. Em duas semanas tiro a tala.
Em partes, eu tinha dito a verdade. Apenas omiti o que me fez desequilibrar. O café continuou com mais olhadas minhas para a mesa dele e mais perguntas sobre Paris.
Arrastei a folha rasgada do meu caderno pela mesa de mármore. Ele a observou por um tempo, antes de pegar a caneta com uma lentidão enjoativa para mim. A professora falava alguma coisa lá na frente, algo que eu sabia que era importante, mas Zayn era muito mais. Ele usava um casaco preto, cobrindo a cabeça com o capuz.
´´Oque ha com você? ´´ - Dizia meu bilhete, com a letra mais legível que pude escrever.
´´Nada´´ - ele mandou de volta, sem ao menos olhar para mim.
***
Arrastei a folha rasgada do meu caderno pela mesa de mármore. Ele a observou por um tempo, antes de pegar a caneta com uma lentidão enjoativa para mim. A professora falava alguma coisa lá na frente, algo que eu sabia que era importante, mas Zayn era muito mais. Ele usava um casaco preto, cobrindo a cabeça com o capuz.
´´Oque ha com você? ´´ - Dizia meu bilhete, com a letra mais legível que pude escrever.
´´Nada´´ - ele mandou de volta, sem ao menos olhar para mim.
Observei sua pequena palavra em resposta a mim. Minha vontade era de jogar esse pepel na cara dela e mandar Zayn escrever alguma coisa que preste para uma resposta digna, porem, me contive.
Minha perna balançava enquanto olhava para o questionário de 15 questões sobre platelmintos. Zayn rodava o lápis encima da folha de papel, completamente entediado. As aulas na parte da amanha eram as mais entendiadas. Fitei mais uma vez o papel, teria que faze-los de uma forma ou de outra.
***
- Liam! – gritei tão alto que algumas pessoas se viraram para mim, mas depois voltaram a suas conversas.
Ele carregava alguns livros nas mãos, junto com uma mochila nas costas. Liam parou e me esperou sorrindo. Apertei o passo e logo o alcancei.
- Você... – disse e limpei a garganta assim que cheguei ao seu lado, baixando o tom de voz – Você sabe onde o Zayn esta? Tipo, eu tenho que entregar umas coisas pra ele sobre um trabalho, mas ele saiu praticamente correndo da sala e eu não tive tempo – revirei os olhos tentando achar Zayn um idiota – Sabe como ele é, né? Então... você viu ele?
- Ah sim – ele disse dando um passo para frente e logo começamos a andar – Ele disse que não estava se sentindo muito bem para assistir as aulas na parte da tarde – ele deu de ombros – Já que vocês não fazem dupla nessa aula, ele vai passar o resto do dia no quarto.
- Ah – suspirei. Como assim ele não estava se sentindo muito bem? – Então eu entrego mais tarde. Bom almoço, Liam.
Ele sorriu para mim e contornei o prédio escolar. O Zayn tem agora? Um ataque repentino de depressão? Meus olhos correram para o céu de meio-dia, que na verdade parecia mais uma tarde fria, e depois para o prédio de dormitório. Será que as pessoas sentiriam minha falta no refeitório?
***
Eu nunca tinha feito isso. Invadir a zona proibida nunca foi para meninas, embora a ideia de entrar no lado sul do prédio sempre tenha sido encantadora. O lado sul era o lado masculino, completamente proibido. Sempre tiveram alguns meninos que conseguiam entrar no lado norte, mas isso era raro. Zayn fazia parte deles.
Eu tinha certeza que todas as pessoas estavam no refeitório. Ninguém fica aqui essa hora, então eu estava menos preocupada, embora nunca pode confiar nesse lugar. Tudo era praticamente igual. Menos as portas que eram decoradas completamente diferentes, sem muito rosa e coisas coladas.
Eu tinha certeza que ele havia me falado o número do quarto dele, mas não conseguia lembrar. Caminhei sobre o linóleo no máximo de silencio que consegui. Portas 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32... 33. Eu tinha certeza. Era a 33.
Se eu batesse? Será que ele iria me atender? E se eu simplesmente abrisse?
Coloquei a mão na maçaneta e rodei. Seria mais fácil eu simplesmente abrir.
Meus olhos percorreram o quarto enquanto colocava o primeiro pé para dentro. Aparentemente, nada. Mas de repente, eu o vi. Zayn estava encolhido perto da janela, sentado sobre um banco estofado. Seu queixo estava apoiado nos joelhos e seus olhos fixos na janela. Talvez ele nem tenha me percebido ali.
Fechei a porta e imediatamente e ele ergueu a cabeça. Ele se levantou rápido demais, muito mais rápido do que eu pensei em ir até ele. Suas sobrancelhas se juntaram e seu rosto parecia encabulado.
- Ma-mas oque você tá fazendo aqui? – sua voz era rala, mas mesmo assim me senti bem em ouvi-la pela primeira vez hoje.
- Eu vim te ver – minha voz saiu no mesmo tom que o dele – Como assim você não esta se sentindo bem?
Ele me fitou e puxou as mangas do casaco até os pulsos.
- Eu tô bem. Só não queria assistir mais as aulas.
- Humm – balancei a cabeça enquanto mordia o lábio. Os olhos dele voltaram para minha mão enfaixada e depois baixaram para o chão.
- É melhor você ir senão vai arranjar problema – ele se virou e fitou a janela.
Nessa hora eu queria bater nele. O que realmente estava acontecendo?
- Pelo amor de Deus, Zayn. O que ha com você?
- Eu já disse que to bem – ele rebateu, virando um pouco a cabeça para o lado.
- Não esta não – eu quase grite, dando mais alguns passos e ficando mais próximo dele – É isso aqui? É por isso? – apontei para minha mão, enquanto ele revirava os olhos.
- Para com isso – ele disse um pouco mais alto do que eu.
- Ah céus! – disse bem ao seu lado, fitando seu rosto enquanto ele ainda encarava a janela – Esquece isso. Eu estou bem. Por favor, esqueça.
Ele se virou para mim, me encarando de uma forma atormentadora. Zayn levantou os braços e segurou meus ombros, me obrigando a fita-lo.
- Você não entende – sua respiração pesada bateu contra meu rosto. Observei a linha do seu maxilar, perfeita bem perto de mim – Eu estraguei tudo. Era seu aniversario e eu queria fazer você feliz. Eu queria te dar um aniversario sem confusões e olha o que eu fiz.
Sua voz era rouca e eu não conseguia pensar direito. Essa historia toda outra vez? Tudo aquilo que eu deveria e com certeza iria esquecer, Zayn me lembrou apenas com algumas palavras.
Eu engoli a seco. Suas mãos pesadas ainda estavam em mim.
- Não importa mais – olhei fundo nos seus olhos. Eu estava louca para que tudo isso acabasse e seus olhos calorosos e brilhantes me olhassem de novo – Aquilo não importa mais. Você me deu os melhores dias da minha vida. Eu estava em Paris e com você. Eu te devo de mais por tudo isso.
Ele me olhou com os olhos tristes. Levantei meus braços e os pus em volta de sua cintura.
Passei minha cabeça sobre seu peito, sentindo o efeito dele. Ali, sentindo seu calor, seu cheiro bem perto de mim, me senti completa, como se o mundo estivesse em minhas mãos. Como se eu pudesse fazer oque eu quisesse, como se o céu não fosse o limite, fosse apenas nosso porto seguro.- Eu queria muito, muito falar para as pessoas o que eu sinto por você – sua voz foi suavizando e logo seu abraço tomou conta de mim.
- Elas não precisam saber – minha voz saia presa, quase que engasgada – Eles não sabem sobre as coisas que fazemos. Eles não sabem sobre os eu te amo... Eles não sabem sobre todas as noites. Eles não sabem sobre nós.
- Eu juro – arfei, enquanto ele beija meu cabelo – Eu juro que um dia eles iram saber. E iram ter inveja sobre oque eu sinto por você.
- E eles iram – ele levantou meu rosto, deixando seus dedos segurando meu queixo – Me perdoe por tudo, não queria fazer...
- Shhh – o interrompi, olhando firme em seus olhos – Não peça mais desculpas. Eu... eu só quero que você fique bem novamente. E trate de sorrir.
Dei um pequeno tapa em seu ombro com a mão boa. Ele baixou o rosto e deu um suspiro enorme. Seus olhos voltaram para mim, muito melhores do que antes. Meu peito se encheu novamente, com uma coisa que me fazia realmente bem. Como se seu sorriso fosse oque me mantinha em pé.
Zayn me abraçou muito forte, tirando meus pés do chão. Senti a forma do seu corpo me encaixar na minha. Meus braços passaram em volta de suas costas e depois para sua nuca. Puxei-o, suficiente para deixar seus lábios próximos de mim. Como eu estava sentindo falta dele.
Seu nariz passou pela pele de minha bochecha, arrepiando-me. Ele distribuiu bejinhos no meu pescoço e rosto, antes de chegar finalmente em meus lábios. Minha pele queimava ao seu toque, enquanto sentia minha boca ser envolvida com a sua.
Grande parte de mim queria morrer ali, em seus braços. A outra parte, queria viver eternamente para poder senti-lo ainda mais.
Ele puxou meu lábio inferior, antes de sua boca me liberar, relutante. Seus olhos pararam em mim, enquanto eu tentava controlar minha respiração e minha vontade de atacar seus lábios novamente. Os olhos de Zayn queimavam. Queimavam do jeito que eu queria.
Passei minhas mãos pelos seus ombros, segurando mais firme com a mão boa. Seus olhos não saiam de mim, oque de fato eu queria. A mãos dele passaram por mim; busto, cintura, quadris até as coxas. Ele me segurou firme, enquanto eu era erguida do chão. Zayn mantinha as mãos em minhas coxas quando finalmente me colocou sobre a cama, ficando encima de mim.
Eu acreditava que era sua cama. Ficava colada com a parede pichada do quarto, e o seu cheiro. O cheiro era o melhor. Como se ali se concentrasse o seu perfume.
Levantei meu braço direito ate chegar em sua nuca, onde o puxei para baixo. Seus lábios caíram diretamente nos meus, me levanto a combustão só de senti-lo por uma parte. Meus dedos rolaram ate seu ombro, onde puxei o casaco, o jogando em algum lugar.
Ele se direcionou para meu pescoço, onde seus beijos de deixavam fora do eixo. Com rapidez, tirei meu casaco. Ali não estava frio, estava crescendo um calor que parecia se acumular no meu corpo, me deixando completamente incendiada.
- A porta – grunhi, arraiando a pele do seu pescoço com a ponta dos dedos – Tranque a porta.
Ele espirou fundo e logo já estava no caminho da porta. Enquanto ele ficava longe de mim por alguns segundos, levantei minha blusa vermelha até a cabeça, tampando meus olhos. De repente, suas mãos já estavam em mim novamente, me ajudando com esse trabalho. Dei graças a Deus que estava com um belo sutiã de bojo.
Puxei sua blusa assim que nós nos ajoelhamos na cama. Observei sua pele morena e muito, muito convidativa bem perto de mim, ao alcance de minha mão. Meus olhos viraram assim que sentia sua boca presa ao meu busto, ainda coberto. Ele colocou uma das mãos sobre minhas costas, me deitando sobre a cama.
Ele beijou meu pescoço, busto, e logo chegou em minha barriga, onde esfregou seu rosto, segurando meus quadris. Zayn passou a mão pelas minhas pernas até chegar no meu Converse preto, onde os retirou sem pressa, junto com as meias. Ele voltou para meus jeans, onde abriu o ziper com facilidade, tirando minha calça.
Seus olhos subiram para mim, onde em resposta eu mordi o lábio. Ele puxou a barra da minha calcinha, a retirando completamente, me deixando a merce sobre seu corpo. A tensão que passava por mim era estranhamente boa. Nunca passei por isso na minha vida. Todas as minhas experiências sexuas tinham sido as mínguas. As lembranças de Paris voltaram em um jato, onde me lembrei de seu corpo perfeito. Eu queria vê-lo novamente.
Ele segurou em minhas coxas, beijando e mordendo, um pouco depois dos joelhos. Me contive quando ele desceu seus beijos pelas minhas coxas, até chagar na parte central da virilha. Agarrei o lençol, agradecendo por ter o mordido a tempo, assim que senti sua língua em contato com minha pele sensível.
Eu me contorcia a cada movimento dele com a língua sobre meu corpo. Não era possível que ele conseguia fazer isso. Cada parte de mim parecia se desmanchar a cada segundo que se passava, não restando nada, apenas um imenso prazer que parecia fumigar em minha pele.
Eu estava me controlando ao máximo para não gritar. Meu corpo fervia com meus pensamentos. Meus gemidos roucos e abafados tomaram conta do quarto, junto com minha respiração que estava completamente descontrolada. A ponta de minhas umas passaram pelo lençol, assim que minha vista escureceu e o ponto de ebulição dentro de mim começou a reagir.
Minhas pernas estavam tremulas. Eu sentia os músculos pulsando. Uma vertigem tomou conta de mim, trazendo um prazer inestimável, que tomava conta de cada parte de mim. Um gemido muito mais alto saiu de entre meus dentes. Minhas mãos correram com dificuldade sobre meu corpo, ate chegar nos cabelos macios dele. Eu tinha chegado em meu ápice completamente maravilhada com oque ele tinha feito.
Seu rosto foi deslizando pela pele da minha barriga, enquanto meu corpo suado encontrava o seu. Ele me beijou assim que sua boca já estava perto da minha. Meu gosto tomava conta de seus lábios macios e vermelhos, o que me deixou mais em êxtase.
Segurei sua nuca para que ele não se separasse de mim, ainda explorando cara parte de minha boca. Finalmente sua boca desceu até o meu pescoço, onde ele me fez entrar em combustão apenas com seus beijos. Sua respiração bateu contra minha orelha, me arrepiando.
- Você é absolutamente perfeita – seu sussurro rouco me fez rolar os olhos. Minha respiração necessitada pedia cada fez mais de mim. Não era possível que ele conseguia fazer isso só com palavras – Eu te amo.
Aquilo para mim foi a gota d'água. Puxei seus cabelos, deixando seu rosto alinhado ao meu. Minha boca formigava pela sua. Eu o beijei, levantando meu tronco. Minhas mãos foram para trás assim que eu já estava presa, sentada com uma perna de cada lado do seu corpo. Tirei meu bojo, sem tirar os olhos dele, depois o beijei.
Ele ainda estava de calça, oque atrapalhou muito meus planos. Enquanto eu o beijava, minhas mãos desceram até a barra do seu jeans, o abrindo de sua só vez. Eu estava em uma espece de transe, onde só ter o corpo dele me importava. Logo a calça e boxer estavam por algum lugar do quarto.
Zayn me deitou sobre a cama, caindo imediatamente sobre mim. Eu pude ver seu corpo perfeito, graças a luz que saia da janela tampada apenas com uma cortina fina. Sua pele estava quente em contato com a minha. Sua boca caiu sobre meus busto, enquanto ele mordia e massageava meus seios.
Isso era impossível. Eu precisava senti-lo.
Me ajeitei sobre seu corpo, o deixando entre minhas duas pernas. O vi pegando um preservativo, oque me deixou mais segura. Meus olhos se fecharam assim que ele se deitou sobre mim e logo o senti por completo.
Um gemido saiu de meus lábios, não pude conte-lo. Ele segurou minha cintura, me ajeitando enquanto minha cabeça tombava para trás. Seus primeiros movimentos estavam calmos, apenas como incentivos para mim. Eu não conseguia me concentrar em mais nada, apenas em seu corpo sobre mim.
Sua pele macia roçava como a minha, me levanto a outro tipo de mundo. Ele era como uma droga.
Levantei meu rosto, enquanto ele começava com os movimentos mais rápidos. Puxei sua cabeça cara baixo, beijando seus lábios. Seus movimentos foram ficando mais precisos, indo e vindo, me levando junto. Meu corpo queimava e ardia, especialmente na parte da virilha, onde sentia o atrito com sua pele.
Minha respiração foi pedindo cada vez mais de mim, me fazendo respirar pela boca, onde dividia o trabalho em respirar e gemer de prazer. Minhas mãos passeavam sobre sua pele quente, o arranhando. Estava muito difícil não gritar ou não demostrar nenhum som, mesmo quando sentia sua boca na minha. Sua pressão sobre meu corpo estava forte, ele investia cada vez mais fundo.
Minhas pernas ficaram bambas e o músculos pareciam pular, revelando minha tensão. Eu não conseguia mais esconder oque eu estava sentindo, ele estava me tomando. Minhas mãos puxaram os fios curtos do seu cabelo, o trazendo para frente. Minha boca se abriu e eu tentei formular alguma palavra, mais foi impossível, em vez disso, soltei um gemido abafado sobre os dentes.
Tentei outra vez, agora com sucesso. As palavras saíram estranhas de minha boca seca, mas seu ouvido estava bem próximo, então ele entendeu perfeitamente.
- Você é – puxei a maior quantidade de ar que consegui – Você é perfeito.
A respiração pesada de Zayn bateu contra meu rosto. Eu não conseguia ver nada, eu queria ver seu rosto maravilhoso, porem não conseguia focalizar. Seus movimentos não pararam, porem ele começou a beijar meu rosto indo até a base do pescoço.
- E o que mais? – suas mãos saíram de minha cintura, passaram pelo meu corpo e depois puxaram firme meu cabelo.
- E eu te amo. – praticamente gemi.
Imediatamente ele já estava me beijando, consumindo cada parte da minha boca. Sua pressão sobre meu corpo aumentou, nos levando a um ápice juntos. Eu sentia seus gemidos roucos e baixos no meu ouvido, junto com seu prazer úmido e quente dentro de mim.
Devagarzinho, seus movimentos foram sessando. Ele ainda estava sobre mim, jogando seu peso contra meu corpo. Minhas mãos passaram pela sua costas suadas, acariciando-o. Sua respiração estava descontrolada como a minha, porem essa era a melhor sensação de toda minha vida. Te-lo ali, por completo, era bom de mais.
Lentamente ele caiu sobre o outro lado da cama, me juntando ao seu corpo. Seus braços passaram em volta de mim, junto com uma manta que exalava seu cheiro. Me encolhi sobre seus braços, ainda sentindo meus músculos tensos. Puxei a manta cinza e respirei o mais fundo que podia, ainda tentando controlar minha respiração.
Meus olhos pararam no teto, depois deram a volta no quarto. Ele era exatamente igual ao nosso – talvez um pouco mais bagunçado – toda a arquitetura era a mesma. Enquanto eu observava a decoração, senti suas mãos começaram a massagear meus braços, até sua boca beijar meu pescoço.
Seus lábios tomaram minha boca, de um jeito calmo porem intenso. Minhas mãos acariciaram sua nuca enquanto ele ficava com o corpo sobre o meu, enrolado na manta. O ar começou a faltar, mas mesmo assim me mantive presa em seus lábios, aproveitando cara momento em que minha pele estava em contato com a sua.
De repente, um som muito forte soou do corredor. O sinal do termino do tempo de almoço tinha tocado. Meus pensamentos demoraram para raciocinar o que estava acontecendo. Seus lábios eram extraordinários. Porem, meu subconsciente estava piscando, me avisando sobre meus deveres. O que aconteceria se eu não fosse a aula também? Seria tão explícito assim?
Eu queria com todas as minhas forças ficar em seus braços pelo esto da minha vida. Nunca pensei que isso poderia acontecer comigo. Gostar de uma pessoa... Amar uma pessoa com essa intensidade.
É viciante e dolorosamente maravilhoso!
Eu tinha duas escolhas:
- Ficar com Zayn essa tarde, contar para todos que eu estava com ele e esperar pelo pior. Esperar para me separar dele.
- Ir embora agora, continuar enganando todos e ficar em seus braços por mais tempo.
A escolha 2 estava mais em conta. Mesmo que eu mantivesse essa mentira, arrastando-a por mais tempo, a recompensa de ficar com ele superava qualquer coisa. Superava qualquer outra coisa que me fazia ser lucida. Com ele, eu não sabia oque era o certo e o errado, o preto e o branco. Tudo era uma combinação perfeita, tornando tudo ao meu redor harmonioso.
E eu queria que essa harmonia continuasse. Merda. Eu queria muito que continuasse.
Minhas unhas cravaram na pele do pescoço de Zayn, fazendo ele arfar contra minha boca. Recuei sua cabeça, fazendo ele se separar de mim. Seus olhos se arregalaram e me fitaram. Levantei meu tronco da cama, enquanto ele ainda estava atordoado.
- Tenho aula agora – minha voz saiu rouca e baixa, enquanto eu tentava sair de baixo das cobertas.
- Se importa se eu for... – apontei em direção ao banheiro, enquanto mantinha a muda de roupas embolada em minhas mãos.
- Fique a vontade – sua rala voz suave me deu permissão, enquanto eu ainda parecia totalmente atrapalhada.
Segui para o banheiro. Como eu tinha deduzido, era igual ao meu. Me apressei para tentar me recompor, mas eu ainda estava em êxtase. Voltei para o quarto e ele estava de boxer, sentado na ponta da cama, com os cabelos desgranhados. Ao vê-lo meu sorriso foi inevitável.
- Te vejo no jantar – ele me puxou, enquanto eu ainda estava abobada com sua beleza – Eu esperarei ansiosamente.
- Não mais do que eu – sorri e senti seus lábios juntos aos meus.
Olhei pela ultima vez para seu rosto perfeito e abri a porta bem devagar. Eu tinha certeza que todos estavam nas suas devidas salas de aula, menos Zayn, que mais tarde seus pais receberiam uma notificação sobre seu não comparecimento na aula da tarde. Mas depois, me liguei que Zayn faz o que quer.
Atravessei o campus indo em direção ao prédio escolar. Eu diria qualquer coisa. Não inventaria alguma coisa muito elaborada – até porque eu não conseguia formar nada que pudesse ser uma desculpa. Eu estava cansada. Meus pés pesavam, pedindo descanso.
Não interrompi à aula de literatura. À professora ainda não tinha chegado – devido, talvez, a sua idade avançada. Me sentei perto de Julia, que sorriu, mas depois voltou a cochichar com Harry.
Quem sabe eu dormiria, esperando ansiosa a hora do jantar.
Quem sabe eu dormiria, esperando ansiosa a hora do jantar.
£££
Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack
Os segundos se transformam em minutos. Os minutos em horas. As horas em dias. Os dias em semanas. As semanas em meses...
O que esperar do tempo? Acontecimentos? Fatos? Historias? Amores?
O tempo nos trás tudo.
Acontecimentos. Fatos. Historia. Amores.
Eu só estou aqui para falar sobre o tempo deles. O tempo dos apaixonados, ou melhor, doentes. Foi a maior imbecilidade da vida deles cometer esse erro. Mundos diferentes. Nunca iria dar certo. Porem, como tudo sempre tem de ser louco, deu certo. E deu muito certo.
Mais aulas foram matadas. Mais loucuras foram feitas. Mais imbecilidade cometida. Mais amor foi compartilhado.
Tudo foi um mar de rosas, mas as rosas tem espinhos. Isso quer dizer que, as vezes, a imbecilidade do amor tomou muito mais conta de seus cérebros, tornando as coisas mais difíceis.
O sentimento da posse também não ajudou. Mas isso era só na parte do ciumes. Ah.. o ciumes. Sempre com eles. Afinal de contas, isso era um segredo, não era? As pessoas não poderia saber. Seria muito perigoso... perigoso para o amor dos dois que poderia ser interrompido por uma separação. Mas será que todo esse medo não era exagero? E se nada como eles pensassem realmente aconteceria? E se não fosse tão perigoso assim eles estarem juntos?
Se passaram várias semanas. A tala na mão da menina já tinha sido removida ha semanas e nenhuma sequela. Os dias em Paris agora eram só lembranças que eram repetidas vezes lembradas em noites inteiras juntas no Jardim de Inverno. Ficava cada vez mais difícil para os dois esconderem oque sentiam, a vontade de ter um ao outro crescia muito rápido.
- Você não precisa ficar tão preocupada assim – Zayn revirou os olhos assim que Seunome sentou junto com ele em um dos bancos do Jardim e de Inverno.
Já era um sexta-feira noite. A maioria das pessoas já estavam no refeitório.
- Você não precisa ficar tão preocupada assim? – ela repediu cruzando os braços – Ela é minha amiga. Não vou deixar que seu amiguinho levar ela para qualquer lugar.
- Harry sabe oque faz – ele disse com um tom muito mais despreocupado – E afinal de contas, Julia vai porque quer.
Seunome bufou e encostou as costas no banco de madeira escura. Ela balançava os pés inquieta, não gostando de nada como as coisas estavam andando. Nos últimos meses, Harry e Julia tinham ficado cada vez mais próximos, graças a um acordo dos dois, que ele iria mostrar a verdadeira vida para ela.
O resultado foi dores de cabeça, algumas notas baixas – algumas, Julia não iria deixar que suas notas caíssem – e mais vontade para sair e se divertir. Harry realmente estava cumprindo a promessa. Estava mostrando o melhor da vida para ela.
- Tenho que ir – Seunome se contorceu no banco, respirando fundo – Combinei de jantar com as meninas.
Ela se inclinou para frente até sentir os lábios do garoto, como desejou o dia inteiro. Suas mãos correram para sua nuca, onde ela o puxou mais forte, intensificando o beijo. Ela precisava tanto de seus lábios que pensou em ficar ali, com ele mais aquela noite, mas já não jantava com todos a um bom tempo, usando à desculpa esfarrapada de ir ler um livro na biblioteca.
Relutante, conseguiam se separar.
- Ora ora... – Izy disse assim que a chegou – Temos a honra de jantar com Seunome hoje!
Seunome riu e cumprimentou todos na mesa.
- Eu... – ela limpou a garganta – Eu achei que os livros esta noite não seriam tão companheiros assim.
As pessoas voltaram as suas conversas normais, enquanto Seunome se envolvia nelas. De repente, Zayn voltou ao refeitório, tirando a atenção da conversa para ele. Zayn estava tão lindo. Para ela ele sempre estava lindo – mas realmente, ele era lindo. Ela viu seu corpo parado observando o refeitório. O céus! Como um cara como aquele seria capaz de amar alguém? Amar Seunome?
Era como ser totalmente impossível comprar Zayn com Seunome. Como se dizem por ai, ele era areia demais para o caminhãozinho dela.
Sua mente escorregou sem querer na possibilidade de tudo isso não significar nada para ele.
Sera que ela estava se envolvendo demais em uma coisa que não era real?
Sua mente não parou de pensar nisso. Ela sentia que ele gostava dela. Afinal, quando você passa tanto tempo com alguém, você sebe o que acontece... oque ela sente. Mas Zayn era um enigma. Ele não era de falar muito sobre sentimentos, mas demostrava muito.
Seunome observou o garoto se dirigindo até sua mesa de sempre, com as mesmas pessoas. Essas pessoas se encaixavam muito bem com ele. Eram bonitas – não tanto como ele – com seus rostos e vidas perfeitas.
Ela encolheu os ombros. Um choque de pensamentos ruins a atacaram. Seus olhos baixaram para seu prato pela metade, que a deixou mais sem fome ainda. Ficou um tempo assim, apenas tentando expulsar essas ideias de sua cabeça.
Seus olhos se arregalaram quando viu oque a deixou mais nervosa ainda. Seu coração acelerou e o rosto começou a queimar. O que diabos era isso? - pensou.
Perrie estava com um dos braços em volta da cintura de Zayn, sorrindo e jogando seus cabelos coloridos para os lados.
(Gente, gostaria de deixar claro uma coisa aqui. Quando eu comecei a fanfic, achei que ficaria legal colocar a Perrie para dar uma empatada no casal. Porem, eu vi que não tem nada haver colocar a coitada da Perrie nessa minha historia doida. Então, quando imaginarem essa garota, ou se vocês imaginam, imaginem uma pessoa que não seja ela, se isso for possível, claro. Muito obrigada)
Os olhos de Seunome fitaram a sena. Zayn não estava expressando nada, mas mesmo assim não estava relutante com a garota abraçada a ele. Havia muitas outras garotinhas amontoadas em volta dos dois, mostrando seus dentes extremamente brancos.
Seunome virou o rosto, fitando freneticamente a mesa. Seu rosto ardeu. Mas porque isso logo agora? Subiu seus olhos e fitou o rosto de Philip, sorrindo com as sobrancelhas arqueadas, sem mostrar os dentes. Ela sorriu de volta do mesmo jeito. E assim, prestou atenção de volta na conversa.
- Vai ser muito longe – Alex queixava-se – e ainda é em um domingo.
- A gente pode voltar sedo – Niall sugeriu para a namorada.
- Nós vamos – Izy disse se referindo a ela e Liam – Vai ser legal gente.
- Vocês estão se referindo a festa da Calie? – a voz de Seunome saiu rouca, sem emoção – Eu também acho que é longe.
Izy fez uma careta.
- Vai ser legal. Tem tanto tempo que você não sai nos finais de semana.
O estomago de Seunome se revirou. Ela saia sim, e muito. Mas todas as vezes eram escondidas. Uma certa alegria a atingiu, lembrando-a de todos os finas de semanas juntos com Zayn, de tudo que sentiu quanto estava ao seu lado.
- Vou pensar – seus olhos correram rapidamente para a mesa de Malik, mas Perrie e seus discípulos não estavam mais lá.
Todos já estavam em seus quartos, devidamente prontos para dormir. Mas, uma menina perambulava pelos corredores, ate chegar no Jardim de Inverno. As mensagens que Seunome mandou para Zayn foram rapidamente respondidas, e logo eles iriam se encontrar.
Ela colocou a culpa novamente nos livros, cujo ela era muito grata.
Talvez estivesse atrasada por ter que passar na biblioteca para pegar um livro – não poderia voltar para o dormitório sem um exemplar.
A silhueta que Zayn reluzia a luz da lua. Ela se aproximou, ficando ao seu lado.
- Achei que você não gostasse de sair mais à noite... – Zayn tentou colocar os braços em volta da garota, mas ela recusou.
- Que sena ridícula foi aquela no refeitório? – Seunome não deu chances para Zayn, o interrompendo.
- Tá falando da...? – Zayn fez uma careta.
- Tô falando da Perrie sim – cruzou os braços, fazendo o garoto revirar os olhos – O que ela queria?
- Ela estava querendo ir comigo na festa da Calie.
- E você disse oque? – a voz dela era interrogativa.
- Que ia pensar.
- Pensar? – ela riu – Não gosto daquela garota.
- Eu também não, mas as pessoas iriam desconfiar – Zayn também cruzou os braços – É segredo, lembra? Eles não sabem sobre nós.
Seunome fechou o rosto. Era segredo. Isso que os matava.
- Tá. Okay. Mas eu só não quero que você fique perto dela. – a garota fitou o chão, sem encontrar forças para encara-lo.
- Se você não tivesse tanto medo, eu não teria que mentir para as pessoas – Zayn soltou sem pensar, mas logo se arrependeu.
Seunome tinha medo do que iria acontecer se eles falassem para todos sobre oque rolava entre eles. Oque sua mãe pensaria? ´´Coloco minha filha num internato e ela me arruma um namorado?´´. O rosto da garota se perdeu. Então era o medo dela que estragava as coisas entre os dois?
- É... – ela balançou a cabeça, concordando – O meu medo. Pensei que você entendesse.
Zayn ficou em silencio, não conseguia falar nada.
- Quer saber – ela o encarou e deu de ombros. – Vai com a Perrie. Com ela você não precisa mentir para as pessoas.
- Não foi isso que eu quis dizer. – Zayn passou a mão no cabelo. Ele nunca tinha ficado em uma situação assim antes – Eu não quero ir com ela, tá legal? Eu quero ir com você. Mas nós não podemos.
Seunome engoliu a seco, depois de um tempo em silencio, ela recomeçou:
- Me desculpe se as coisas não estão sendo do jeito que você quer – Seunome disse, tentando não olha-lo – Porque eu realmente não sei oque vai acontecer se todos souberem a verdade. Me desculpe... é porque eu gosto muito de você. Não quero que isso acabe.
A garota puxou as mangas do casaco até os pulsos, tentando se distrair para não olhar o rosto perfeito que estava em sua frente. De repente os braços dele já estavam em volta dela, completamente aconchegantes. Ela estava contra seu peito, em um abraço apertado.
- Me desculpe – ele disse beijando seu cabelo – Isso não vai acabar.
Ele segurou sua nuca e a beijou.
£££
Seunome teve que voltar para o quarto quase correndo. Tinha passado de seu tempo. Quando chegou, Alex e Emily já dormiam. Izy estava mexendo em seu notebook na mesa no lado de sua cama.
- Conseguiu pegar o livro? – Izy perguntou despreocupata assim que a garota entrou no quarto, sem tirar os olhos da tela do computador.
- Sim – Seunome se sentou em sua cama – E, quer saber? Decidi ir na festa da Caile...
CONTINUA...
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GENTE EU SEI, DEMOREI MUITO.
Mas não se esqueçam que essa fanfic é minha vida, nunca vou parar de escrever.
GOSTARIA DE MANDAR UM BEIJÃO PRA JULIA QUE VEIO FALAR COMIGO NO TWITTER <3 GENTE FIQUEI MUITO FELIZ.
Bom, agora sobre a fanfic. Espero que vocês tenham entendido a bosta desse capitulo. Eu tinha que fazer o tempo passar de alguma forma, se vocês não entenderam, me desculpe, vou tentar melhorar.
Sobre o nome ''Perrie''. Pelo amor de Deus, não o associem a Perrie. Eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso. Não shippo Zerrie, mas enfiar a Perrie nessa fanfic foi demais ahahah' Céus!
Essa temporada estava acabano 'o'. A fanfic vai dar uma reviravolta doida e espero que vocês gostem.
O trailer da 2° temporada esta quase pronto, vou postar logo logo.
Espero que gostem. Eu amo muito vocês <3
COMENTEM! VOCÊS ME INCENTIVAM MUITO <3
@ziampau e @ziamaricas
OMG, porfavor continua
ResponderExcluirawwwb amor vc tem q continuar
ResponderExcluirAaaaaaaaaaaaaaaaahh q perfeitamente perfeitooooo :O, cara, vc acabaa com o sentimental da pessoa e me iludee dmss, to pirando já!! Eu necessito de outro caaaaaapp o mais rápido possível!! Vey, vc é perfeita!!
ResponderExcluirContinuaaaaa
ResponderExcluirContinuaaa ta muito bom!!!!
ResponderExcluirContinuaaaaaaa, por favoor :"(((
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