sábado, 30 de agosto de 2014

Change My Mind - Cap 39 - Roleta Russa...


Roleta Russa - Duelo ou jogo suicida em que um indivíduo, depois de meter uma única bala num revólver, faz girar o tambor e puxa o gatilho com a arma virada para si próprio...

~~ NARRADOR ON ~~


Mais um relampeio soou lá fora. A claridade reluziu nas altas paredes e estantes de livros, junto com um barulho ensurdecedor. Seunome se contorceu na cadeira e olhou para sua redação em branco. Já deveria ser umas 16:00hs, e desde que saiu do refeitório, estava ali, tentando formular alguma coisa sobre o fim da URSS. 

Sua cabeça voltava na lembrança da única vez que viu Zayn naquele dia. Era de amanha, na hora do café. Como era sábado, a escola ficava praticamente vazia. Ele estava sozinho, andando de moletom. Estava tão simples mas tão bonito. Ela nem sabia se ele tinha a visto.

Revirou mais alguns livros de história para tentar terminar sua redação. Sua mente estava atordoada com todas essas informações que estavam a rondando. Preocupações. Mentiras. Amor. Ódio. 

A chuva não parava de cair lá fora, não poupando os relâmpagos assustadores.
  • Quer alguma ajuda? – a voz doce de Emily fez Seunome dar um pequeno pulo. Até agora ela não tinha visto ninguém naquela ala da biblioteca. 
  • Muita – ela sorriu e Emily sentou-se a mesa, bem ao seu lado – Historia não é meu forte. 
  • Bom – Emily disse pegando alguns exemplares que Seunome tinha escolhido como base – Você ficou com o fim da URSS, então é claro que vai ter que falar do socialismo e capitalismo. 
Seunome revirou os olhos e sorriu. 
  • Humm, eu não entendo muito dessa matéria – a menina observou Emily praticamente revirar o livros – Você parece que entende de tudo!
  • Eu tento saber um pouco de cada coisa – ela começou a ler algumas páginas – Mas as vezes isso não é possível. Bom, eu quero fazer alguma coisa de bem importante na minha vida e, para isso, tenho que estudar. 
Seunome balançou a cabeça concordando. Emily era muito esforçada. Ela queria ter uma bela carreira em biologia, e tudo estava a seu favor. 

De repente, enquanto Seunome começava sua introdução, Zayn entrou na biblioteca. Estava vestido com uma calça jeans comum, tênis esportivos e um casaco preto grosso sobre o corpo, resumindo, estava lindo. Ela o observou por um tempo, mas logo virou o rosto. Ele se dirigiu para um dos computadores ao norte e se sentou. 

Ele estava bem ao alcance de seus olhos, um pouco longe, mas mesmo assim ela podia vê-lo. Estava sendo ainda mais difícil fazer o trabalho com ele ali. Ela começou a tamborear os dedos na madeira na mesa, enquanto seus pensamentos voavam até ele. 
  • É difícil fazer dupla com Zayn? – a voz de Emily soou baixa. 
  • Co-como assim? – Seunome levou um pequeno susto. Por que essa pergunta logo agora? 
  • Eu sei lá – a menina deu de ombros – É porque ele parece ser tão sem noção. Você deve fazer tudo sozinha. 
  • Bom... – ela não conseguia responder. 
Conversar com uma amiga sobre Zayn seria normal, mas nesse caso, não era tão normal assim. Ter que esconder tudo que eles passaram, as coisas que viveram e sentiram juntos era difícil demais. Era quase que um afronto ninguém saber disso. 
  • Ele é esforçado – ela cuspiu as palavras, sentindo seu coração pular. 
  • Humm, então ele é melhor que Louis – Emily riu de sua própria piada interna – Mas ele já te falou alguma coisa da vida pessoal dele? Sinceramente, ele parece viver em um próprio mundinho. 
  • Nós não falamos de nada que não seja dos trabalhos – Seunome se encolheu na cadeira, tentando não fitar Emily. 
  • Mas tipo, vocês fazem duplas há meses. Eu e Louis, mesmo que isso pareça ridículo, nos conhecemos um pouco. Acho que vocês também deveriam. Eu não sei, ele parece muito caladão.
Seunome balançou a cabeça concordando. Ela sentiu seu rosto esquentar. Ela não falava de Zayn para ninguém, sempre desconversava quando alguma conversa levava ela ao assunto ''sua dupla de classe''. Ela queria muito dizer para as pessoas o que estava acontecendo... o que aconteceu com eles. Mas e o medo? Ela ainda sentia muito medo.

Enquanto Emily falava sobre sua difícil tarefa de ter Louis como sua dupla integral, os olhos de Seunome se deixaram ir sozinhos para o computador onde Zayn estava. Seu rosto esquentou do mesmo modo como no refeitório.

Era a mesma sena. Tudo parecia igual. Por que essas coisas estão acontecendo logo agora? Era a segunda vez. O destino parecia estar sendo ridículo. Perrie estava do mesmo jeito. Com os braços pesados sobre Zayn, quase o matando sufocado.

Seu estomago se revirou. Ela odiava ver aquilo.

Mas que diabos de sentimentos difíceis!

Ela é só uma garota nojenta. Ele te ama. Pare com essa tremedeira idiota! – o sub consciente da menina à alertava.

Ela tentou desviar os olhos, mas era impossível. Só de ver alguém perto dele seus sentidos mudavam completamente. Isso era ciumes? An! Era amor.

Contorceu-se novamente na cadeira, as mãos suando em contado com o lápis. Para ela era tão ridículo sentir esse tipo de coisa. Era estranho. Sempre detestou esse tipo de garota que sofre por amor, mas agora, quem esta sofrendo? Isso chega a ser ridículo porque não esta acontecendo nada.

Era só uma garota detestável que estava ao lado dele. Nada mais poderia acontecer. Ou poderia? Mas porque esse sentimento estranho estava a rondando logo agora? Seria um pressagio?

Era tão ruim ver ele assim, com outra pessoa. Os olhos dela voltaram para a sena, mas agora, Perrie dava risinhos e tinha as mãos na cintura. Ela deu uma ultima jogada no cabelo e saiu confiante da biblioteca. Zayn parecia o mesmo, voltou a mexer tranquilamente no computador que ocupava.
  • Hum, eu acho que para a introdução esta ótimo – Seunome fechou o caderno. – Já podemos ir. 
  • Bom, eu vou ficar aqui – Emily mordeu o lábio – Me interessei pelo livro. 
  • Tudo bem – Sunome recolheu seus últimos pertences da mesa – Boa leitura. 
Emily sorriu e voltou a devorar o livro. Enquanto Seunome caminhava pelo salão da sessão onde estava, não tirou os olhos de Zayn. Entregou os livros para a bibliotecária e segui para fora da biblioteca.

Enquanto seguia pelos corredores, seus pensamentos voaram a sena que ela viu. Só de ver Perrie ao lado de Zayn ela já se sentia mal. Por que esse sentimento ruim voltou logo agora?

£££

Já era noite e a chuva continuava. O vento chicoteava nas árvores, fazendo um barulho não muito agradável. Seunome não conseguia dormir, contorcendo-se de minuto em minuto. Algo estava fora do lugar, ou iria ficar fora do lugar.

Então, depois de um tempo, entrou em um sono profundo, lá pelas tantas da madrugada. Entrou em um sonho, frio e úmido. Era frio e incerto. Varias luzes cintilavam, o que a deixava mais tonta. Mas ai ela viu uma sombra correr no meio das luzes, alguma coisa muito ruim. Ela podia sentir.

Mas de repente acordou.

Ela acordou mal, sentindo seus olhos pesarem. Alguma coisa iria acontecer. Podia sentir.

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.
- Shakespeare

£££


Ninguém ousou pisar lá fora naquela manha.

Chovia muito, assim como foi na madrugada. Seunome desceu para o café da manha naquele domingo sem a animação que todos estavam. Seira a festa de Calie, uma garota do segundo ano. Não seria uma festa como as de antes, mas mesmo assim os preparativos estavam a todo vapor.

A festa aconteceria em uma desses espaços alugados para grandes eventos. Com certeza uma banda ou um Dj seriam contratados. Isso era tipico dos riquinhos que gostam de se exibir. 

Como sempre, nos finas de semana o internato ficava mais vazio, ninguém era obrigado a nada. Seunome se sentou a uma das mesas redondas com uma tigela de cereais que estavam intocados. Seus pensamentos estavam voando, indo em direção a sentimentos ruins. 

Ela estava com saudades dele. Foi um sábado inteiro sem vê-lo, sem toca-lo. Já estava com esse sentimento ruim, e ainda mais sem ele. Estava escutando a conversa de Julia e Harry, os únicos que desceram com ela até o refeitório. Mesmo não falando com Harry, Julia era sua amiga. 

A conversa rondava sobre à festa, oque fez Seunome se revirar na cadeira. Enquanto ela se martirizava por estar pensando nessa maldita festa, ele entrou no refeitório. 


Como sempre, lindo. Ela sentia saudade só de olhar para ele. Estava sozinho, entrou e sentou. Havia um tempo que eles não se encontravam. Seu peito se encheu, ele estava ali, perto dela. Teria que vê-lo. 
  • Estou satisfeita – Seunome retirou sua tigela na mesa e se levantou – Bom papo para vocês.
Ela sorriu para Julia e jogou um riso falso para Harry. Caminhou até as prateleiras e deixou sua tigela por lá.

Virou-se imediatamente dando de cara com a mesa de Malik. Ele levantou os olhos e ficou fitando-a por um tempo. Seunome queria articular com ele, fazer algum tipo de sinal, mas ali tinha pessoas. Ela estava desesperada. Então seguiu para o Jardim, mesmo que ele não entendesse oque ela queria, só de estar no Jardim de Inverno estava bom. 

Andou pelos corredores rápido demais para qualquer outro. Não havia quase ninguém, todos deveriam estar em suas casas. No final de semana a maioria das pessoas voltava para casa, oque no caso de Seunome não era possível.

Logo seus pés tocaram o chão de pedrinhas do Jardim de Inverno. Foi até o centro, onde tinha a vista das fileiras de plantas perfeitas. Olhou para cima e viu os vidros embaçados. A água da chuva batia e escorria pelos vidros, como uma cachoeira.

De repente, se arrepiou.

Ele estava ali, perto demais. Era tão bom te-lo perto.
  • Você não parece bem – sua voz era baixa, quase sussurrando. Zayn tinha parado bem ao seu lado, com os lábios encostados na pele de seu pescoço – Aconteceu alguma coisa? 
Antes que ela pudesse pensar, antes dele poder pensar, Seunome passou seus braços em volta do corpo de Zayn. Um abraço forte, para recuperar todo o tempo que ela sentiu sua falta. A cabeça de Seunome perdeu-se em seu peito quente, recuperando tudo. 

Os braços do garoto a prenderam, da mesma forma em que ela o abraçava. 
  • Não é nada – ela disse ainda com seu rosto preso em seu corpo – Só não acabe com isso. 
  • Não vou – Zayn disse com a voz baixa. 
Então, Seunome levantou seu rosto para encara-lo. O rosto lindo, sem nenhuma imperfeição estava ali, muito perto. Era tão irresistível. Tão perfeito. Seus lábios subiram até chegar na altura certa dos dele. Seus olhos brilhavam tanto, eram lindos. Ele era totalmente surreal e, ela gostava disso. Gostava de te-lo em seus braços, isso era bom.

Ela deu impulso com os pés e chegou em sua boca. Os lábios quentes e deliciosos dele estavam em contado com os seus, enquanto seus braços passavam em volta do corpo escultural de Malik. A linguá do menino deslizou entre seus dentes, tornando o beijo ainda mais intenso. 

  • Você pode me dizer oque esta acontecendo? – a voz de Zayn era baixa, enquanto a respiração rápida da garota ainda batia em seu rosto.
  • Nada – ela abriu os olhos e encarou o rosto perfeito a sua frente – Só achei que fiquei tempo demais sem te ver. 
Ele balançou a cabeça concordando por um estante e logo voltou a beija-la do mesmo jeito de antes. 
  • Você esta animado para a festa de hoje à noite? – Seunome perguntou assim que se acomodou em seus braços. Eles tinham sentado em um dos bancos de madeira do Jardim, tendo a visão das carreiras de plantas. 
  • Bom, eu acho que sim. – ele fitou seus olhos – E você? 
  • Também – os olhos de Zayn pareciam ficar mais bonitos a cada segundo – Aquela garota falou mais alguma coisa com você? 
  • Não – ele disse rápido. 
Mentiu. 

Seunome tinha visto os dois juntos na biblioteca. 

Ela engoliu a seco. Por que eles estava fazendo isso? Havia algum motivo? 
  • Humm, que bom – Seunome disse com a voz rala. Ela não iria falar nada do que tinha visto na biblioteca, queria ver até onde isso iria. 
Ela levantou seu tronco, sentando-se no banco. Se endireitou e olhou para Zayn. Ele era terrivelmente lindo, e estava mentindo, oque o tornava um lindo descarado. Mas por quê não aproveitar disso? Pelo menos enquanto pode. 

Inclinou seu corpo para frente, enquanto sentiu os braços dele envolta de sua cintura. Ela segurou seu rosto com as duas mãos, dedilhando seus lábios com o indicador. Céus! Ele era irresistível. Os lábios perfeitos de Zayn atacaram o dela, enquanto a levantava para coloca-la em seu colo. 


Seunome delirou-se com os toques do menino, esquecendo de todas as formas possíveis de onde estavam. Ela arranhou a pele do braço de Zayn quando sentiu os lábios dele em contado com seu pescoço. Despreocupadamente jogou a cabeça para trás enquanto ele continua com os movimentos e mordidas enlouquecedoras.

Ela esqueceu de tudo o que estava acontecendo e só se concentrou em sentir Zayn o mais próximo que podia, alegando a si mesmo que tudo ficaria bem, ou talvez não.

Sua boca desceu para o pescoço dele, sentindo seu cheiro agradável que no momento a causou uma pequena embriaguez. Passou a ponta de seus lábios na pele macia dele, colocando beijos demorados naquela região.

As mãos de Seunome passaram pelos braços de Zayn, até chegarem nos ombros e, então ela desceu, sentindo todo e peitoral esculpido de Zayn. Engoliu em seco algumas vezes, tentando recuperar o ar. Ela estava acariciando cada parte dele, tentando ao máximo guarda-lo em seus toques.

  • Eu te amo – ela sussurrou, sentindo sua voz sair rouca – Não importa oque aconteça. 
Ele tirou uma das mãos de sua cintura de deslizou até seus cabelos, massageando-os calmamente. 
  • Não vai acontecer nada – ele disse, encorajando-a – Eu estou aqui, com você. 
Ela levantou o rosto e viu os olhos seguros e o sorriso encantador de Zayn, dando-a um calor que fazia sua alma se aquecer. 

  • Não fique longe de mim – ela disse, se agarrando no pescoço dele, forçando ainda mais suas pernas que estavam em volta dele. – Não quero que você fique longe. 
  • Eu não vou – ele disse imediatamente – Eu amo você e nunca vou ficar longe. Nunca.
Ela liberou o ar que prendia nos pulmões, deixando assim seus braços se afrouxarem dele. Ele segurou seu rosto e a tomou pelos lábios. 

Era a ultima vez que se encontravam no Jardim de Inverno. 



Seu reflexo no espelho estava a mando ficar no internato. Ele dizia que não valia a pena ir a lugar nenhum nesse domingo horroroso de relâmpagos. O vestido preto de tecido fino caía até os joelhos. O pequeno salto não proporcionava nenhuma alteração em seu tamanho e, o cabelo. O cabelo caia escovado sobre os ombros, bagunçados e sem nenhum outro privilegio de cuidado. Sua estatura em frente o espelho era curvada. 

Ali, parada com o próprio reflexo a observando – o que era reciproco – começou a se julgar.

E, se tivesse feito tudo diferente? Deus, oque sua vida tinha virado?

Sufocada em suas próprias mentiras. Era isso.

As mentiras que ela nunca aprovara estavam a tomando de uma forma incapaz de se calcular os danos. A mentira ronda qualquer um, isto é fato. Mas ela não gostava de ter sua vida derramada nela. Queria se libertar.

O primeiro passo? Contar para alguém.

Ela queria dizer oque estava sentindo e oque estava recebendo, recebendo o amor que sempre quis.

Um pequeno sorriso nasceu de seus lábios, melhorando um pouco o que via no espelho. Ela enfrentaria qualquer um pelo oque sentia. Tudo e todos. Qualquer coisa. Qualquer coisa que para no final dessa trama terminasse nos braços de quem agora ela realmente ama.

Mas eu posso lhe afirmar que os sonhos sitados a cima não se realizarão.

Com um sonho que não iria se realizar, ela saiu de frente do espelho.



O som era forte. A batida poderia ser sentida até dentro do próprio corpo. As luzes piscando diversamente eram incapazes de deixar-te ver alguma coisa. Mas, ela estava feliz. Sentia que as coisas estavam tendo algum sentido, que tudo seria esclarecido. 

Ingenua. 
  • Eu pensei que iria ser uma coisa menor – Izy gritava enquanto adentrava para o centro da festa, de mãos dadas com Liam.
  • Eu também – Seunome gritou de volta, enquanto recuperava-se de ter esbarrado com um garçom. 
Ela estava nervosa, mas feliz. Sentia que alguma coisa de bom estava acontecendo. Os três se dirigiram juntos para longe da pista de dança, onde estavam longe de multidões. Seunome tinha vindo de carona no carro de Liam, já que voltou tarde do Jardim e não havia mais nenhuma vaga para ir com outras pessoas. 


Seunome olhou em volta, observando o lugar escuro, com as luzes neon piscando sem parar.

  • Então, eu acho que vou pegar algum coisa pra beber – ela olhou para o casal junto a sua frente, não queria estragar a noite do deles – Vejo vocês depois. 

Ela saiu disparada para o bar, enquanto as pessoas gritavam e se divertiam a sua frente. Ela espalmou as mãos no balcão do bar, enquanto decidia o que iria pedir. Enquanto o barman fazia seu pedido – não muito ousado – observou a festa. Havia mais pessoas desconhecidas do que conhecidas.

Ela queria acha-lo para poder dizer sua decisão. Eles iriam lutar.

Bebericou sua bebida, ainda parada. Ela estava nervosa, queria que isso passasse e logo a verdade seria revelada, deixando-a mais tranquila. Então decidiu andar pela festa.

Animadamente passou por um grupo de pessoas até chegar na pista de dança. Ela não estava tão interessada em dançar assim, ela só queria acha-lo. As luzes ali eram muito mais fortes e piscavam muito mais. Seunome estava sendo jogada de um lado para o outro, entrando sem querer nos passos de dança. Ela se concentrou em sair da roda, chegando cada vez mais para o lado.

Foi então que sentiu seu toque. 

De repente uma dor boa tomou contra de seu braço. Era boa porque demostrava posse. Era bom porque era ele. 

Ela nem se deu ao trabalho de virar e ter a certeza de quem era, já sabia. Foi sendo tirada do centro da pista de dança, longe de qualquer um que importasse. Ela sentiu as costas na parede de tijolos coloridos. Estava mais escuro, porem o som alto também estava ali. 

Ela viu a sombra dele chegando até ela. Zayn chegou o mais próximo que pode, apertando sua cintura com as mãos, forçando-a ainda mais na parede. Beijou a base de seu pescoço, subindo conforme necessitava de mais da menina. 
  • Za-zayn... – Seunome resmungou, passando um dos braços em volta o pescoço de Zayn, lutando com seus pensamentos se o estimulava ou puxava seu rosto contra seu pescoço – O que há com você?
Ele não parou, enquanto mordia o lóbulo de sua orelha ela se contorceu, quase se derretendo em seus braços. Ele subiu a cabeça e começou a beija-la, sem tempo para recuperar o ar. Sua linguá deslizou tranquilamente sobre a dela, levando a um beijo não muito calmo. Ele mordeu seu lábio inferior, dolorosamente devagar. 

Ela segurou seu rosto com as duas mãos, enquanto ele estabelecia um tempo antes de atacar novamente. 
  • Olha pra mim – ela disse, no pé de sua orelha – Acho que você bebeu demais. Lembra do nosso acordo? Sem se embriagar?
Ele deu de ombros e ameaçou a beja-la novamente, porem Seunome se esquivou. Era quase um afronto a humanidade esquivar-se de um beijo dele. 
  • Eu só queria te ver – ele disse enrolado, com os olhos divertidos – Você não pode ficar lá comigo, então eu tenho que ficar aqui com você, escondido. 
Seunome apertou mais seus braços, forçando-se a entender oque ele dizia. 
  • Sabe por que eu não desisti? Porque eu gosto de você – ele dizia sem nenhum tipo de preocupação e palavras sem nexo. Dizia leve, sem saber as consequência do que estava falando, grassas ao álcool – Eu não aguento mais ficar escondendo, escondendo e escondendo. Isso é muito difícil. Você as vezes as vezes parece que não liga pra mim. 
Seunome juntou as sobrancelhas. 
  • Eu não ligo pra você? – ela ironizou – Ah, pelos céus! Não vou considerar isto. 
  • Eu tô cansado de você com medo de tudo – ele reclamou, com a voz falha e enrolada – Fica comigo... na frente deles. 
Zayn apertou os braços dela, aproximando-se bem devagar. O som alto foi ficando cada vez menor e, de repente, ela estava sentindo os lábios dele. Parecia que o gosto do álcool tinha ficado mais forte, mas mesmo assim ela continuou beijando-o. Talvez essa tenha sido a ultima vez que eles sentiram um ao outro, mas talvez. 

Enquanto as coisas ainda estavam sobre controle, Seunome o empurrou contra seu corpo.
  • Tem muita gente aqui – ela gritou, vendo o rosto dele refletir as luzes que piscavam. 
Zayn sentiu seu corpo ferver. O álcool corria livremente pelas suas veias. 
  • É disso que eu estou falando – ele apertou os braços dela – Você tá fugindo. Eu não estou mais aguentando... você é uma medrosa. 
  • Zayn! – ela gritou, sentindo cada vez mais seus braços serem apertados – Controle-se. Você precisa ver o meu lado. Eu não posso ariscar. 
Ele fez uma careta. Com os olhos divertidos e debochados, continuou gritando contra a musica. 
  • Ariscar – ele repetiu, rindo e mexendo os ombros – Eu estou aqui, tentando fazer você acreditar em mim, que vai dar tudo certo e você com medo de arriscar? Você realmente quer que todos saibam? Aparece que não. Você não faz nada para mudar a nossa situação... eu sou um babaca pra ficar fazendo esse teatrinho. 
  • Teatrinho? 
  • É. Eu sou um idiota pra ficar nesse joguinho com você. 
Seunome sentiu tudo girar. Como ele ousou falar aquilo? Como assim a coisa mais pura que ela fez foi um mero teatrinho? 
  • Quer saber? Dane-se. Faz oque você quiser. Você é um idiota mesmo. 
Seunome lutou para sair daquele canto. Ela andou, sem olhar para trás, nem ao menos esperou se ele iria falar alguma coisa. Sua cabeça doía e tudo que conseguia pensar era em como tudo aquilo foi acontecer. Ela estava tão bem, tudo parecia bem. 
  • Droga! – gritou assim que chegou ao banheiro, vendo seu reflexo no espelho – Sua idiota. 
Jogou água no rosto, tentando se acalmar com aquilo que estava pensando. Por que ela o amava tanto? Só poderia ser um tipo de maldição, daquelas que não há feitiço para quebra-la. 

Duas garotas entraram gritando. Rindo seguiram juntas para uma cabine. Seunome apenas encarava seu reflexo no espelho, tentando decidir o que ela iria fazer agora. 

Ela o amava, certo? Certo. E estava decidida em contar a verdade, lutar pelo amor que sentia por ele, mesmo tendo que passar por cima de todos os conceitos que imaginava que sua mãe tinha. Espalmou a mão no mármore marrom. Se Zayn queria assumi-la e, ela também queria assumir ele, por que não hoje? Por que não agora? 



Decidita e estranhamente feliz – sim, feliz – deixou o banheiro, dando de cara com à festa escura e as luzes piscando como nunca. Não conseguia ver o rosto de ninguém, a escuridão não deixava, então marchou para o lugar onde tinha o deixado. 

Começaria com as desculpas, claro. Mas também queria as dele, medrosa não era um adjetivos de prestigio para garotas. E depois, diria oque queria fazer. Iriam sair daquela festa juntos.

Finalmente.

Mas ele não estava mais lá, foram apenas alguns minutos que ela passou dentro do banheiro e ele já tinha ido.

Mas não desistiu. Andar pelas pessoas não estava sendo fácil, ainda mais quanto boa parte delas não estavam sóbrias. E, Deus, ela estava sorrindo. Estava sorrindo porque agora ela tinha certeza que era ele, era ele quem estava fazendo-a feliz. Era Zayn.

Uma musica com batidas muito mais intensas começou, fazendo as pessoas gritarem. Seunome não ligou, queria acha-lo de qualquer forma. Dirigiu-se ao centro da pista de dança, tentando achar algum vestígio do corpo escultural de Zayn. 


E conseguiu. Sorriu e tentou caminha em sua direção, sem se importa em esbarrar com alguém. Ele estava ali, sua felicidade estava tão próxima. Ela conseguia sentir que agora seria diferente, seria os dois contra qualquer um que tentasse qualquer coisa. Eles estariam juntos. 


Foi por um segundo, um único segundo que tudo isso desmoronou. Seus sonhos caíram como alguém cai de bicicleta. De uma vez, em um único baque. Foi como se cada parte dela morresse por um momento, um único momento. 


Ela ficou parada, apenas sentindo seu rosto esquentar. 


Como assim ele estava beijando outra? Como assim aquilo estava acontecendo? Por que doía tando? 


Seus músculos se contraíram, a fazendo encolher os ombros. Ela estava longe e tinha muita gente em sua frente, era isso. Estava vendo errado. Isso não estava acontecendo. 


Não. Por favor, não. 


Sentiu seu peito doer. Há quanto tempo estava parada olhando?

Foi quando a batida da musica eletrônica ficou lenta, quase que na mesma batida do seu coração paralisado. Foi quando seu rosto desmoronava. Ela só conseguia olhar aquilo.

Algumas pessoas a empurraram. Porque, na realidade, ela parecia um poste no meio de uma autoestrada, dificultando a passagem.

Ela não percebeu quando acabou, mas o viu passando a mão nos cabelos macios que ela tando adorava. Viu ele gritando com à garota. Viu ele estérico. Viu quando ele olhou para ela.

Foi estranho: como se no meio da multidão eles se achassem.

Os olhos dele estavam elevados. 


Os dois ficaram parados. Parados por tempo suficiente para lembrar-se dos tempos anteriores. Recordar das promessas, das caricias, de todo um sentimento que consumia de forma horrorosa o coração de cada um. A imbecilidade que era cometida. Será que isso tudo foi tempo perdido? Ah, Deus! Não poderia ser.


Não foi tempo perdido.


Zayn consegui mover um músculo, passando seu corpo para frente. A única coisa que ele queria era chegar até ela. 


A única coisa que Seunome conseguia de fato lembrar era a sena do cara que ela mais amava beijando outra. Isso era ruim, muito ruim. Ela não percebeu que ele chegou muito próximo. A garota deveria estar em outro lugar, o lugar eu-não-acredito-que-isso-tá-acontecendo. 


  • Seunome, o-olha pra mim – ele pediu, segurando os ombros dela, balançando-os para que pudesse centralizar seu olhar ao dele – Eu não quis aquilo. Acredita em mim por favor. Olhe para mim, você precisa acreditar. 
Seunome olhou para as mãos dele em seu ombro, bem devagar, ainda tentando entender oque ele estava falando. Seus olhos vazios subiram sorrateiramente, olhando os dele. Ela juntou as sobrancelhas e disse obvia:
  • Não encosta em mim. 
  • O que? – a voz dele era desesperada, enquanto voltava a sacudir. 
  • Não quero que você encoste em mim – ela disse com a voz serena, enquanto ele a fitava com os olhos arregalados e a boca entreaberta – Tire suas mãos de mim. 
Ele ficou completamente sem ação, vendo a frieza dela. Ele não tirou os braços de entorno da garota, enquanto ela parecia não expressar nada.

Seunome então levantou os braços, encostando seus dedos de leve na pele de Zayn. A pele macia que ela tanto gostava. Bem devagar, ela se libertou dele. Parecia que a musica, pessoas gritando e todo o som do universo tinham sido calados. A unica coisa que ela ouvia era o som do seu coração doente, implorando para poder sair vivo dali. 

Ela deu dois passos para trás, enquanto era observada por ele. Ela o fitava intensamente. Esbarrou em inúmeras pessoas, mas nada mais importava. Tudo estava arruinado mesmo.

Zayn via ela partindo, não tendo tempo de explicar nada. Seu corpo doía. E doía ainda mais pensar que ela estava pensando que ele não a amava. Ele a amava demais, tanto que chegava ser insuportável.

Seunome foi ficando longe, longe para ele perceber que não conseguiria aguentar. Então ele correu, correu em disparada a ela.

  • Você precisa me escutar – ele gritou, puxando muito forte seu braço. 
Seunome se contorceu nos braços dele, sentindo a dor do seu aperto. 
  • Qual a pate do não-encosta-em-mim você não entendeu? – ela forçou seu braço para se separar.
  • Qual a parte do você-precisa-me-escutar você também não entendeu? – ele disse com os dentes serrados, a arrastando na direção contraria a saída, por onde ela estava seguindo antes. 
Ela estava com ódio. Ódio de si mesma, ódio dele.

Trazendo uma força que ela não tinha – e, que talvez tenha trago do ódio – ela se soltou. Ameaçou um pontapé e levantou um dedo em direção ao rosto dele.
  • Nunca mais encoste em mim – ela gritou, percebendo olhares sobre os dois, mas nada disso tinha mais importância. Sua voz embargada era, por incrível que pareça, a única coisa que Zayn conseguia escutar – Nunca mais. 
Ela disse e correu para a saída. Tinha segurado ao máximo seus sentimentos. 

A rua estava fria, com o vento congelante cortando a pele. Ela abraçou o corpo, forçando seus braços contra o peito. Sentia dor. Sentia o pior de seus medos. 

As lagrimas que tanto segurou foram libertas enquanto vagava pela rua cheia de jovens bêbados. Seu corpo doía. Céus! Ela o amava demais e, a consequência disso era o vazio que agora tomava todas as partes do seu corpo. Por que? - ela gritou, em meio a rua. Bateu os pés no chão, indignada com a própria vida. 

Então, esse era o fim? 

A Roleta Russa que é a vida tinha escolhido mais um tolo para vangloriar-se da dor. Mas, em vez de uma morte rápida, como a de um tiro bem no meio da testa, seria aquele tipo de morte lenta e dolorosa, que tornava a vida insuportável. 


"Nunca se afaste de seus sonhos, pois se eles se forem, você continuara vivendo, mas terá deixado de existir".
- Charles Chaplin

CONTINUA...
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Caps sem revisão, sorry.  


GENTENEY!


Eu sei, me xinguem de todos os xingamentos xingantes, mas gente, me entendam.


Eu necessito passar em uma escola técnica. As provas estão chegando e a coisa tá ficando muito feia pro meu lado. Orem por mim, por favor. Se eu passar em uma escola boa, vou ficar muito feliz e esse sufoco todo vai acabar. 


Eu amo muito vocês e obrigada por tudo. Mesmo. Eu amo todos os comentários, eu leio todos. 


Gente, queria mandar um beijão para:


Mari Patriota que saiu do anonimo (em partes porque, mulher, quero falar com você, não sei nada sobre você) e comentou algumas vezes e cara, você me incentivou pra caralho. 


E para @minhafanfic1D que veio perguntar se estava tudo bem comigo porque eu estava demorando tanto. Você também me incentivou pra caralho. Muito obrigada.


Quem quiser falar comigo, sei lá, qualquer coisa, me add no facebook:


https://www.facebook.com/melyssa.mello.9

E saiam do anonimo, eu quero conhecer muito, mais muito as pessoas que leem, vocês são tudo pra mim. 


Essas coisas que eu coloco no final do caps era pra ser pequena, mas okay. 


Sobre a fanfic:


A primeira temporada esta acabando e ual, que capitulo foi esse? Ficou estranho? Ficou, mas esse é meu jeito doido de escrever. Espero que tenham entendido. 


MUITO OBRIGADA. EU AMO MUITO VOCÊS, PRA CARALHO <3 


To falando palavrões feios hoje, mas to muito feliz. 



@ziampau & @ziamaricas 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Story Of My Life - 10° Cap - The Plan For The Weekend

~~SEUNOME ON~~




Abri meus olhos de vagar. Meu quarto estava mais claro que o normal. Dia ensolarado, Talvez.
Mantive eles meio abertos por conta da luz. Respiro fundo e olho para o lado. Avisto Harry deitado com seus olhos fechados. Fico o fitando por segundos. Seus cabelos brilhando com a luz quente do sol me fizeram sorrir e olhar para sua boca levemente rosada.

Espera um estante. Eu não dormi com ele, Dormi?
Levei minhas mãos aos meus olhos na tentativa de acordar melhor. Avisto ele de novo ainda em minha cama. Me sento na cama fazendo um coque em meus cabelos. Ele se mexe e por fim abre os olhos.

  • Bom Dia – ele disse se mexendo na cama com um sorriso
  • Harry – indaguei – O que você está fazendo aqui?
  • Te amando – ele responde se levantando e ficando a minha frente sentado na cama
  • Que loucura – disse passando a mão na testa e fitando minhas pernas que se encontravam cruzadas encima da cama
  • Nada disso é loucura – respondeu Harry em um único movimento me puxando pelo pescoço para um beijo inesperado
Levei minhas mãos ao seu pescoço na tentativa de me apoiar de alguma forma. Ele me levava cada vez mais para perto dele. Minhas mãos que estavam na nuca de Harry passaram a agarrar seus cabelos. Ele desceu suas mãos para minha cintura a apertando com força. O beijo se intensificou e queríamos mais do que isso.


Em meio do beijo ele tentou subir minha blusa na tentativa de tira la. Tentei o repreender mas ele estava me apertando de mais. Caímos na cama e ele entrelaçou nossas mãos fazendo com que meus braços fiquem para cima. Ele prendia minha mão dessa forma fazendo com que eu não tivesse como me mexer. Começou a beijar meu pescoço. A realidade bateu minha mente e eu pedi que parasse.
  • Harry – indaguei quase em um gemido
  • Huum... – ele respondeu em um gemido baixo
  • Harry, para. – disse a ele – Não quero que sege assim
Ele imediatamente parou e senti sua respiração bater contra meu pescoço. Ele beijou o local e saiu de cima de mim se sentando na cama ao meu lado.
  • Me desculpa. – disse passando a mão no cabelo – Não quero que nossa primeira vez seja assim entende?
Ele não disse nada. Eu não via sua cara pois ele estava sentado com os pés no chão  no outro lado da cama.
  • Harry? – pus minhas mãos em seu ombro fazendo com que ele me olhasse de rabo de olho.
  • Tem algum problema comigo? – ele perguntou se virando para mim
  • Não. – respondi imediatamente
  • Não entendo – ele responde com um tom de voz diferente 
  • Só não queria que fosse do nada.
  • Você é virgem? – ele perguntou aumentando o tom de voz
  • Não. – respondi imediatamente – Só quero que eu e você tenhamos uma noite especial
Ele olha para mim com uma cara estranha, diferente. Um olhar sobre mim que me deixou assustada. Ele sorri. Mas é um sorriso malicioso. Olha meu corpo e vem pra cima de mim em questão de segundos. Me beija novamente com suas mãos em minha cintura. Caímos na cama e ele entrelaça suas mãos a minha novamente. Me sentia refém de Harry.
  • Vamos levantar? – sugiro a ele ainda em cima de mim
Ele não responde. Simplesmente me prende a ele. Ele me beija novamente e tenta tirar minha blusa. Durante o beijo tento tirar as mãos dele de dentro da minha blusa. Sem sucesso. Ele segura minhas mãos e diz baixinho no meu ouvido:
  • Você é minha!
Engoli a seco. Não estava com cabeça para mais nada a não ser sair da li.
  • Harry por favor
  • Você é minha
  • Para com isso sai de cima de mim
  • Não!
Me desesperei. Ele me prendia com suas duas pernas em cima de mim fazendo que o peso seu corpo caísse sobre mim. Tentava rasgar minha blusa frágil de dormir enquanto eu tentava levantar e sair daquela situação. Ele conseguiu rasgar minha blusa e começou a descer seus beijos do pescoço até chegar no meu sutiã. Ele da uma leve mordida no começo do meu seio esquerdo e olha para mim e solta um riso malicíoso.

Deu um grito! De raiva. Medo. Angustia e desespero. Quando abri meus olhos estava me debatendo na cama. Sozinha. 
Meu quarto não se encontrava tão claro. Estava normal e vazio. Olhei em volta com a respiração acelerada e era só um sonho.
Olhei para minha blusa branca de ceda e ela estava intácta. A toquei e pude sentir ela sem nenhum rasgado a cama não estava bagunçada.

Me sentei na cama e fiz um coque em meus cabelos que estavam soltos. Lembrando do sonho passei a ponta de meus dedos em minha boca abrindo um sorriso.
Desmanchei o sorriso quando me lembrei da ''segunda'' parte. Sentia medo ao lembrar. Me encolhi na cama e me permaneci assim por alguns instantes. Nada me assustava mais do que ter sonhos ruins.


***


Chegando na porta da faculdade, senti calafrios percorrerem meu corpo. Saí do táxi e fitei a fachada da univercidade antes de entrar. Respirei fundo e passei pelo portão.
Caminhando no campus pude relaxar um pouco sobre as coisas. Queria ver Lia mas não sabia se ela iria vir hoje. Ouvi alguém me chamar um pouco atras de mim. Me virei e vi Niall andando em passos largos. Ele tinha um copo do starbucks em uma das mãos.
  • Oi Seunome – Niall me cumprimentou
  • Oi  – disse abrindo um sorriso sem mostrar os dentes
  • Você sabe se a Lia virá hoje?
  • Não Niall – respondi – Eu acho que ela não vem hoje.
  • É. Pensando isso, eu também acho.
Seguimos juntos conversando sobre outros assuntos até nossos devidos prédios. Niall se encontrava bem animado pois finalmente o fim de semana esta chegando. Acho que todos estavam se sentindo como Niall. Por estantes me esqueço do sonho de hoje de manhã. Caminhando sozinha pelos corredores frios do prédio de biologia me sinto um pouco desprotegida. Sozinha.


***


(o tempo para quem está sozinho é incrivelmente doloroso)

O tempo passa, mas pra mim não passa rápido. Me encontro sozinha. Não avistei ninguém hoje além de Niall. No almoço preferi ficar sentada em um banco lendo um livro. Um romance em que a personagem principal descobre um amor em meio de um estado terminal de uma doença. Depois de decidir que se continuar com o tratamento só prolongará a vida ela decide fazer uma lista de coisas para fazer antes de morrer. Até que descobre um amor.
Não acho que encontrar um amor a beira da morte irá amenizar as coisas. Seria pior saber que você ama alguém e poderá morrer.
Pelo menos Tessa a personagem do livro, encontrou alguém.

Meu último alguém foi intenso e confuso. Foi tão rápido como as coisas aconteceram que me lembrando agora me embrulha o estomago.
Aos meus 16 anos, trabalhava em uma cafeteria no centro do Rio de Janeiro. Estava em meu país, minha vida ainda era minha e eu, ainda era eu.
Avia muitos clientes e eu não lembrava da feição de todos. Somente de um. Não sabia seu nome apenas sabia que nas manhãs ele vinha pedir um bolo especial da casa com um café simples.
Com um tempo, acabamos nos falando com mais frequência. Lembro me até hoje quando cheguei sorrindo na cozinha da loja e uma amiga que trabalhava comigo, Júlia no qual meu coração aperta de saudades quando lembro dela. Veio me perguntar sobre o meu tal sorriso. Tinha descobrido o nome do tal garoto. Austin era o nome dele.
Lembro do sorriso de Júlia quando disse a ela. Ela era uma boa amiga. Tinha cabelos loiros bem claros sempre os usava presos por conta do trabalho. Sua franja bem loirinha era a única coisa que sempre ficava a solta sobre seus olhos azuis escuros. Estudávamos juntas e como trabalhávamos no mesmo local eramos inseparáveis.

Com um tempo Austin aparecia mais vezes a cafeteria e as coisas se manteram assim até nos encontrarmos em uma festa.
Era engraçado pois não fui convidada para a tal festa. Júlia era que arranjou os convites. Nos arrumamos da melhor forma possível e entramos na festa sem conhecer absolutamente ninguém. Dizia Júlia que precisávamos nos divertir e aprontar mais. Eu ria e concordava.

Na tal esta, ela arrumou conversa fácil, tipico dela. Quando me vi estava em uma grande roda de pessoas bebendo e conversando sem preocupações. A luzes não paravam e o som estava ótimo.
Fui surpreendia por um puxão em meu braço direito. Olho para traz e era Júlia me levando para algum lugar.
Perguntava a ela o que estava acontecendo. Ela não me ouvia.

Júlia me leva até o banheiro com um sorriso no rosto. Antes de falar comigo verifica se não tem ninguém em uma das cabines do banheiro e olha para mim sorrindo novamente.
E estão me diz o que estava acontecendo. Austin estava na festa. Meu coração tinha congelado na hora e eu só conseguia sorrir em meio do que ela estava falando.

Então Júlia pega de dentro de sua carteira o essencial para retocar minha maquiagem. Ela tinha dito que ia fazer de tudo para ele me ver nessa festa.
Não conseguia pensar na hora. Como iria falar com ele? Não sabia nada além do nome dele.

Saímos do banheiro e voltamos para a tal roda de pessoas. Júlia de algum jeito fez uma menina que estava conversando com ela convidar o Austin para a ''roda''.
Ele vem cumprimentando os meninos que conhecia. Não deu muita atenção para algumas meninas que estavam dando mole para ele.
Eu não falava muito. Me escondia um pouco. Até que Júlia me puxa e começa a dizer coisas legais e engraçadas na hora. Ela vira o centro das atenções na tal ''roda''.
Disfarço e pego Austin me encarando. O encaro de volta e pude perceber seu leve sorriso pra mim no seu rosto meio azulado por conta das luzes de neon que tinham na festa.
Fomos pegos por rizadas na rodinha. Eu e ele não entendemos o porquê das rizadas pois estávamos concentrados um no outro.

Não lembro quantos minutos ficamos ali com a Júlia falando coisas engraçadas só lembro dela ter saído e me arrastado junto com ela para a parte do bar. Não entendi porquê ela tinha feito isso mas ela me alertou sobre isso. Segundo as teorias de Júlia ele iria me procurar e iria falar comigo e seria difícil falar comigo alí na roda com aquelas meninas o secando.

Dito e feito. Austin veio ao meu encontro no bar. Eu ainda estava conversando com Júlia. Ela saiu. Deu uma desculpa que ia falar com uma amiga que estava avistando. Me deixou sozinha com ele.

Começamos a conversar com ele me perguntando se me conhece de algum lugar. Descobri que ele não é brasileiro pelo seu sotaque. Ele era de uma país da Europa e veio pra cá porquê os pais dele o mandaram estudar aqui em uma escola integral. E assim ficamos um bom tempo conversando sobre tudo. Ele não dizia muito dele. Queria saber mais de mim. Depois de um temo fomos dançar. Ele era engraçado. Não tinha medo de hesitar alguma coisa. Era sempre confiante. Depois fomos tomar um drink gigante e colorido. Diz o garçom que era para ser tomado a dois. Ele não exitou pegou o grande copo de separou os dois canudos coloridos um para ele e o outro para mim.
Lembro me muito bem desa parte. O líquido entrou em minha garganta e ela ardeu. Não liguei muito pois os olhos dele era que me interessa.

Acabamos o drinck e começamos a rir. Ele pediu outro e fizemos a mesma coisa. Não vi mais Júlia na festa. Não lembro muito bem mas ele me levou em casa e quando estava saindo do carro ele me puxou e me beijou. Não tive reação e aceitei o beijo. Depois de uns dias sempre saímos para lugares diferentes e isso foi o bastante para me encontrar na época apaixonada por ele.

Em uma das noites mais lindas que eu saí com ele ficamos juntos pela primeira vez.
Sempre sorrio quando lembro. Era minha primeira vez. E foi inesquecível. No dia seguinte ele tinha me prometido que nada ia nos separar. Foram os melhores meses da minha vida.
O que estranhava era que ele sempre dizia que se acontecer algo era para eu nunca esquece-lo.

Em um dia ele apenas levou rosas ao meu trabalho com um cartão escrito te amo... . Ele nunca mais apareceu. Seu celular estava desligado e seu apartamento estava com todas as coisas lá.
Eu nunca mais ouvi sua voz. Nunca mais te senti. Nunca mais o vi. Austin tinha desaparecido.
Ele nunca disse sobre sua família. A únicas coisas que ele dizia era que a família não gostava dele.

Fui burra ao acreditar nele. Então, nunca mais tive nada sério. Com ninguém.


***


Abri a porta de casa. Não ouve nada de interessante da faculdade. Liam não veio e eu não avistei ninguém. A casa estava silenciosa. Me joguei no sofá com o livro que eu lera na mão. Subo para meu quarto e tomo um banho demorado. Penso bastante em Austin. Como ele pode fazer isso a mim?
Já me recuperei disso a muito tempo e hoje em dia, tenho outras pessoas, outra cabeça e principalmente aquela que ele conheceu não existe mais. Essas palavras me fizeram me lembrar o que está acontecendo com minha vida aqui.

Saio do banho e desso para a sala. Louise estava em seu computador. Ela se surpreende quando me vê.


  • Oiii, chegou mais sedo e se trancou no quarto? – perguntou Louise abaixando um pouco a tela de seu notebook
  • Não. Eu cheguei e ninguém estava aqui então subi e tomei um banho
  • Estou com novidades – disse Louise olhando para mim e dando um sorriso
  • O que é? – perguntei curiosa
  • Antes de ter a Lux, eu trabalhava em eventos. Eu era maquiadora estilista. Trabalhava em muitos eventos, mas tive Lux e decidi parar um pouco com essa correria toda. E agora queria voltar a trabalhar com isso. – afirma Louise dando um suspiro
Eu sabia que Louise não era apaixonada pelo emprego que possuía no centro de Londres. Em uma empresa de administração. Pelo seu jeito descolado e seus cabelos diferentes e lindos essa não era a praia dela.
Eu balanço a cabeça concordando e entendendo suas palavras.

  • Isso é de mais – digo oferecendo um sorriso – mesmo, é incrível
  • Trabalhar em administração não é minha praia, eu gosto, mas não é minha paixão
  • Eu percebi – digo me ajeitando no sofá – Mas como vai ser seu trabalho?
  • Eu só vou trabalhar aos finais de semana – explicou Louise – e voltarei na segunda de manhã. Eu precisarei muito da sua ajuda e do Charlie é claro.
  • Claro, é claro que te ajudarei – concordo balançando minha cabeça – Você vai se sentir no seu lugar de volta, fazendo o que você realmente gosta. – explico pondo uma mecha de cabelo que se encontrava no meu rosto atras da minha orelha esquerda
  • Eu estou muito feliz em poder voltar a fazer aquilo.
  • E quando você vai começar?
  • Eles entraram em contato pelo meu e-mail – Louise explicou jogando todos seus cabelos para o lado direito e abrindo novamente seu notebook – Eles já pediram minha participação para este fim de semana. Eu pensei e recusar porquê está muito em cima da hora
  • Não, não está. Você pode começar sim. Eu estou aqui para ajudar e no momento não tem nada que impeça você de não ir.
  • Seria ótimo ir esse fim de semana. Não quero também que você fique sobrecarregada – explicou Louise
  • Não se preocupe tia. O Charlie pode cuidar dela de manhã e eu de noite já que não saio muito e quando houver um dia que irei a uma festa, ele pode se segurar em casa – disse dando um sorriso no final da frase
  • Então eu vou confirmar a minha presença no evento, só que vou ter que viajar porquê fica em outra cidade
  • Então vamos pesquisar tudo sobre a cidade
Fiquei ali sentada com Louise o resto do dia conversando, pesquisando e rindo sobre varias coisas que conversávamos. No momento todos os outros pensamentos e as manifestações de minhas lembranças sumiram. Como se elas não existissem ou somente um sonho ruim que já havia superado.
Quando olho a janela o sol já tinha ido e a noite havia chegado. Entrelaço minhas mãos nas minhas cochas e continuo a ouvir Louise contando suas histórias marcantes de sua profissão.
Ouço o ranger da maçaneta da porta. Alguém chegando. A porta se abre e Louise para de falar e olha a porta. Ela Charlie. Ele se aproxima com os cabelos molhados e seu casaco também. Não leva um guarda-chuva junto a ele, sempre faz isso.

  • Boa noite – disse tirando seu casaco
  • Boa noite – disse
  • Ai meu Deus, bota esse casaco perto na porta – diz Louise levando a mão em sua testa afastando sua franja 
  • O.k  O.k – ele concorda já dando as costas pra sala e indo em direção ao hall de entrada – Tudo bem agora? Posso entrar – indagou depois de colocar seu casaco no devido lugar
Louise se levanta e vai em direção até ele dando um beijo em sua bochecha
  • Claro meu sobrinho lindo. Mas bagunça aqui não
  • O.k chefe – ele brinca e ela vai na cozinha
  • Tudo bem com você? – Charlie me perguntou jogando sua mochila em uma poltrona no canto da sala
  • Sim, e com você? – jogo a pergunta de volta para ele me levantando para dar um abraço
  • É, acho que estou bem. – responde olhando para si mesmo e dando um sorriso
Dou um abraço nele e ele me abraça de volta, todo molhado.
  • Charlie por favor, troca de roupa O.k? – sugiro a ele
  • Tudo bem, tudo bem – ele concorda já indo subir as escadas
Volto a me sentar no sofá, com isso as lembranças voltam a me atormentar. Penso primeiramente em Austin e como ele deve estar nesse exato momento. Penso no sonho, e como Harry na minha cabeça pode ser tão imprevisível e ao mesmo tempo intenso.

***

 A noite pode ser sua melhor amiga algumas vezes. Porém, pode ser transformar em sua única companhia vazia e fria.

Depois do jantar sem nenhum conflito ou uma especulação maior, vou me deitar. Amanhã será um longo dia. Penso para eu mesma. Acredito que hoje a única companhia que tive foi o frio e o vazio. Já me acostumei com isso. Amigas? sempre tive. Família, também. Mas me sinto vazia.

Não sei explicar ao certo. É apenas eu, um pedaço humano vazio. Sem história. Posso estar errada mas o que eu sinto, o que eu penso não me mostra duvidas de que não acontece nada de mais na minha vida.
Troco de roupa e visto a mesma blusa branca de ceda que havia usado na noite passada. Ao toca-la, sinto um arrepio. Ele surge a minha mente. A lembrança do seu cheiro embriagante toma minha mente fazendo surgir um certo tremor em meu estomago. Uma onda de nervosismo surge dos meus ombros passando pelos meus braços e seguindo até meus pés.

Ele é o causador disso tudo. Ele é por quem meu corpo pede o mais perto possível. Meus sentidos calculam quando nos vemos de novo e meu corpo reage quando estou perto dele, fazendo com o que eu fique totalmente refém de suas atitudes. Isso por um lado é bom. Mas pelo outro é ruim. Ele, pode me machucar com um simples gesto. Com uma simples palavra. Styles é meu vicio, o causador da minha adrenalina e do meu medo. E por todas as coisas boas que posso ter na vida.

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CONTINUA...

Hi my girls, me desculpem por não ter postado nada!! (podem me matar). Bom, agora não existe mais nada para impedir eles. Podem contar com uma coisa esquentada no próximo capítulo!!!
Também estou ajeitando as coisas para coisas à mais acontecer. Só não esqueçam da fanfic. Peço por favor que continuem lendo esta fic e comentando. (Ela depende de vocês)
Não vou postar essa semana mais pelo menos um paragrafo vou escrever todos os dias. A escola está tomando muito meu tempo.
Me perdoem e podem reclamar lá no meu twitter, eu aceito.
(Só pra quem quiser meus contatos, peço por favor para me enformarem que são vocês)
Instagram: raytomlinson
feed no instagram: alive.1d
Twitter (pessoal): @rayssaone
Snapchat: raaymalik

(AAH e comentem... obrigada)

Big Love xx

(amo esse ser gente)

@tommoblindado

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Change My Mind - Cap 38 - They Don't Know About Us...

~~VOCÊ ON~~ 


As velas estavam acesas. Meu rosto estava muito perto delas, eu conseguia ver a fumaça subindo e sendo puxadas pelos meus pulmões. Um único pedido estava nos meus pensamentos. 

Desejei verdade.

Era a única coisa que eu queria. As crenças dizem que se você fazer um pedido quando assopra suas velas de aniversario, à fumaça leva seus desejos e sonhos para os céus, para que os anjos e santos os realizem. 

Eu não sabia se isso era verdade ou não, mas eu pedi com todas as minhas forças. Eu gostaria muito que tudo ficasse as claras. Mas nem sempre os anjos realizam nossos desejos. 

***
Meus olhos cansados se abriram pela manha, enquanto já havia movimentação no quarto. O cansaço já tinha me tomado, mas mesmo assim arrumei forças para esse longo dia. 

Depois que à festa de ontem acabou, vimos o outro lado ruim de fazer uma festa no internato. Madalena tinha dado permissão para à festa, porem quem iria limpar seriamos nós. Então dormimos tarde. 

Minha meta para esse dia era tirar uma explicação de Zayn pelo qual motivo ele tinha ficado tão estranho em Paris. Tudo bem, eu fiquei meio fora de si quando ele se meteu naquela briga, mas eu mostrei que estava tudo bem. 


Desci junto com Emily para o café da manha e, como de costume, Philip já estava sentado na mesa. Sentei com minha bandeja já cheia com comida. A mesa foi enchendo conforme a multidão descia para o café. Eu estava desligada comendo os ovos mexidos e só depois foi prestar atenção na mesa.

Liam estava sentado na ponta, seguido por Izy, Emily e eu. No outro lado, estavam Philip Niall e Alex. A falação continuava enquanto eu ainda me sentia encabulada. Meus olhos correram para o refeitório, mais precisamente, para a mesa dele.

As pessoas como sempre estavam o rodeando. Tenho certeza que falavam lorotas para agrada-lo, mas parecia não ter efeito. Seus olhos estavam baixos, fitando o prato. Meu peito começou a arder. Minha vontade era de levantar, ir até ele. Mas eu não podia.

Eu teria que esperar as aulas começarem para tentar falar alguma coisa, e, a consequência disso, seria meu inquietamento. Meus olhos correram para sua mesa novamente. Ele estava na mesma posição. Desviei meus olhos para a minha mesa, onde peguei todas as pessoas olhando para mim, como se esperassem alguma coisa.
  • Então Seunome – Izy me encarava, arregalando os olhos – Como foi a viagem? 
  • Foi... – minha voz falhou. Limpei à garganta e tentei recomeçar – Foi incrível. Valeu à pena cada momento. 
Por um momento, me lembrei de cada segundo que tive ao lado de Zayn. De cada toque dele que eu sentia, de tudo. Aquilo realmente valeu à pena. 
  • E essa mão aí? – Niall resmungou bebendo um pouco do suco no copo de plastico – Fez arte?
Eu ri e ajeitei à tala na minha mão. 
  • Eu... – pensei primeiro o que iria dizer – Eu me desequilibrei e caí encima da mão, nada sério. Em duas semanas tiro a tala.
Em partes, eu tinha dito a verdade. Apenas omiti o que me fez desequilibrar. O café continuou com mais olhadas minhas para a mesa dele e mais perguntas sobre Paris.

***


Arrastei a folha rasgada do meu caderno pela mesa de mármore. Ele a observou por um tempo, antes de pegar a caneta com uma lentidão enjoativa para mim. A professora falava alguma coisa lá na frente, algo que eu sabia que era importante, mas Zayn era muito mais. Ele usava um casaco preto, cobrindo a cabeça com o capuz.

´´Oque ha com você? ´´ - Dizia meu bilhete, com a letra mais legível que pude escrever.

´´Nada´´ - ele mandou de volta, sem ao menos olhar para mim. 

Observei sua pequena palavra em resposta a mim. Minha vontade era de jogar esse pepel na cara dela e mandar Zayn escrever alguma coisa que preste para uma resposta digna, porem, me contive.


Minha perna balançava enquanto olhava para o questionário de 15 questões sobre platelmintos. Zayn rodava o lápis encima da folha de papel, completamente entediado. As aulas na parte da amanha eram as mais entendiadas. Fitei mais uma vez o papel, teria que faze-los de uma forma ou de outra.

***

  • Liam! – gritei tão alto que algumas pessoas se viraram para mim, mas depois voltaram a suas conversas. 
Ele carregava alguns livros nas mãos, junto com uma mochila nas costas. Liam parou e me esperou sorrindo. Apertei o passo e logo o alcancei. 
  • Você... – disse e limpei a garganta assim que cheguei ao seu lado, baixando o tom de voz – Você sabe onde o Zayn esta? Tipo, eu tenho que entregar umas coisas pra ele sobre um trabalho, mas ele saiu praticamente correndo da sala e eu não tive tempo – revirei os olhos tentando achar Zayn um idiota – Sabe como ele é, né? Então... você viu ele? 
  • Ah sim – ele disse dando um passo para frente e logo começamos a andar – Ele disse que não estava se sentindo muito bem para assistir as aulas na parte da tarde – ele deu de ombros – Já que vocês não fazem dupla nessa aula, ele vai passar o resto do dia no quarto. 
  • Ah – suspirei. Como assim ele não estava se sentindo muito bem? – Então eu entrego mais tarde. Bom almoço, Liam. 
Ele sorriu para mim e contornei o prédio escolar. O Zayn tem agora? Um ataque repentino de depressão? Meus olhos correram para o céu de meio-dia, que na verdade parecia mais uma tarde fria, e depois para o prédio de dormitório. Será que as pessoas sentiriam minha falta no refeitório? 

***

Eu nunca tinha feito isso. Invadir a zona proibida nunca foi para meninas, embora a ideia de entrar no lado sul do prédio sempre tenha sido encantadora. O lado sul era o lado masculino, completamente proibido. Sempre tiveram alguns meninos que conseguiam entrar no lado norte, mas isso era raro. Zayn fazia parte deles. 

Eu tinha certeza que todas as pessoas estavam no refeitório. Ninguém fica aqui essa hora, então eu estava menos preocupada, embora nunca pode confiar nesse lugar. Tudo era praticamente igual. Menos as portas que eram decoradas completamente diferentes, sem muito rosa e coisas coladas. 

Eu tinha certeza que ele havia me falado o número do quarto dele, mas não conseguia lembrar. Caminhei sobre o linóleo no máximo de silencio que consegui. Portas 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32... 33. Eu tinha certeza. Era a 33. 

Se eu batesse? Será que ele iria me atender? E se eu simplesmente abrisse? 

Coloquei a mão na maçaneta e rodei. Seria mais fácil eu simplesmente abrir. 

 Meus olhos percorreram o quarto enquanto colocava o primeiro pé para dentro. Aparentemente, nada. Mas de repente, eu o vi. Zayn estava encolhido perto da janela, sentado sobre um banco estofado. Seu queixo estava apoiado nos joelhos e seus olhos fixos na janela. Talvez ele nem tenha me percebido ali. 

Fechei a porta e imediatamente e ele ergueu a cabeça. Ele se levantou rápido demais, muito mais rápido do que eu pensei em ir até ele. Suas sobrancelhas se juntaram e seu rosto parecia encabulado.
  • Ma-mas oque você tá fazendo aqui? – sua voz era rala, mas mesmo assim me senti bem em ouvi-la pela primeira vez hoje. 
  • Eu vim te ver – minha voz saiu no mesmo tom que o dele – Como assim você não esta se sentindo bem?

Ele me fitou e puxou as mangas do casaco até os pulsos. 
  • Eu tô bem. Só não queria assistir mais as aulas. 
  • Humm – balancei a cabeça enquanto mordia o lábio. Os olhos dele voltaram para minha mão enfaixada e depois baixaram para o chão. 
  • É melhor você ir senão vai arranjar problema – ele se virou e fitou a janela. 
Nessa hora eu queria bater nele. O que realmente estava acontecendo?
  • Pelo amor de Deus, Zayn. O que ha com você? 
  • Eu já disse que to bem – ele rebateu, virando um pouco a cabeça para o lado. 
  • Não esta não – eu quase grite, dando mais alguns passos e ficando mais próximo dele – É isso aqui? É por isso? – apontei para minha mão, enquanto ele revirava os olhos. 
  • Para com isso – ele disse um pouco mais alto do que eu. 
  • Ah céus! – disse bem ao seu lado, fitando seu rosto enquanto ele ainda encarava a janela – Esquece isso. Eu estou bem. Por favor, esqueça. 
Ele se virou para mim, me encarando de uma forma atormentadora. Zayn levantou os braços e segurou meus ombros, me obrigando a fita-lo. 
  • Você não entende – sua respiração pesada bateu contra meu rosto. Observei a linha do seu maxilar, perfeita bem perto de mim – Eu estraguei tudo. Era seu aniversario e eu queria fazer você feliz. Eu queria te dar um aniversario sem confusões e olha o que eu fiz. 
Sua voz era rouca e eu não conseguia pensar direito. Essa historia toda outra vez? Tudo aquilo que eu deveria e com certeza iria esquecer, Zayn me lembrou apenas com algumas palavras. 

Eu engoli a seco. Suas mãos pesadas ainda estavam em mim. 
  • Não importa mais – olhei fundo nos seus olhos. Eu estava louca para que tudo isso acabasse e seus olhos calorosos e brilhantes me olhassem de novo – Aquilo não importa mais. Você me deu os melhores dias da minha vida. Eu estava em Paris e com você. Eu te devo de mais por tudo isso. 
Ele me olhou com os olhos tristes. Levantei meus braços e os pus em volta de sua cintura.
  • Eu queria muito, muito falar para as pessoas o que eu sinto por você – sua voz foi suavizando e logo seu abraço tomou conta de mim. 
  • Elas não precisam saber – minha voz saia presa, quase que engasgada – Eles não sabem sobre as coisas que fazemos. Eles não sabem sobre os eu te amo... Eles não sabem sobre todas as noites. Eles não sabem sobre nós. 
Passei minha cabeça sobre seu peito, sentindo o efeito dele. Ali, sentindo seu calor, seu cheiro bem perto de mim, me senti completa, como se o mundo estivesse em minhas mãos. Como se eu pudesse fazer oque eu quisesse, como se o céu não fosse o limite, fosse apenas nosso porto seguro.

  • Eu juro – arfei, enquanto ele beija meu cabelo – Eu juro que um dia eles iram saber. E iram ter inveja sobre oque eu sinto por você. 
  • E eles iram – ele levantou meu rosto, deixando seus dedos segurando meu queixo – Me perdoe por tudo, não queria fazer...
  • Shhh – o interrompi, olhando firme em seus olhos – Não peça mais desculpas. Eu... eu só quero que você fique bem novamente. E trate de sorrir. 
Dei um pequeno tapa em seu ombro com a mão boa. Ele baixou o rosto e deu um suspiro enorme. Seus olhos voltaram para mim, muito melhores do que antes. Meu peito se encheu novamente, com uma coisa que me fazia realmente bem. Como se seu sorriso fosse oque me mantinha em pé. 

Zayn me abraçou muito forte, tirando meus pés do chão. Senti a forma do seu corpo me encaixar na minha. Meus braços passaram em volta de suas costas e depois para sua nuca. Puxei-o, suficiente para deixar seus lábios próximos de mim. Como eu estava sentindo falta dele. 

Seu nariz passou pela pele de minha bochecha, arrepiando-me. Ele distribuiu bejinhos no meu pescoço e rosto, antes de chegar finalmente em meus lábios. Minha pele queimava ao seu toque, enquanto sentia minha boca ser envolvida com a sua. 

Grande parte de mim queria morrer ali, em seus braços. A outra parte, queria viver eternamente para poder senti-lo ainda mais. 

Ele puxou meu lábio inferior, antes de sua boca me liberar, relutante. Seus olhos pararam em mim, enquanto eu tentava controlar minha respiração e minha vontade de atacar seus lábios novamente. Os olhos de Zayn queimavam. Queimavam do jeito que eu queria. 

Passei minhas mãos pelos seus ombros, segurando mais firme com a mão boa. Seus olhos não saiam de mim, oque de fato eu queria. A mãos dele passaram por mim; busto, cintura, quadris até as coxas. Ele me segurou firme, enquanto eu era erguida do chão. Zayn mantinha as mãos em minhas coxas quando finalmente me colocou sobre a cama, ficando encima de mim.

Eu acreditava que era sua cama. Ficava colada com a parede pichada do quarto, e o seu cheiro. O cheiro era o melhor. Como se ali se concentrasse o seu perfume.

Levantei meu braço direito ate chegar em sua nuca, onde o puxei para baixo. Seus lábios caíram diretamente nos meus, me levanto a combustão só de senti-lo por uma parte. Meus dedos rolaram ate seu ombro, onde puxei o casaco, o jogando em algum lugar.

Ele se direcionou para meu pescoço, onde seus beijos de deixavam fora do eixo. Com rapidez, tirei meu casaco. Ali não estava frio, estava crescendo um calor que parecia se acumular no meu corpo, me deixando completamente incendiada.
  • A porta – grunhi, arraiando a pele do seu pescoço com a ponta dos dedos – Tranque a porta. 
Ele espirou fundo e logo já estava no caminho da porta. Enquanto ele ficava longe de mim por alguns segundos, levantei minha blusa vermelha até a cabeça, tampando meus olhos. De repente, suas mãos já estavam em mim novamente, me ajudando com esse trabalho. Dei graças a Deus que estava com um belo sutiã de bojo. 

Puxei sua blusa assim que nós nos ajoelhamos na cama. Observei sua pele morena e muito, muito convidativa bem perto de mim, ao alcance de minha mão. Meus olhos viraram assim que sentia sua boca presa ao meu busto, ainda coberto. Ele colocou uma das mãos sobre minhas costas, me deitando sobre a cama. 

Ele beijou meu pescoço, busto, e logo chegou em minha barriga, onde esfregou seu rosto, segurando meus quadris. Zayn passou a mão pelas minhas pernas até chegar no meu Converse preto, onde os retirou sem pressa, junto com as meias. Ele voltou para meus jeans, onde abriu o ziper com facilidade, tirando minha calça. 

Seus olhos subiram para mim, onde em resposta eu mordi o lábio. Ele puxou a barra da minha calcinha, a retirando completamente, me deixando a merce sobre seu corpo. A tensão que passava por mim era estranhamente boa. Nunca passei por isso na minha vida. Todas as minhas experiências sexuas tinham sido as mínguas. As lembranças de Paris voltaram em um jato, onde me lembrei de seu corpo perfeito. Eu queria vê-lo novamente.

Ele segurou em minhas coxas, beijando e mordendo, um pouco depois dos joelhos. Me contive quando ele desceu seus beijos pelas minhas coxas, até chagar na parte central da virilha. Agarrei o lençol, agradecendo por ter o mordido a tempo, assim que senti sua língua em contato com minha pele sensível.


Eu me contorcia a cada movimento dele com a língua sobre meu corpo. Não era possível que ele conseguia fazer isso. Cada parte de mim parecia se desmanchar a cada segundo que se passava, não restando nada, apenas um imenso prazer que parecia fumigar em minha pele.

Eu estava me controlando ao máximo para não gritar. Meu corpo fervia com meus pensamentos. Meus gemidos roucos e abafados tomaram conta do quarto, junto com minha respiração que estava completamente descontrolada. A ponta de minhas umas passaram pelo lençol, assim que minha vista escureceu e o ponto de ebulição dentro de mim começou a reagir.

Minhas pernas estavam tremulas. Eu sentia os músculos pulsando. Uma vertigem tomou conta de mim, trazendo um prazer inestimável, que tomava conta de cada parte de mim. Um gemido muito mais alto saiu de entre meus dentes. Minhas mãos correram com dificuldade sobre meu corpo, ate chegar nos cabelos macios dele. Eu tinha chegado em meu ápice completamente maravilhada com oque ele tinha feito.

Seu rosto foi deslizando pela pele da minha barriga, enquanto meu corpo suado encontrava o seu. Ele me beijou assim que sua boca já estava perto da minha. Meu gosto tomava conta de seus lábios macios e vermelhos, o que me deixou mais em êxtase.

Segurei sua nuca para que ele não se separasse de mim, ainda explorando cara parte de minha boca. Finalmente sua boca desceu até o meu pescoço, onde ele me fez entrar em combustão apenas com seus beijos. Sua respiração bateu contra minha orelha, me arrepiando.
  • Você é absolutamente perfeita – seu sussurro rouco me fez rolar os olhos. Minha respiração necessitada pedia cada fez mais de mim. Não era possível que ele conseguia fazer isso só com palavras – Eu te amo. 
Aquilo para mim foi a gota d'água. Puxei seus cabelos, deixando seu rosto alinhado ao meu. Minha boca formigava pela sua. Eu o beijei, levantando meu tronco. Minhas mãos foram para trás assim que eu já estava presa, sentada com uma perna de cada lado do seu corpo. Tirei meu bojo, sem tirar os olhos dele, depois o beijei. 


Ele ainda estava de calça, oque atrapalhou muito meus planos. Enquanto eu o beijava, minhas mãos desceram até a barra do seu jeans, o abrindo de sua só vez. Eu estava em uma espece de transe, onde só ter o corpo dele me importava. Logo a calça e boxer estavam por algum lugar do quarto. 

Zayn me deitou sobre a cama, caindo imediatamente sobre mim. Eu pude ver seu corpo perfeito, graças a luz que saia da janela tampada apenas com uma cortina fina. Sua pele estava quente em contato com a minha. Sua boca caiu sobre meus busto, enquanto ele mordia e massageava meus seios. 

Isso era impossível. Eu precisava senti-lo.

Me ajeitei sobre seu corpo, o deixando entre minhas duas pernas. O vi pegando um preservativo, oque me deixou mais segura. Meus olhos se fecharam assim que ele se deitou sobre mim e logo o senti por completo.

Um gemido saiu de meus lábios, não pude conte-lo. Ele segurou minha cintura, me ajeitando enquanto minha cabeça tombava para trás. Seus primeiros movimentos estavam calmos, apenas como incentivos para mim. Eu não conseguia me concentrar em mais nada, apenas em seu corpo sobre mim.

Sua pele macia roçava como a minha, me levanto a outro tipo de mundo. Ele era como uma droga.

Levantei meu rosto, enquanto ele começava com os movimentos mais rápidos. Puxei sua cabeça cara baixo, beijando seus lábios. Seus movimentos foram ficando mais precisos, indo e vindo, me levando junto. Meu corpo queimava e ardia, especialmente na parte da virilha, onde sentia o atrito com sua pele.

Minha respiração foi pedindo cada vez mais de mim, me fazendo respirar pela boca, onde dividia o trabalho em respirar e gemer de prazer. Minhas mãos passeavam sobre sua pele quente, o arranhando. Estava muito difícil não gritar ou não demostrar nenhum som, mesmo quando sentia sua boca na minha. Sua pressão sobre meu corpo estava forte, ele investia cada vez mais fundo.

Minhas pernas ficaram bambas e o músculos pareciam pular, revelando minha tensão. Eu não conseguia mais esconder oque eu estava sentindo, ele estava me tomando. Minhas mãos puxaram os fios curtos do seu cabelo, o trazendo para frente. Minha boca se abriu e eu tentei formular alguma palavra, mais foi impossível, em vez disso, soltei um gemido abafado sobre os dentes.

Tentei outra vez, agora com sucesso. As palavras saíram estranhas de minha boca seca, mas seu ouvido estava bem próximo, então ele entendeu perfeitamente.
  • Você é – puxei a maior quantidade de ar que consegui – Você é perfeito. 
A respiração pesada de Zayn bateu contra meu rosto. Eu não conseguia ver nada, eu queria ver seu rosto maravilhoso, porem não conseguia focalizar. Seus movimentos não pararam, porem ele começou a beijar meu rosto indo até a base do pescoço. 
  • E o que mais? – suas mãos saíram de minha cintura, passaram pelo meu corpo e depois puxaram firme meu cabelo. 
  • E eu te amo. – praticamente gemi. 
Imediatamente ele já estava me beijando, consumindo cada parte da minha boca. Sua pressão sobre meu corpo aumentou, nos levando a um ápice juntos. Eu sentia seus gemidos roucos e baixos no meu ouvido, junto com seu prazer úmido e quente dentro de mim. 

Devagarzinho, seus movimentos foram sessando. Ele ainda estava sobre mim, jogando seu peso contra meu corpo. Minhas mãos passaram pela sua costas suadas, acariciando-o. Sua respiração estava descontrolada como a minha, porem essa era a melhor sensação de toda minha vida. Te-lo ali, por completo, era bom de mais.

Lentamente ele caiu sobre o outro lado da cama, me juntando ao seu corpo. Seus braços passaram em volta de mim, junto com uma manta que exalava seu cheiro. Me encolhi sobre seus braços, ainda sentindo meus músculos tensos. Puxei a manta cinza e respirei o mais fundo que podia, ainda tentando controlar minha respiração.

Meus olhos pararam no teto, depois deram a volta no quarto. Ele era exatamente igual ao nosso – talvez um pouco mais bagunçado – toda a arquitetura era a mesma. Enquanto eu observava a decoração, senti suas mãos começaram a massagear meus braços, até sua boca beijar meu pescoço.

Seus lábios tomaram minha boca, de um jeito calmo porem intenso. Minhas mãos acariciaram sua nuca enquanto ele ficava com o corpo sobre o meu, enrolado na manta. O ar começou a faltar, mas mesmo assim me mantive presa em seus lábios, aproveitando cara momento em que minha pele estava em contato com a sua.

De repente, um som muito forte soou do corredor. O sinal do termino do tempo de almoço tinha tocado. Meus pensamentos demoraram para raciocinar o que estava acontecendo. Seus lábios eram extraordinários. Porem, meu subconsciente estava piscando, me avisando sobre meus deveres. O que aconteceria se eu não fosse a aula também? Seria tão explícito assim?

Eu queria com todas as minhas forças ficar em seus braços pelo esto da minha vida. Nunca pensei que isso poderia acontecer comigo. Gostar de uma pessoa... Amar uma pessoa com essa intensidade.

É viciante e dolorosamente maravilhoso!

Eu tinha duas escolhas:

  1. Ficar com Zayn essa tarde, contar para todos que eu estava com ele e esperar pelo pior. Esperar para me separar dele. 
  2. Ir embora agora, continuar enganando todos e ficar em seus braços por mais tempo. 

A escolha 2 estava mais em conta. Mesmo que eu mantivesse essa mentira, arrastando-a por mais tempo, a recompensa de ficar com ele superava qualquer coisa. Superava qualquer outra coisa que me fazia ser lucida. Com ele, eu não sabia oque era o certo e o errado, o preto e o branco. Tudo era uma combinação perfeita, tornando tudo ao meu redor harmonioso.

E eu queria que essa harmonia continuasse. Merda. Eu queria muito que continuasse.

Minhas unhas cravaram na pele do pescoço de Zayn, fazendo ele arfar contra minha boca. Recuei sua cabeça, fazendo ele se separar de mim. Seus olhos se arregalaram e me fitaram. Levantei meu tronco da cama, enquanto ele ainda estava atordoado.
  • Tenho aula agora – minha voz saiu rouca e baixa, enquanto eu tentava sair de baixo das cobertas. 
Ele não disse nada, apenas me observou a tentar reencontrar minhas roupas.
  • Se importa se eu for... – apontei em direção ao banheiro, enquanto mantinha a muda de roupas embolada em minhas mãos. 
  • Fique a vontade – sua rala voz suave me deu permissão, enquanto eu ainda parecia totalmente atrapalhada. 
Segui para o banheiro. Como eu tinha deduzido, era igual ao meu. Me apressei para tentar me recompor, mas eu ainda estava em êxtase. Voltei para o quarto e ele estava de boxer, sentado na ponta da cama, com os cabelos desgranhados. Ao vê-lo meu sorriso foi inevitável. 
  • Te vejo no jantar – ele me puxou, enquanto eu ainda estava abobada com sua beleza – Eu esperarei ansiosamente. 
  • Não mais do que eu – sorri e senti seus lábios juntos aos meus. 
Olhei pela ultima vez para seu rosto perfeito e abri a porta bem devagar. Eu tinha certeza que todos estavam nas suas devidas salas de aula, menos Zayn, que mais tarde seus pais receberiam uma notificação sobre seu não comparecimento na aula da tarde. Mas depois, me liguei que Zayn faz o que quer. 

Atravessei o campus indo em direção ao prédio escolar. Eu diria qualquer coisa. Não inventaria alguma coisa muito elaborada – até porque eu não conseguia formar nada que pudesse ser uma desculpa. Eu estava cansada. Meus pés pesavam, pedindo descanso. 

Não interrompi à aula de literatura. À professora ainda não tinha chegado – devido, talvez, a sua idade avançada. Me sentei perto de Julia, que sorriu, mas depois voltou a cochichar com Harry.

Quem sabe eu dormiria, esperando ansiosa a hora do jantar. 

£££

~~NARRADOR ON~~

Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack Tick Tack

Os segundos se transformam em minutos. Os minutos em horas. As horas em dias. Os dias em semanas. As semanas em meses... 

O que esperar do tempo? Acontecimentos? Fatos? Historias? Amores? 

O tempo nos trás tudo. 

Acontecimentos. Fatos. Historia. Amores. 

Eu só estou aqui para falar sobre o tempo deles. O tempo dos apaixonados, ou melhor, doentes. Foi a maior imbecilidade da vida deles cometer esse erro. Mundos diferentes. Nunca iria dar certo. Porem, como tudo sempre tem de ser louco, deu certo. E deu muito certo. 

Mais aulas foram matadas. Mais loucuras foram feitas. Mais imbecilidade cometida. Mais amor foi compartilhado. 

Tudo foi um mar de rosas, mas as rosas tem espinhos. Isso quer dizer que, as vezes, a imbecilidade do amor tomou muito mais conta de seus cérebros, tornando as coisas mais difíceis. 

O sentimento da posse também não ajudou. Mas isso era só na parte do ciumes. Ah.. o ciumes. Sempre com eles. Afinal de contas, isso era um segredo, não era? As pessoas não poderia saber. Seria muito perigoso... perigoso para o amor dos dois que poderia ser interrompido por uma separação. Mas será que todo esse medo não era exagero? E se nada como eles pensassem realmente aconteceria? E se não fosse tão perigoso assim eles estarem juntos? 

Se passaram várias semanas. A tala na mão da menina já tinha sido removida ha semanas e nenhuma sequela.  Os dias em Paris agora eram só lembranças que eram repetidas vezes lembradas em noites inteiras juntas no Jardim de Inverno. Ficava cada vez mais difícil para os dois esconderem oque sentiam, a vontade de ter um ao outro crescia muito rápido.
  • Você não precisa ficar tão preocupada assim – Zayn revirou os olhos assim que Seunome sentou junto com ele em um dos bancos do Jardim e de Inverno. 
Já era um sexta-feira noite. A maioria das pessoas já estavam no refeitório. 
  • Você não precisa ficar tão preocupada assim? – ela repediu cruzando os braços – Ela é minha amiga. Não vou deixar que seu amiguinho levar ela para qualquer lugar. 
  • Harry sabe oque faz – ele disse com um tom muito mais despreocupado – E afinal de contas, Julia vai porque quer. 
Seunome bufou e encostou as costas no banco de madeira escura. Ela balançava os pés inquieta, não gostando de nada como as coisas estavam andando. Nos últimos meses, Harry e Julia tinham ficado cada vez mais próximos, graças a um acordo dos dois, que ele iria mostrar a verdadeira vida para ela.

O resultado foi dores de cabeça, algumas notas baixas – algumas, Julia não iria deixar que suas notas caíssem – e mais vontade para sair e se divertir. Harry realmente estava cumprindo a promessa. Estava mostrando o melhor da vida para ela. 

  • Tenho que ir – Seunome se contorceu no banco, respirando fundo – Combinei de jantar com as meninas. 
Ela se inclinou para frente até sentir os lábios do garoto, como desejou o dia inteiro. Suas mãos correram para sua nuca, onde ela o puxou mais forte, intensificando o beijo. Ela precisava tanto de seus lábios que pensou em ficar ali, com ele mais aquela noite, mas já não jantava com todos a um bom tempo, usando à desculpa esfarrapada de ir ler um livro na biblioteca. 

Relutante, conseguiam se separar. 

A garota andou pelos corredores vazios até chegar ao refeitório, onde pôs sua comida em uma das bandejas de plastico e se sentou na mesa. Todos estavam ali como de costume. Pouca coisa mudou.
  • Ora ora... – Izy disse assim que a chegou – Temos a honra de jantar com Seunome hoje!
Seunome riu e cumprimentou todos na mesa.
  • Eu... – ela limpou a garganta – Eu achei que os livros esta noite não seriam tão companheiros assim. 

As pessoas voltaram as suas conversas normais, enquanto Seunome se envolvia nelas. De repente, Zayn voltou ao refeitório, tirando a atenção da conversa para ele. Zayn estava tão lindo. Para ela ele sempre estava lindo – mas realmente, ele era lindo. Ela viu seu corpo parado observando o refeitório. O céus! Como um cara como aquele seria capaz de amar alguém? Amar Seunome?

  Era como ser totalmente impossível comprar Zayn com Seunome. Como se dizem por ai, ele era areia demais para o caminhãozinho dela. 

Sua mente escorregou sem querer na possibilidade de tudo isso não significar nada para ele.

Sera que ela estava se envolvendo demais em uma coisa que não era real?

Sua mente não parou de pensar nisso. Ela sentia que ele gostava dela. Afinal, quando você passa tanto tempo com alguém, você sebe o que acontece... oque ela sente. Mas Zayn era um enigma. Ele não era de falar muito sobre sentimentos, mas demostrava muito.

Seunome observou o garoto se dirigindo até sua mesa de sempre, com as mesmas pessoas. Essas pessoas se encaixavam muito bem com ele. Eram bonitas – não tanto como ele – com seus rostos e vidas perfeitas.

Ela encolheu os ombros. Um choque de pensamentos ruins a atacaram. Seus olhos baixaram para seu prato pela metade, que a deixou mais sem fome ainda. Ficou um tempo assim, apenas tentando expulsar essas ideias de sua cabeça.

Seus olhos se arregalaram quando viu oque a deixou mais nervosa ainda. Seu coração acelerou e o rosto começou a queimar. O que diabos era isso? - pensou.

Perrie estava com um dos braços em volta da cintura de Zayn, sorrindo e jogando seus cabelos coloridos para os lados.

(Gente, gostaria de deixar claro uma coisa aqui. Quando eu comecei a fanfic, achei que ficaria legal colocar a Perrie para dar uma empatada no casal. Porem, eu vi que não tem nada haver colocar a coitada da Perrie nessa minha historia doida. Então, quando imaginarem essa garota, ou se vocês imaginam, imaginem uma pessoa que não seja ela, se isso for possível, claro. Muito obrigada) 

Os olhos de Seunome fitaram a sena. Zayn não estava expressando nada, mas mesmo assim não estava relutante com a garota abraçada a ele. Havia muitas outras garotinhas amontoadas em volta dos dois, mostrando seus dentes extremamente brancos.

Seunome virou o rosto, fitando freneticamente a mesa. Seu rosto ardeu. Mas porque isso logo agora? Subiu seus olhos e fitou o rosto de Philip, sorrindo com as sobrancelhas arqueadas, sem mostrar os dentes. Ela sorriu de volta do mesmo jeito. E assim, prestou atenção de volta na conversa.

  • Vai ser muito longe – Alex queixava-se – e ainda é em um domingo. 
  • A gente pode voltar sedo – Niall sugeriu para a namorada. 

  • Nós vamos – Izy disse se referindo a ela e Liam – Vai ser legal gente. 
  • Vocês estão se referindo a festa da Calie? – a voz de Seunome saiu rouca, sem emoção – Eu também acho que é longe. 
Izy fez uma careta. 
  • Vai ser legal. Tem tanto tempo que você não sai nos finais de semana. 
O estomago de Seunome se revirou. Ela saia sim, e muito. Mas todas as vezes eram escondidas. Uma certa alegria a atingiu, lembrando-a de todos os finas de semanas juntos com Zayn, de tudo que sentiu quanto estava ao seu lado. 
  • Vou pensar – seus olhos correram rapidamente para a mesa de Malik, mas Perrie e seus discípulos não estavam mais lá. 

Todos já estavam em seus quartos, devidamente prontos para dormir. Mas, uma menina perambulava pelos corredores, ate chegar no Jardim de Inverno. As mensagens que Seunome mandou para Zayn foram rapidamente respondidas, e logo eles iriam se encontrar. 

Ela colocou a culpa novamente nos livros, cujo ela era muito grata. 

Talvez estivesse atrasada por ter que passar na biblioteca para pegar um livro – não poderia voltar para o dormitório sem um exemplar. 

A silhueta que Zayn reluzia a luz da lua. Ela se aproximou, ficando ao seu lado. 
  • Achei que você não gostasse de sair mais à noite... – Zayn tentou colocar os braços em volta da garota, mas ela recusou. 
  • Que sena ridícula foi aquela no refeitório? – Seunome não deu chances para Zayn, o interrompendo. 
  • Tá falando da...? – Zayn fez uma careta. 
  • Tô falando da Perrie sim – cruzou os braços, fazendo o garoto revirar os olhos – O que ela queria?
  • Ela estava querendo ir comigo na festa da Calie.
  • E você disse oque? – a voz dela era interrogativa. 
  • Que ia pensar. 
  • Pensar? – ela riu – Não gosto daquela garota. 
  • Eu também não, mas as pessoas iriam desconfiar – Zayn também cruzou os braços – É segredo, lembra? Eles não sabem sobre nós. 
Seunome fechou o rosto. Era segredo. Isso que os matava. 
  • Tá. Okay. Mas eu só não quero que você fique perto dela. – a garota fitou o chão, sem encontrar forças para encara-lo. 
  • Se você não tivesse tanto medo, eu não teria que mentir para as pessoas – Zayn soltou sem pensar, mas logo se arrependeu. 
Seunome tinha medo do que iria acontecer se eles falassem para todos sobre oque rolava entre eles. Oque sua mãe pensaria? ´´Coloco minha filha num internato e ela me arruma um namorado?´´. O rosto da garota se perdeu. Então era o medo dela que estragava as coisas entre os dois? 
  • É... – ela balançou a cabeça, concordando – O meu medo. Pensei que você entendesse. 
Zayn ficou em silencio, não conseguia falar nada. 
  • Quer saber – ela o encarou e deu de ombros. – Vai com a Perrie. Com ela você não precisa mentir para as pessoas. 
  • Não foi isso que eu quis dizer. – Zayn passou a mão no cabelo. Ele nunca tinha ficado em uma situação assim antes – Eu não quero ir com ela, tá legal? Eu quero ir com você. Mas nós não podemos. 
Seunome engoliu a seco, depois de um tempo em silencio, ela recomeçou:
  • Me desculpe se as coisas não estão sendo do jeito que você quer – Seunome disse, tentando não olha-lo – Porque eu realmente não sei oque vai acontecer se todos souberem a verdade. Me desculpe... é porque eu gosto muito de você. Não quero que isso acabe.
A garota puxou as mangas do casaco até os pulsos, tentando se distrair para não olhar o rosto perfeito que estava em sua frente. De repente os braços dele já estavam em volta dela, completamente aconchegantes. Ela estava contra seu peito, em um abraço apertado. 
  • Me desculpe – ele disse beijando seu cabelo – Isso não vai acabar. 
Ele segurou sua nuca e a beijou. 

£££

Seunome teve que voltar para o quarto quase correndo. Tinha passado de seu tempo. Quando chegou, Alex e Emily já dormiam. Izy estava mexendo em seu notebook na mesa no lado de sua cama. 
  • Conseguiu pegar o livro? – Izy perguntou despreocupata assim que a garota entrou no quarto, sem tirar os olhos da tela do computador. 
  • Sim – Seunome se sentou em sua cama – E, quer saber? Decidi ir na festa da Caile... 

CONTINUA...

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GENTE EU SEI, DEMOREI MUITO.

Mas não se esqueçam que essa fanfic é minha vida, nunca vou parar de escrever. 

GOSTARIA DE MANDAR UM BEIJÃO PRA JULIA QUE VEIO FALAR COMIGO NO TWITTER <3 GENTE FIQUEI MUITO FELIZ. 

Bom, agora sobre a fanfic. Espero que vocês tenham entendido a bosta desse capitulo. Eu tinha que fazer o tempo passar de alguma forma, se vocês não entenderam, me desculpe, vou tentar melhorar.

Sobre o nome ''Perrie''. Pelo amor de Deus, não o associem a Perrie. Eu não sei onde estava com a cabeça quando fiz isso. Não shippo Zerrie, mas enfiar a Perrie nessa fanfic foi demais ahahah' Céus! 

Essa temporada estava acabano 'o'. A fanfic vai dar uma reviravolta doida e espero que vocês gostem. 

O trailer da 2° temporada esta quase pronto, vou postar logo logo. 

Espero que gostem. Eu amo muito vocês <3

COMENTEM! VOCÊS ME INCENTIVAM MUITO <3 


@ziampau e @ziamaricas