~~ VOCÊ ON ~~
Carlos dirigia o Mercedes Benz preto tranquilamente enquanto eu e Zayn estávamos sentados no banco de trás. Eu me perguntava loucamente para aonde estávamos indo. Zayn fez questão de não me falar, embora ele sorrisse a cada palpite que eu dava.
De repente, as luzes da cidade foram ficando cada vez mais fortes. Havia claridade em todo o lugar. Zayn apertou minha mão e a acariciou delicadamente com o polegar. Minhas mãos estavam suando, talvez por isso ele estava tentando me acalmar.
Engoli em seco quando uma luz que parecia flutuar no céu apareceu pela janela. E depois de alguns segundos a enorme Torre Eiffel. Girei minha cabeça para encara-lo.
- O que é isso? – minha voz saiu baixa.
Ele apenas suspirou e encostou as costas no banco. Serrei meus olhos e depois de um breve momento a Mercedes parou. Eu só conseguia fitar as luzes iluminando a cidade, totalmente surreal. Não percebi Carlos saindo do carro, mas a porta se abriu para mim. Ele pegou em minha mão e sorriu docemente, enquanto me ajudava sair do carro.
Observei a pequena portinha florida que tinha a minha frente, com o letreiro de SAVEUR FRANÇAIS. Ouvi o barulho do carro dando partida e a mão de Zayn tocou a minha. Me arrepiei e olhei de volta para o letreiro.
- Vamos – ele abriu a portinha enfeitada.
A porta dava para um escada, também enfeitada. Ele foi subindo ainda prendendo minha mão. Zayn virou para outro lance de escadas, ainda mais íngreme. Olhei para as paredes, todas enfeitadas exageradamente coloridas, com vários rabiscos, que só depois fui decifrar ser nomes de pessoas.
Uma brisa suave começou a invadir o corredor de escada, me fazendo pensar aonde estávamos indo e, de repente, eu estava no céu. Não literalmente, mas era quase isso. Ele passou um braço em volta da minha cintura, puxou-me e me incentivou a andar.
Era uma espece de varanda. Uma enorme varanda. A brisa passava por mim enquanto eu observava as várias mesas. Avia um bar no fundo, o único lugar em que era coberto. Tudo era decorado com as plantinhas coloridas, dando um ar mas agradável.
Uma brisa suave começou a invadir o corredor de escada, me fazendo pensar aonde estávamos indo e, de repente, eu estava no céu. Não literalmente, mas era quase isso. Ele passou um braço em volta da minha cintura, puxou-me e me incentivou a andar.
Noite.
- Posso ajuda-los? – um sotaque terrivelmente francês soou atrás de nós.
- Ah sim – Zayn sorriu para a mulher – Temos uma reserva.
Ele começou a falar com ela, mas me desliguei assim que vi a luz mais forte me chamar atenção. Isso não poderia ser mais perfeito.
- Por aqui – ele apertou meu braço, enquanto eu tentava desviar os olhos.
Seguimos a mulher. Ele sorria descaradamente para mim, enquanto eu apenas tentava controlar meus pensamentos. E como em uma magica, estávamos em frente a Torre Eiffel. Nossa mesa era bem ao lado da grade da ''varanda'', nos dando a visão privilegiada da cidade.
Meus olhos não pararam de fitar a vista. Quando me dei por conta já estávamos sentados.
- E ai? – sua voz me fez tirar os olhos por um momento da vista – O que achou?
- Humm – voltei meus olhos para a vista e me vi perdida outra vez – Isso é... maravilhoso.
Ele sorriu para mim, enquanto eu mantinha meus olhos na vista, enquanto a torre cintilava bem perto de nós.
Senti o piso de madeira gelado em baixo dos meus pés assim que tirei o salto. Meus pés relaxaram e senti uma boa alegria por voltar. Não tinha ideia que horas eram, eu deveria ter bebido um pouco mais que o necessário. Andei pela casa que parecia muito mais fria e silenciosa. Meus pés pareciam doer ao sentir o frio linóleo.
Me arrastei pela escada, até chegar no andar de cima. Tudo estava escuro, apenas uma faixa de luz que vinha de fora cintilava as paredes. Eu estava desligada, nem mesmo ouvi o barulho de seus passos.
Suas mãos passaram para minha cintura, as apertando forte. De repente, senti seu corpo se juntando ao meu, como em um abraço. Seus lábios passaram levemente sobre meu pescoço, me fazendo arfar. Seus beijos naquela região foram aumentando cada vez mais a intensidade, e assim, eu não conseguiria me conter.
Deixei que os saltos caíssem da minha mão, batendo no chão. Me virei rapidamente e beijei seus lábios, de uma forma incontrolável. Zayn passou as mãos para minhas costas, tateando meu vestido, procurando o ziper.
Sorri contra sua boca e retirei suas mãos cautelosamente de minhas costas, ainda com seu rosto muito junto ao meu.
Lembro muito bem do som de seu coração, enquanto eu me encolhia sobre seu peito.
Desci as escadas já completamente recomposta. Eu tinha colocado meu sono em dia e estava pronta para aproveitar minhas ultimas horas em Paris. Talvez eu nunca conte a ninguém oque aconteceu aqui, mas talvez esse nunca chegue mais rápido do que eu imagino.
Um cheiro maravilhoso invadiu a sala assim que desci que cheguei no andar de baixo. A primeira coisa que fiz foi ir a cozinha.
Ellen preparava alguma coisa no balcão da pia quando me sentei na cadeira do balcão central, observando minhas opções de café.
Meus olhos pararam em frente a uma lanchonete com um letreiro colorido que piscava por um verde fluorescente. Eu estava ofegante depois de subir um lance de escadas que dava até uma rua íngreme que continha varias lojinhas tipicas.
Quando passamos pela porta, um sino fez barulho, anunciando nossa chegada, mas ninguém se importou. Isso era comum. Havia messas redondas por todo o salão da lanchonete e, lá no fundo, onde faziam os pedidos para viajem, um balcão com pequenas protonas para se sentar.
Me sentei em uma delas, enquanto Zayn procurava os cardápios.
- O que você vai querer? – ele me sugeriu, enquanto a mulher nos entregava os cardápios.
- Eu não sei – minha voz saiu falhada. Eu já estava emocionada demais. Respirei fundo e sorri, isso era uma das coisas mais lindas que eu já vi. – O que você sugere? – pareci mais animada.
- Talvez um sufle ou coisa assim – ele foliou o cardápio – Mas hoje quem manda é você.
Sorri e mordi o lábio olhando para o cardápio.
- Muito bem – eu disse e o encarei, deixando o cardápio cair sobre a mesa – Hoje quem manda sou eu.
Ele assentiu sorrindo de forma maliciosa.
***
Senti o piso de madeira gelado em baixo dos meus pés assim que tirei o salto. Meus pés relaxaram e senti uma boa alegria por voltar. Não tinha ideia que horas eram, eu deveria ter bebido um pouco mais que o necessário. Andei pela casa que parecia muito mais fria e silenciosa. Meus pés pareciam doer ao sentir o frio linóleo.
Me arrastei pela escada, até chegar no andar de cima. Tudo estava escuro, apenas uma faixa de luz que vinha de fora cintilava as paredes. Eu estava desligada, nem mesmo ouvi o barulho de seus passos.
Suas mãos passaram para minha cintura, as apertando forte. De repente, senti seu corpo se juntando ao meu, como em um abraço. Seus lábios passaram levemente sobre meu pescoço, me fazendo arfar. Seus beijos naquela região foram aumentando cada vez mais a intensidade, e assim, eu não conseguiria me conter.
Deixei que os saltos caíssem da minha mão, batendo no chão. Me virei rapidamente e beijei seus lábios, de uma forma incontrolável. Zayn passou as mãos para minhas costas, tateando meu vestido, procurando o ziper.
Sorri contra sua boca e retirei suas mãos cautelosamente de minhas costas, ainda com seu rosto muito junto ao meu.
- Preciso de uma noite de sono – resmunguei enquanto dava dois passos para trás – Você não me dá descanso.
Ele riu, talvez de si mesmo. Me virei e comecei a andar novamente, mas fui impedida por suas mãos, que passaram pelos meus ombros e tornozelos, até me tirarem do chão.
- Mas oque é isso, Zayn? – minha voz saiu mais risonha do que o necessário.
- Seu descanso – ele disse se movendo, me mantendo firme em seus braços – Você terá o descanso que merece.
Zayn caminhou tranquilo até e quarto, sem fazer nenhum esforço comigo em seus braços. Eu me sentia um tremenda criança com essa situação. Me agarrei em seu pescoço e lego depois senti a cama em baixo de mim. Ele me deitou e me ajeitou na cama.
- Você pode descansar – ele sussurrou em meu ouvido, enquanto meu mantinha meus olhos fechados – Mas antes, terá um banho esplendido.
Ele beijou meus lábios demoradamente e seguiu para o banheiro. Rolei na cama e abracei a um travesseiro, completamente em êxtase com essa situação. A luz do banheiro foi acesa, refletindo no quarto. Meus olhos fitaram o teto por alguns segundos, antes que uma onda de bem estar me atingisse, como se eu estivesse muito melhor. Meu corpo foi relaxando e de repente meus olhos se fecharam.
- Vamos – ele disse manhoso antes de me colocar sentada sobre a bancada a pia do banheiro – Sei que você consegue abrir os olhos.
Gargalhei de olhos fechados, ainda com meus braços em volta de seu pescoço.
- Você não deveria me acordar – aconcheguei minha cabeça em seu ombro, fazendo de tudo para voltar a dormir.
Ele começou a rir. Passou uma das mãos para meu pescoço de subiu até minha nuca, onde me puxou contra seu ombro, me forçando a encara-lo, mas mesmo assim não me rendi.
- Abra os olhos – ele disse, enquanto eu sentia sua respiração bater fortemente em seu rosto, de tão próximo que estava. Balancei minha cabeça negativamente – Eu sei que você quer abrir.
Me segurei para não abrir, ainda sentindo sua mão forte puxando meu cabelo. Seus lábios beijaram os meus calmamente, me fazendo puxa-lo mais para mim. Mas ele tirou minhas mãos se suas costas e acabou com o beijo, de deixando ofegante e desejando sua boca.
Respirei fundo e abri os olhos. Ele sorriu assim que me dei por vencida. Puxei-o de volta e o beijei, muito mais intensamente. Minhas mãos foram para sua blusa enquanto abria os botões da oxford branca. A retirei bruscamente de seu corpo, e a joguei longe, voltando minhas mãos para o ziper de meu vestido.
O abri com facilidade. Ou pelo menos com mais facilidade que ele conseguiria. Mordi seu lábio inferior depois que meu vestido tinha se libertado do meu corpo. O empurrei em direção a banheira, tirando a sua ultima peça de roupa.
A água morda me fez relaxar contra seu corpo. Eu estava realmente cansada, não teria mais forças.
Observei a sena dele passando a esponja de banho pelo meu braço, subindo de descendo e logo depois repetindo no outro braço. Seus toques em minha pele eram como um veludo macio, completamente relaxante.
O abri com facilidade. Ou pelo menos com mais facilidade que ele conseguiria. Mordi seu lábio inferior depois que meu vestido tinha se libertado do meu corpo. O empurrei em direção a banheira, tirando a sua ultima peça de roupa.
A água morda me fez relaxar contra seu corpo. Eu estava realmente cansada, não teria mais forças.
- Será só um banho – ele me puxou instantaneamente contra seu corpo, me virando na banheira como se eu fosse uma boneca de pano – Eu irei cuidar de você.
Ele beijou meu rosto molhado. Eu sentia minhas costas batendo sobre seu peito e meu corpo em volta de seus braços, apenas com o barulho das bombas de hidromassagens.
- Vamos conversar – quase implorei – Não quero dormir.
E era obvio que eu preferia ficar com ele ao envés de dormir.
- Humm... tudo bem – ele murmurou – Quer falar sobre o que?
- Qualquer coisa – me alinhei mais sobre seu corpo.
Ele pensou.
- Amanha é seu aniversário, então...
- Qualquer coisa menos meu aniversário – o interrompi. Respirei fundo mais uma vez. Eu tinha me esquecido mais uma vez desse fabuloso detalhe.
- Okay – meu corpo se levantava uniformemente com sua respiração – Vamos falar sobre o Louvre. O que mais gostou?
Ele procurou alguma coisa na prateleira ao lado da banheira enquanto eu tentava formar uma frase digna. De repente, suas mãos passaram sobre meu corpo, praticamente me dando um banho.
Observei a sena dele passando a esponja de banho pelo meu braço, subindo de descendo e logo depois repetindo no outro braço. Seus toques em minha pele eram como um veludo macio, completamente relaxante.
- Eu acho que de tudo – minha voz saiu sonolenta, mas eu ainda tinha meus sentidos – Mas claro de o Mona Lisa foi o melhor.
Não lembro muito sobre o que falamos, mas lembro de seus incontáveis beijos roubados na bochecha. Logo ele tinha me colocado na cama novamente, com o roupão quente me cobrindo. Apenas vi sua sombra passear sobre o quarto e depois jogar uma muda de roupa para dormir, que precisei de ajuda para vestir.
Lembro muito bem do som de seu coração, enquanto eu me encolhia sobre seu peito.
***
- Consegue abrir os olhos? – a voz baixinha de Zayn invadiu meus sentidos sonolentos. Eu não sentia ele em meu lado na cama.
Balancei a cabeça negativamente tateando os lenções, mas ele realmente não estava deitado.
- Tudo bem – senti uma de suas mãos passar pelas minhas costas e a outra passar por baixo de meus joelhos, me tirando da cama.
Meu rosto bateu contra seu peito e senti ele se movimentar comigo nos braços. Eu tinha vontade de perguntar o que era isso tudo. O porquê dele não me deixar dormindo, mas estar em seus braços era até mais aconchegante que a cama.
Entrelacei um de meus braços em seu pescoço, e afundando meu rosto contra sua blusa, que me permitia sentir o cheio de sua pele, que era o mesmo queiro que eu sentia no meu cabelo.
Os passos dele foram ficando irregulares, e de repente, uma claridade me fez abrir os olhos. Eu não tinha a noção de tempo. Não me lembro de quanto tempo eu dormi, e que horas eram.
- Agora, por favor – ele roçou no nariz contra minha bochecha, tentando me acordar, mas eu já não dormia como antes – Você pode abrir os olhos?
Suspirei e gemi alguma coisa antes de os abrir , não totalmente, mas o suficiente para poder enxergar seu rosto. Ele estava com os olhos não muito mais abertos que os meus, o cabelo emaranhado na cabeça e sorrindo de canto. A melhor imagem da minha vida.
- Achei que você gostaria de ver isso – ele começou a caminhar para frente. Girei minha cabeça e certamente ele tinha razão.
Estávamos no terceiro andar da casa, cujo eu ainda não tinha visitado. Não avia paredes, tudo era de vidro, dando a total liberdade dos olhos para olhar para qualquer canto que quisesse. Era possível ver todas as casas do condomínio, e ao longo, o resto da cidade, até se perder no horizonte. O sol nascia o oeste de nós, deixando o céu com uma azul celeste, refletindo os primeiros raios claros do dia.
Meus olhos se arregalaram com a vista esplendida. Zayn continuava a caminhar, até se sentar comigo em uma espreguiçadeira, mas era revestida de couro e espuma, que deixava mais confortável.
- Isso é lindo – minha voz saiu rouca e sonolenta, mais eu me mantinha lucida.
Ele sorriu e me apertou contra seu corpo, enquanto eu me encolhia sobre seu corpo.
- Mesmo que você brigue comigo – ele suspirou em meio a um riso – Feliz aniversário.
Eu pensei em reclamar, mas esse foi uns dos melhores ''Feliz aniversário'' que eu já ganhei. Levantei meu rosto a procura de seus lábios. O beijei calmamente, deixando ele explorar cada parte de mim como bem entendesse.
Desci as escadas já completamente recomposta. Eu tinha colocado meu sono em dia e estava pronta para aproveitar minhas ultimas horas em Paris. Talvez eu nunca conte a ninguém oque aconteceu aqui, mas talvez esse nunca chegue mais rápido do que eu imagino.
Um cheiro maravilhoso invadiu a sala assim que desci que cheguei no andar de baixo. A primeira coisa que fiz foi ir a cozinha.
Ellen preparava alguma coisa no balcão da pia quando me sentei na cadeira do balcão central, observando minhas opções de café.
- Bom dia – eu disse assim que ela se virou para mim, sorridente.
- Bom dia – ela veio em minha direção e espalmou as duas mãos no mármore gelado – Você pode começar a me odiar, mas eu fiz uma coisa para seu aniversário.
Me engasguei com o suco. Até ela sabe do meu aniversário? E o pior, sabe que eu não gosto dele?
Ellen se virou e buscou a bandeja que parecia pesada. Um bolo enorme era decorado de branco e vermelho. Bem encima, uma pequena miniatura da Torre Eiffel. Pisquei algumas vezes até ela o colocar sobre a bancada. Ele reluzia demais, era perfeito.
- Ele é perfeito – mordi o lábio – Muito obrigada. É realmente muito lindo.
Ela sorriu, andou até a prateleira de armários e tirou de lá uma caixinha. Esticou as mãos e me entregou. A caixinha era bem pequena, mas com um laço enorme na frente. A abri e tinha uma puceira. Ele era cheia de pedrinhas e em cara quatro pedrinhas, avia um pequenino pingente da Torre. Olhei para ele que sorria esperando minha resposta.
- É lindo demais – tirei a puceira da caixinha – Muito obrigada.
Ela veio até mim e me abraçou. Agora eu sabia porquê Zayn gostava tando de Ellen. Ela fazia você se sentir bem e alegre. Tinha esse ar acolhedor. Parecia como uma mãe.
- Feliz aniversario – ela segurou em meus ombros e depois sorriu – Quer bolo?
- Adoraria – eu disse e me sentei novamente na cadeira da bancada. Observei ela cortar o bolo que mais parecia uma obra de arte e me servir.
- Antes de trabalhar para a família do Zayn, eu trabalhava em uma confeitaria – ela sorriu assim que viu minha cara depois de dar uma garfada no bolo. Estava realmente muito bom – Então eu sei fazer várias coisas.
- Você não tem sotaque francês – questionei – Não é daqui?
- Não – ele suspirou – Sou da America. Eu trabalhava na casa de lá, mas eles queriam alguém de confiança para ficar com a casa de Paris.
- E você largou tudo e veio pra cá? – comi mais um pedaço do bolo.
- Pelo salario que me pagam, sim – ela riu se sentou em uma das cadeiras em minha frente – Eu venho aqui uma vez por semana. Vejo se esta tudo bem com a casa e saio. Não tem muito oque fazer.
- E... – mexi em meu bolo – Zayn vem muito aqui? Quer dizer, a família vem muito aqui?
- Não – ela balançou a cabeça – Tem muito tempo que não vem ninguém aqui.
Depois do bolo, coloquei a puceira em meu pulso. Ela retirou meu prato e o pôs na pia. Ela veio até mim e limpou com uma flanela úmida o mármore da bancada.
- Como foi o jantar de ontem? – ela me perguntou – Zayn ficou louco quando eu disse que só tinha reserva para daqui a três meses.
- Três meses? – repeti incrédula – Mas como ele conseguiu?
- Ele consegue tudo – ela revirou os olhos de modo engraçado, dando mais graça a frase – Não sei oque ele fez para conseguir colocar uma mesa lá. Acho que valeu a pena, né? – ela sorriu para mim.
- Sim – eu a encarei – Valeu muito a pena. Onde ele esta?
- Na piscina – ele suspirou em meio a um riso, como se ele fosse um filho fazendo bagunça – Vá ficar com ele.
Ellen piscou para mim. Sai pela porta da cozinha, onde segui o caminho contrario da garagem e finalmente cheguei a frente da casa. Vi o corpo de Zayn se tacar na piscina, magnificamente lindo. Caminhei sentindo a grama recém cortada fresca embaixo de meus pés, até encontrar o caminho de pedras juntinhas.
Sentei em uma das espreguiçadeiras e o observei nadar. Quando voltou a superfície, seus olhos voltaram para mim. Acenou com a mão antes de dar mais um mergulho. O tempo não estava para um dia na piscina, mas não existe tempo ruim para Zayn.
- O que achar de sairmos antes do meu voo? – gritei para ele assim que voltou a cabeça para fora d'água.
- Tudo bem – ele deu impulso e pulou para fora da piscina, mostrando seu corpo inteiramente para mim, apenas coberto por um caução de banho.
Mordi o lábio enquanto ele se secava com uma toalha que foi colocada para ele. O observei e pude concluir uma coisa: eu tinha muita sorte.
Um vendo fresco, quase gelado, bateu contra meu rosto. O parque estava quase vazio, mas isso não importava. As árvores eram enormes, coloridas e insertas. Aqui era fresco, muito mais fresco. O balançar das árvores era a única coisa que se ouvia, tirando uns poucos gritos de crianças que corriam e tropeçavam umas nas outras.
- Não sabia que existia esse lugar – disse e senti ele apertar mais minha mão.
- Isso tá mais pra um-lugar-onde-só-quem-mora-aqui-é-que-conhece – ele riu enquanto sentávamos em uma banco de madeira.
Ficamos um tempo apenas olhando o parque, sentido o silencio nos dominar. Era um silencio bom, um silencio que era preciso. Me agarrei em seu braço, descansando minha cabeça em seu ombro. Por um momento, tive vontade de calar minha boca, mas eu precisava saber.
- Por que você não fica com a sua família? – minha voz saiu baixa.
Ele riu e passou um braço em volta do meu ombro.
- Eu não lembro direito como é viver em família – sua voz era rouca, mas ainda parecia muito mais despreocupada do que a minha – Era sempre muitas viagens... muitos lugares. E... então, eu não aguentava mais – ele mordeu o lábio e por um momento, pensei que seus olhos se perderam na imensidão verde do parque – Eu queria um lugar fixo.
- Mas você nunca vê seus pais?
- Uma vez ou outra – ele deu de ombros.
- Mas nas suas casas não tem nenhum porta-retrato – questionei. Mesmo que eles se encontrassem raramente, havia de ter alguma lembrança.
- Não á fotos para colocar em portas-retratos – sua voz saiu um pouco alta, mas talvez ele quisesse dar um fim a essa conversa.
Me abracei mais em volta do seu corpo.
- O que acha de irmos comer alguma coisa antes de voltarmos para casa? – ele me sugeriu meio minuto depois, me mostrando que continuava o mesmo Zayn feliz de antes.
Eu assenti e ele me puxou para fora o banco.
Meus olhos pararam em frente a uma lanchonete com um letreiro colorido que piscava por um verde fluorescente. Eu estava ofegante depois de subir um lance de escadas que dava até uma rua íngreme que continha varias lojinhas tipicas.
Quando passamos pela porta, um sino fez barulho, anunciando nossa chegada, mas ninguém se importou. Isso era comum. Havia messas redondas por todo o salão da lanchonete e, lá no fundo, onde faziam os pedidos para viajem, um balcão com pequenas protonas para se sentar.
Me sentei em uma delas, enquanto Zayn procurava os cardápios.
- Eu vou ao banheiro enquanto você escolhe a comida, pode ser? – Zayn disse, se levantando e dando um beijo na minha bochecha. Eu assenti e sorri.
Foliei as paginas do cardápio, enquanto esperava. Eu não entendia praticamente nada que estava escrito. Batuquei meus dedos na bancada de mármore branco, enquanto me perdia em meio as palavras. Senti uma sombra atrás de mim, quanto pensei em me virar no banco, o som terrível francês pareceu grudados em meus ouvidos.
Ele se inclinou tanto que me curvei para trás, até ouvir a voz que me fez respirar de novo. Zayn colocou a mão as costas de Steven, fazendo um barulho não muito alto, mas forte. Tenho certeza que tinha doido.
- Tá enrolada gringa?
- Gringa? – me virei bem devagar, olhando para um cara.
Seus olhos eram extremamente azuis, combinando com os cabelos loiros que caiam pela testa, enrolados. Ele tinha mais um ar de motoqueiro selvagem, levando em conta suas botas e a jaqueta.
- É – ele assentiu, sorrindo com o canto dos lábios. Até que ele era bonito.
- Nossa – eu disse me virando para o cardápio – Tá tão na cara assim?
Ele assentiu lentamente enquanto se sentava ao meu lado, bem no lugar onde Zayn estava a momentos atrás.
- Também me liguei nas bolças – ele falou apontando para as três bolsinhas com algumas bobagens que eu comprei e, pensando assim, isso era coisa de turista.
- Ah sim – eu assenti olhando para minhas mãos sobre a bancada. Eu já tinha desistido do cardápio. – São só... lembrancinhas.
- Humm... – ele estendeu o braço para mim – Sou Steven.
- Seunome – falei e apertei sua mão, num aperto firme. Achei que ele ficou tempo demais mexendo com minha mão.
- Você pode escolher um bolo de carde – ele disse olhando para o cardápio e se inclinando sobre mim – É um dos melhores.
- Obrigada – eu disse esperando que ele voltasse ao seu lugar, mas não voltou.
- Se você ficar aqui por mais tempo, a gente poderia...
- Não posso – interrompi – Desculpa.
Ele juntou as sobrancelhas, ainda sorrindo bem perto de mim.
- Estamos na Cidade Luz – ele disse tão perto que senti o cheiro do seu halito, parecia alguma coisa com cigarro, porém muito mais forte – Qual é?
- Realmente eu não posso – me esquivei devagar, mas ele chegou para frente.
- Seja quem for esse carinha – Steven disse quase sussurrando – ele nem vai descobrir.
Ele se inclinou tanto que me curvei para trás, até ouvir a voz que me fez respirar de novo. Zayn colocou a mão as costas de Steven, fazendo um barulho não muito alto, mas forte. Tenho certeza que tinha doido.
- Estou atrapalhando a bela conversa? – Zayn disse irônico, fuzilando Steven com os olhos.
Steven voltou para seu lugar, olhando fixamente para Zayn.
- Esta sim – ele disse com tanta certeza que pensei em ter visto fogo em seus olhos.
- Então vou ficar atrapalhando – Zayn afirmou, olhando para mim.
- Olha, você já me ajudou e obrigada – disse para Steven, que mantinha uma sobrancelha arqueada – Agora nós vamos – olhei para Zayn.
Ele ainda olhava para Steven, como se estivessem se confrontando. Puxei minha bolça da bancada e comecei a me levantar.
- Quando você voltar aqui sem a companhia de frangotes – Steven sibilou para mim – Me procure.
Nos milésimos se segundos, enquanto eu colocava minha bolça sobre os ombros, ouvi a voz de Zayn sair uma oitava mais alta, me fazendo parar de respirar por um momento
- Repete oque você falou. Babaca – ouvir a voz ele desse jeito, me causou um arrepio na espinha.
Quando voltei a realidade, Steven já tinha pulado do banco e peitava Zayn com uma carinha de deboche.
- A parte do frangote? – Steven mordeu o lábio – Você é um frangote – ele disse com tanta certeza que me deu náusea.
Meus olhos pareceram ver câmera lenta a mão de Zayn fechada em punho acerta o queixo de Steven, fazendo ele se desequilibrar para trás, levanto junto com ele uma cestinha com molhos e guardanapos. As pessoas se viraram de suas mesas e observaram a sena patética, deixando tudo em um silencio constrangedor.
Meus punhos se fecharam de raiva.
- Param com isso – eu gritei, sendo o único som no ambiente.
Quando Zayn se virava para mim, Steven o puxou pela camisa, acertando um belo soco em seu maxilar. Eles se embolaram e foram derrubando mais algumas coisas. Eu lembro de ver meus braços levantados, suplicando para que aquilo parasse, mas parecia que ninguém me escutava.
Um homem alto saiu de trás de mim, puxando Steven. Eu não ouvia mas nada, apenas as imagens dos dois.
- Zayn! – eu gritei assim que seu corpo de desembolou com o de Steven, que foi pego pelo homem – Para com isso. Olha pra mim – puxei seu rosto – Você tá estragando as coisas.
Seus olhos pararam em mim, arregalados. Ouvi algumas coisas gritadas ao fundo e, de repente, os olhos de Zayn não estava mais em mim. Steven deve ter soltado mais uma bobagem.
Os vi embolados outra vez, aquilo não poderia estar acontecendo. Outro cara veio segurar Zayn, junto com um senhor de cabeça branca, usando o uniforme da lanchonete. Eu olhava aquela sena incrédula. De repente, Zayn foi jogado perto de mim.
- Caiam fora daqui os dois – o homem mais velho disse, enrolando as palavras.
Vi Steven ser jogado pela outra saída. O olhei de cima a baixo e balancei a cabeça negativamente. Quando percebi, minhas mãos já estavam na barra de ''empurre'' da porta. Minhas ultima lembrança daquele lugar foi Zayn despejando sobre o balcão dinheiro. Talvez ele tivesse culpado pelo transtorno.
Caminhei em direção ao lance de estadas da rua, tentando sair o mais rápido possível dali. Ouvi meu nome, mas não olhei. Segundos depois, meu braço foi puxado, tão forte que quase doeu.
- Eu... – a voz de Zayn falhou – Me descul....
- Para – minha voz saiu rude – Não quero desculpas.
- Mas você merece – ele estava quase suplicante – Me desculpa. Por favor.
- Pra que toda aquela palhaçada? – falei com os dentes fechados – Era só ignorar ele.
- Mas você não estava o ignorando.
Meus olhos se fecharam. Respirei fundo antes de abri-los. Eu tinha certeza que eles estavam vermelhos. Me virei e comecei a andar novamente. Ouvi seus passos largos atrás de mim, então eu comecei a correr.
- Me-me desculpe – ele gritou enquanto corria atrás de mim – Eu não queria dizer isso.
Quando chegamos finalmente a escada, ele me alcançou. Minhas pernas fraquejaram.
- Você sabe que eu não quis falar isso – falou olhando diretamente para mim.
- Mas você disse – minha voz continuava ríspida – Agora me solte.
Puxei minhas mãos e comecei a descer a escada, com ele me seguindo atrás.
- Você não sabe ir a lugar nenhum sem mim – ele gritou, enquanto descia o primeiro lance da escaca rapidamente.
Não respondi. Continuei descendo dos degraus de pedrinhas de dois em dois, aumentando a velocidade. Quando senti meu braço sendo puxado, recurei, mas perdi o equilíbrio. Cai sobre minha mão, depois de rolar uns cinco degraus.
Meu rosto estava colado o um degrau e o resto do meu corpo estava nos seguintes. Apoiei minhas mãos no chão para levantar, mas a direita estava queimando. Juntei a mão direita contra meu peito e com a esquerda ergui meu rosto do chão. A dor era insuportável.
- Não se mova – a voz de Zayn soou em meu ouvido, como um anestésico – Por favor não se mecha.
- Eu estou bem – disse forçando minha mão e finalmente sentando em um degrau.
- Mas você precisa ficar parada. Pode ter quebrado alguma coisa – ele puxou o celular o bolço – Vou ligar para a emergência.
- Pelo amor de Deus! Zayn, eu estou bem.
Minha mão começou a formigar, tonando visível minha dor.
- Olha pra mim – ele veio para cima de mim, forçando a encara-lo – Se acontecer alguma coisa com você, eu sou o culpado. Eu nunca iria me perdoar.
Seus olhos estavam desesperados.
O encontrei sentado com a cabeça tombada para trás. Ele ele tinha cruzado os pés, os balançando em vai e vem e as mãos enfiadas nos bolços. Seus olhos estavam fechados, mas mesmo assim ele parecia inquieto.
Respirei fundo, fazendo o máximo de barulho. Ele abriu os olhos e ergueu à cabeça.
- Mas eu estou bem – fechei meus olhos e segurei a mão direita com a esquerda, como se fosse melhorar.
- O que houve com a sua mão? – ele falou logo quando terminei a frase, olhando diretamente para minha mão jundo ao meu peito – Deixe-me ver.
Zayn puxou minha mão, causando-me um gemido.
- Tá tudo bem – arfei e retirei sua mão da minha – Só... só ta dolorida.
Ele balançou a cabeça negativamente enquanto se movia para mim, me pegando no colo.
- Você precisa de um medico – ele desceu o primeiro degrau.
- Eu consigo andar – me forcei para baixo, porem não houve nenhuma diferença – É só minha mão que... que esta dolorida.
Ele me olhou um olhar que definitivamente me assustou. Me encolhi em seus braços, segurando minha mão que latejava. Meu pulso estava ardendo, uma coisa insuportável. Eu sentia meu osso arder e junto com uma dor que parecia aumentar a cada segundo.
- Isso é desnecessário – olhei para seu rosto, percebendo uma pequena imperfeição em seu maxilar. Estava mais vermelho e um leve inchaço.
Observei seu rosto até ele chegar onde tinha estacionado o carro. Ele tinha andado rápido demais. Não sei como ele conseguiu abrir a porta, mas quando me dei por si, ele atravessava o sinto de segurança sobre mim, ajeitando-o para que não atingisse minha mão.
- Já chega – eu pedi, mas ele continuou ajustando – Eu estou bem! Não vou morrer!
Ele sossegou com seus braços e bateu a porta. Deu a volta no carro e entrou, dando partida instantaneamente enquanto colocava o sinto. O carro parecia voar na pista, passando rápido demais em comparação aos outros carros.
Me contorci no banco. Parecia que tinham jogado acido no meu pulso. Zayn desviou os da estrada e ficou olhando para mim, enquanto eu me apoiava a cabeça na janela, começando a ofegar.
- Olhe para frente – minha voz saiu falha, mas ele continuou com os olhos em mim – Eu não quero morrer em um acidente de carro.
Seus olhos atrapalhados voltaram ao volante. Minha mão voltou a latejar. A descansei em meu colo e com a outra mão tampei meu rosto. Eu não poderia chorar ali.
Zayn me olhou com os olhos tristes antes de sair da sala. Minha mão ainda doía. O medico pegou minha mão e começou a examina-la, me causando mais dor.
- Vamos bater um raio-x – ele me disse, começando a preencher minha fixa.
O Dr. Julles tinha me dito que se o problema era comigo, Zayn não precisaria ficar na sala, porque ele poderia fazer algo de errado. Acho que eu concordava. Zayn estava mais nervoso do que eu, talvez ele pudesse dificultar as coisas.
***
Observei o medico enrolar a atadura em meu pulso. Estava menos dolorido agora, mas ainda doía.
- Quando fizer duas semanas – Dr. Julles me disse, apertando bem forte o tecido em minha pele – você vai em um medico em Londres e apresenta esse papel – ele me estendeu um envelope com tudo que tinha anotado sobre meu estado – Então ele saberá oque fazer.
Assenti com a cabeça. Pequei meu envelope junto com minha receita medica sobre meus medicamentos para dor e auxiliares para os ossos. Sai da sala, dando de cara com o corredor. Não ousei ergue meus olhos, não sabia oque iria acontecer agora. Me arrastei pelo corredor, dando pequenos passos até virar para a sala de espera. As paredes brancas estavam me dando vertigem.
O encontrei sentado com a cabeça tombada para trás. Ele ele tinha cruzado os pés, os balançando em vai e vem e as mãos enfiadas nos bolços. Seus olhos estavam fechados, mas mesmo assim ele parecia inquieto.
Respirei fundo, fazendo o máximo de barulho. Ele abriu os olhos e ergueu à cabeça.
- Já acabou? – sua voz saiu rala.
- Sim – eu disse e apertei meu braço, olhando para a tala preta.
Ele suspirou e se levantou, ajeitando a jaqueta.
- Você esta bem agora? – ele continuou parado, ainda bem longe de mim.
Eu assenti balançando a cabeça três vezes em confirmação.
- Que bom – ele tentou dar um sorriso, mas pareceu forçado demais – Vamos para casa.
Zayn caminhou e saiu da sala de espera. Eu apenas o segui. Ele parecia distante demais de mim. Não deu nenhum sorriso, nem um único olhar que fosse diretamente para mim.
Quando chegamos ao estacionamento, ele abriu a porta para mim, colocando o sinto de segurança em volta do meu corpo, sem dar um palavra. Minha bolça estava sobe meu colo junto com o envelope. Ele continuou sem falar quando deu partida no carro e saiu do estacionamento da clinica.
Ele caminhava em meu lado em silencio, assim como na viajem inteira. Nenhuma palavra, nada. Eu tinha me jogado contra a janela, observando cada detalhe, vivendo cada minuto que estava se esgotando. Agora estávamos andando no gramado da casa, em silencio novamente.
Ele levava minha bolça, enquanto eu segurava meu punho dolorido.
Entramos na linda casa. As coisas não pareciam tão mais chamativas para mim, aquilo começava a ser menos importante com oque estava acontecendo. Ellen veio me receber. Seu lindo sorriso se desfez quando viu minha mão.
Quando chegamos ao estacionamento, ele abriu a porta para mim, colocando o sinto de segurança em volta do meu corpo, sem dar um palavra. Minha bolça estava sobe meu colo junto com o envelope. Ele continuou sem falar quando deu partida no carro e saiu do estacionamento da clinica.
Essa foi a pior viajem de carro que eu já tive com Zayn – pelo menos até agora.
Rainha da minha vida <3
Ele caminhava em meu lado em silencio, assim como na viajem inteira. Nenhuma palavra, nada. Eu tinha me jogado contra a janela, observando cada detalhe, vivendo cada minuto que estava se esgotando. Agora estávamos andando no gramado da casa, em silencio novamente.
Ele levava minha bolça, enquanto eu segurava meu punho dolorido.
Entramos na linda casa. As coisas não pareciam tão mais chamativas para mim, aquilo começava a ser menos importante com oque estava acontecendo. Ellen veio me receber. Seu lindo sorriso se desfez quando viu minha mão.
- Oque aconteceu? – ela colocou uma das mãos no peito, como uma mãe preocupada.
- Não... não foi nada de...
Zayn passou por nós e me cortou.
- Diz a verdade pra ela – ele disse me interrompendo, mas sem parar de andar.
Ellen observou seu rosto por apenas um segundo e trocou de feição. Ficou muito mais preocupada que antes.
- O que é isso no seu rosto? – Ellen tentou para-lo, mais foi impossível. Ele subiu as escadas freneticamente, fazendo muito barulho.
Ela se voltou para mim, ainda não entendendo nada.
- O que parece que aconteceu? – levantei uma sobrancelha.
- Parece... – ela pensou – Que você deu um soco nele e quebrou a mão.
Arregalei meus olhos e dei um breve sorriso dolorido.
- Ele... ele se meteu em uma briga – suspirei. Não queria fazer a cavera de Zayn para Ellen – Eu sai correndo, tropecei e cai sobre a mão. Mas agora esta tudo bem.
Ela balançou a cabeça e fechou os olhos.
- Zayn não consegue se controlar – Ellen olhou para mim com os olhos atentos – Eu acho que isso é culpa dos pais. Nunca deram limites para ele. Ele acha que pode tudo.
- Eu percebi isso – baixei meu tom de voz, ficando no mesmo tom baixo que o dela – Ele fica irritado toda vez que alguma coisa que ele não gosta sai do lugar.
- Mas não se preocupe com isso queria – ela disse, colocando as mãos sobre meus ombros, me encarando – Ele gosta de você. Dá pra ver.
Meu coração acelerou. Eu sabia disso. Eu sentia.
Ela veio até mim e me abraçou, forte.
Ela veio até mim e me abraçou, forte.
- Vou falar com ele – eu disse e ela concordou.
Subi as escadas bem devagar, sem fazer barulho. Ele estava parado no meio do quarto, mexendo no celular. Minha bolça estava encima da cama, junto com o prontuario. Zayn pareceu não me ter visto, mas eu sabia que ele viu. Quando abri a boca para começar a falar, ele me interrompeu:
- Temos pouco tempo até seu voo – sua voz era baixa e não expressava nenhuma emoção.
- Então eu vou arrumar minha mala – fui ao meio do quarto, mas ele me interrompeu.
- Polpe sua mão – ele ordenou – Eu faço.
Ele saiu de perto de mim. Foi até a mala e a abriu, colocando tudo que era meu dentro dela. Sentei na cama, me apoiando na cabeceira. Observei ele se movimentar e comecei a pensar sobre o que eu falaria para ele. Quem sabe eu gritasse para ele parar de agir assim. Ele estava calado demais, isso não era normal. Talvez se sentisse culpado.
A ultima coisa que Zayn colocou na mala foi a caixinha com o colar, e depois apenas escutei o som do ziper se fechando.
- Consegue se arrumar em dez minutos? – ele se virou para mim, com o mesmo tom de voz.
Balancei a cabeça positivamente, ainda sentada. Ele atravessou o quarto e saiu porta fora, sem falar nada. Meus olhos voltaram para o quarto grande e vazio. Minha mala fechada junto com a bolça encima do sofá.
Puxei um suéter preto sobre os ombros e depois os desci até bem embaixo da cintura, caindo sobre o jeans. Eu estava confortável, era isso que importava. Passei minha bolça sobre os ombros e puxei a mala com a mão boa, até o corredor, onde encontrei Zayn andando em minha direção.
- Deixe que eu levo isso – ele tirou a mala de minhas mãos e a bolça dos meus ombros.
- Eu posso fazer... – apenas o vi me dando as costas e seguindo pelo corredor. Ele me ignorou.
Zayn desceu as escadas tão rápido que nem o vi na sala. Ellen me esperava, encostada no braço do enorme sofá.
- Já esta na hora querida – ela se levantou, esticando os braços para mim.
Eu a abracei.
- Muito obrigada por tudo – sorri. Ela realmente era uma das melhores pessoas que conheci.
Ela passou uma das mãos sobre meus ombros e me estimulou a andar até a cozinha.
- Eu só te peço para que tenha um pouco de paciência com ele – sua voz saiu baixinha, assim que paramos bem em frente a porta dos fundos – Ele acha que a culpa é dele.
Balancei a cabeça confirmando.
- Quando... quando a gente chegar lá eu converso com ele.
- Muito bem querida – ela sorriu segurando minha mão boa – Fale com os amigos dele também, eles vão te ajudar.
Meu estomago se revirou. Ela não sabia que os outros não sabiam. Eu não poderia ter a ajuda de nenhuma amigo dele. Ninguém sabia que estávamos juntos. Pras pessoas eu viajei sozinha e ele estava em mais um lugar qualquer gastando seu dinheiro. E o pior de tudo; isso tudo era culpa exclusivamente minha.
Balancei a cabeça.
- Obrigada.
Não poderia falar a verdade para ela. Seria menos um problema agora.
Seguimos até a garagem. Ouvi o barulho da mala da Mercedes se fechando forte. Zayn estava encostado na parede da garagem, observando sua BMW vermelha. Carlos abria a porta de trás para mim do outro carro, enquanto eu abraçava Ellen pela ultima vez. Entrei no carro e a porta foi fechada.
Zayn seguiu até Ellen e murmurou alguma coisa antes de abraça-la. A porta ao meu lado se abriu e ele entrou, ficando o mais longe possível de mim. Ele se imprensava na janela, tentando não ergue os olhos. O carro saiu da garagem, dando imediatamente na rua de trás da casa.
Fui extremamente ridículo o silencio que ficou no carro. Nada. Não demos nenhum pio. Já se passava um tempo em que seguíamos para o aeroporto. Eu estava inquieta, balançando minha perna. Olhei para Zayn e ele continuava fitando a janela.
Estiquei minha mão boa pelo estofado até me apoiar. Levantei levemente, movimentando meu corpo para perto do dele. Me agarrei ao seu braço, entrelaçando minhas mãos, apoiando minha cabeça em seu ombro. Ele girou a cabeça, me fitando pela primeira vez em horas.
Ele suspirou pesadamente, me fazendo levantar junto com seus movimentos respiratórios.
A viajem seguiu para mim menos solitária.
O saguão estava cheio, como sempre. As pessoas passavam umas sobre as outras, mas nunca se esbarravam. Não ousei largar as mãos de Zayn, embora ele não olhasse para mim a maioria do tempo em que ficamos parados na fila do check-in.
Minha mala já tinha sido despachada e a essa hora, meu voo já estaria sendo chamado. Estávamos parados perto da minha pré-fila para a entrega dos passaportes. Eu puxava o pano da sua blusa que ficava ao meu lado, tentando me concentrar em não surtar.
Zayn seguiu até Ellen e murmurou alguma coisa antes de abraça-la. A porta ao meu lado se abriu e ele entrou, ficando o mais longe possível de mim. Ele se imprensava na janela, tentando não ergue os olhos. O carro saiu da garagem, dando imediatamente na rua de trás da casa.
Fui extremamente ridículo o silencio que ficou no carro. Nada. Não demos nenhum pio. Já se passava um tempo em que seguíamos para o aeroporto. Eu estava inquieta, balançando minha perna. Olhei para Zayn e ele continuava fitando a janela.
Estiquei minha mão boa pelo estofado até me apoiar. Levantei levemente, movimentando meu corpo para perto do dele. Me agarrei ao seu braço, entrelaçando minhas mãos, apoiando minha cabeça em seu ombro. Ele girou a cabeça, me fitando pela primeira vez em horas.
- Se você estiver com fome, nós podemos... – sua voz era rala, quase que sussurrando.
- Não preciso de nada – cortei-o, sem exitar. Apertei seu braço em volta de mim – Apenas me deixe aqui. Com você. Por favor. – abaixei o tom de voz, para que só ele no mundo escutasse – Lembre-se que eu te amo.
Ele suspirou pesadamente, me fazendo levantar junto com seus movimentos respiratórios.
A viajem seguiu para mim menos solitária.
O saguão estava cheio, como sempre. As pessoas passavam umas sobre as outras, mas nunca se esbarravam. Não ousei largar as mãos de Zayn, embora ele não olhasse para mim a maioria do tempo em que ficamos parados na fila do check-in.
Minha mala já tinha sido despachada e a essa hora, meu voo já estaria sendo chamado. Estávamos parados perto da minha pré-fila para a entrega dos passaportes. Eu puxava o pano da sua blusa que ficava ao meu lado, tentando me concentrar em não surtar.
A voz robótica feminina soou em todo o lugar, nos avisando sobre meu voo.
Seus dedos dedilharam a pelo de meu pescoço, me causando arrepios incontroláveis. Eu o puxei mais para mim, me curvando para trás.
E como num passe de magica, seus lábios estavam longe novamente.
Eu queria agora mandar um fuck para Zayn Malik por ter liberado o seu instagram e ter tirado aquelas fotos. Eu estou sofrendo.
Bom, demorou? Demorou, mas o capitulo já esta ai.
Já falei para vocês que a temporada tá acabando? Poise gente. Tenho planos para Change My Mind... tenho tanta coisa pra fazer e nada de tempo para escrever... me ajudem scrr.
Mas a próxima temporada esta confirmada e daqui a pouco eu mostro o trailer pra vocês. É uma coisa simples mas com certeza vai estar muito melhor que o primeiro trailer, porque aquilo foi uma desgraça.
Continue me mandando os Imagines Hots ou Fofos, estou juntando para fazer uma maratona e, para falar a verdade, estou gostando muito.
Essa notinha no final do capitulo tá grande, desculpe.
Eu só queria pedir para as pessoas que comentam em Anonimo, colocar alguma identificação. Quando eu postar um capitulo novo, eu aviso. Isso sempre acontece.
COMENTEM. VOCÊS ME FAZEM CONTINUAR <3
- É melhor você ir – ele se virou para mim, colocando minha bolça em volta dos meus ombros e ajeitando meu cabelo.
Senti seus lábios em minha testa, enquanto ele segurava meus ombros. Eu respirei fundo. Ele finalmente sorriu para mim, o que de certa maneira me deixou mais alegre.
Ele tirou as mãos de mim e as levantou em direção à fila. Eu olhei a pequena fila por um estante e voltei a seus olhos. Tudo que eu sonhei em minha vida desgraçada e infeliz estava acabando agora. Essa era a hora de dizer adeus a Paris, dizer adeus a tudo que eu não queria.
Aqui nós fomos oque nós realmente somos. Aqui tínhamos todos os tipos de liberdade. Eu sentiria falta disso. Eu teria certeza que iria sofrer.
Seu rosto era tão lindo ali. Todos os detalhes perfeitos vidrados em mim, esperando oque eu iria fazer. Me aproximei dele e bem devagar, coloquei a mão boa em volta de seu pescoço, acariciando sua nuca. Ele balançou a cabeça relutante mas de repente seus lábios já se movimentavam dentro da minha boca. Seu perfeito gosto estava em mim agora, como um sabor preferido de sorvete.
Seus dedos dedilharam a pelo de meu pescoço, me causando arrepios incontroláveis. Eu o puxei mais para mim, me curvando para trás.
E como num passe de magica, seus lábios estavam longe novamente.
- Até o internato – murmurou.
Zayn me deu as costas, me deixando ofegante e desconsertante. Eu precisava te-lo novamente.
Me recompus e segui até minha fila. Eu estava inquieta na poltrona, ajeitando seus estágios de inclinação. Talvez eu pudesse dormir, ou talvez pensar em minha conversa com Zayn amanha na aula de biologia, mesmo que fosse no sussurro ou por conversas em folhas soltas.
Pedi a aeromoça um pouco de água. Minha mão latejava e eu já teria que tomar um comprimido para dor. Depois disso, deixei que o sono me domasse.
***
Ignorem o 14
Pulei do carro da escola assim que ele estacionou na calçada. O motorista levava minha mala para dentro dos portões, enquanto Madalena me seguia. Ela tinha feito milhões de perguntas sobre minha mão, mas eu estava boa em mentir, embora eu não achasse isso certo.
Corri para dentro do prédio, tentando achar alguém. Será que eles foram para alguma festa? É a vida deles. Não iria criar expectativa sobre eles me esperando.
Depois que a mala já estava no dormitório, Madalena limpou a garganta e disse:
Corri para dentro do prédio, tentando achar alguém. Será que eles foram para alguma festa? É a vida deles. Não iria criar expectativa sobre eles me esperando.
Depois que a mala já estava no dormitório, Madalena limpou a garganta e disse:
- Se você esta procurando seus amigos, eles estavam perto da sala de jogos.
Sorri em agradecimento. Ela me deixou sozinha no quarto. Olhei em volta e tudo continuava a mesma coisa. Agora parecia que eu não tinha vivido nada disso, foi apenas um sonho bom, que passou rápido demais. Aquilo não aconteceu.
Minha mão latejou.
As lembranças voltaram como um jato, me fazendo sorri. Todos os momentos que tivemos me anestesiaram. Joguei-me em minha cama, sorridente demais. Aquilo realmente não foi um sonho? Se foi, foi o melhor da minha vida.
***
O corredor estava iluminado com as lampadas fluorescente. Eu tinha vindo poucas vezes a sala de jogos, mas a maioria dela eu vinha com Zayn, então não prestava mais atenção em nada. Ela foi construída para as pessoas que não são liberadas pelos pais para saírem no final de semana e, a única diversão, seria aqui.
A porta de correr estava na minha frente, mas ainda estava tudo escuro. Minha mão boa puxou a porta de uma vez, vindo toda uma claridade e sons. Não consegui mais entender nada depois do SURPRESA!
Eu conseguia imaginar minha cara; com os olhos arregalados e paralisada.
Philip saiu atrás de algumas pessoas. Ele estava vindo na minha direção, com os braços abertos e gritando alguma coisa. Ele me abraçou e em seguida eu estava abraçando muitas pessoas.
- O que é isso? – perguntei para Izy assim que ela entrou em meu campo de visão.
- Uma comemoração para seu aniversario – ela sorriu.
- Mas precisava chamar tanta gente?
- Desculpe – ela riu e deu de ombros – Foi Esthepane que organizou.
Ela me abraçou bem forte, sussurrando um feliz aniversario. Depois seus olhos voltaram para mim, e caíram sobre minha mão acidentada.
- Oque foi isso?
- Nada demais – eu sorri, enquanto a musica alta tocava – Depois eu te conto oque aconteceu.
Meus olhos vagaram pela festa, enquanto eu observava cara um. Havia pessoas que eu não falava, mas mesmo assim estavam ali, me desejando feliz aniversario ou apenas curtindo, talvez, a primeira festa que acontecia no internato.
Falei com mais pessoas. Estava todo mundo ali. Emily, Alex e Julia estavam enfileiradas esperando pelo meu abraço. Era bom estar aqui.
Algum tempo depois eu já estava bebendo refrigerante (o que obviamente não era a única bebida ali, mas eu não gostaria de me embriagar na minha própria festa), e praticamente gritando para que minha voz se saísse mais alta.
Eu estava adorando estar aqui. Todas as pessoas estavam se divertindo, e isso para mim era muito bom. Meus olhos correram novamente para a festa que rolava em meio os alunos que jogavam uns jogos. Foi quando eu o avistei, sentado encima de uma mesa, com um copo vermelho na mão.
Ele não sorria, apenas me fitava enquanto os outros ao seu lado conversavam animadamente.
Zayn ergueu o copo em saudação a mim, e o deixou no ar por tempo suficiente para que eu pudesse fazer o mesmo. Deu um gole ainda com os olhos em mim, mas depois votou a conversar como se nada tivesse acontecido.
Voltei a atenção no que as pessoas falavam a minha volta. Eu tinha que aproveitar minha festa.
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Oe.
Eu queria agora mandar um fuck para Zayn Malik por ter liberado o seu instagram e ter tirado aquelas fotos. Eu estou sofrendo.
Bom, demorou? Demorou, mas o capitulo já esta ai.
Já falei para vocês que a temporada tá acabando? Poise gente. Tenho planos para Change My Mind... tenho tanta coisa pra fazer e nada de tempo para escrever... me ajudem scrr.
Mas a próxima temporada esta confirmada e daqui a pouco eu mostro o trailer pra vocês. É uma coisa simples mas com certeza vai estar muito melhor que o primeiro trailer, porque aquilo foi uma desgraça.
Continue me mandando os Imagines Hots ou Fofos, estou juntando para fazer uma maratona e, para falar a verdade, estou gostando muito.
Essa notinha no final do capitulo tá grande, desculpe.
Eu só queria pedir para as pessoas que comentam em Anonimo, colocar alguma identificação. Quando eu postar um capitulo novo, eu aviso. Isso sempre acontece.
COMENTEM. VOCÊS ME FAZEM CONTINUAR <3
CARALHO QUE HOMEM LINDO me desculpem o palavreado.
@ziampau
OMG que perfeito continua
ResponderExcluirAaaaaaaaaaah que perfectttttt!!!continuaaaa sua liamda , pleasee, eu necessito do próximo cap kkkkkk... Enfim, eu sou a nova leitora e pode ter ctz que eu quase pirei qnd vi sem querer esse cap e ctz essa fic é perfeitamente perfeita ♥♥ e eu vou mandar uns imagines hot 's e fofos *-* , enfim, cuntinuaaa rapidenhooo, pleasee ♥
ResponderExcluiraaaahhh perfeito continua
ResponderExcluirContinua diva
ResponderExcluirPfv continue !!??!
ResponderExcluirE vc é uma otima escritora!
aah continua..
ResponderExcluircontinuaaaa...... ��
ResponderExcluirContinua!!!! Por favor estou muito curiosa e eu adoro sua fic.... Cintinuaaaa pf
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