segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Change My Mind - 2ª Tp - Cp 6 - Decisões... decisões...




Eu ri. Ri porque aquilo não havia sentido.
– Você está bem? – um garoto da rodinha se virou para mim – Fumou alguma coisa? Maconha?  
Eu olhei para ele e depois para à roda. Todos estavam me olhando e eu tinha certeza que estava parecendo uma idiota. Neguei com a cabeça e depois olhei para meu telefone. A chamada ainda não tinha sido finalizada.

Engoli em seco e o coloquei novamente perto da orelha.
– Você está brincando, né? – eu disse e ouvi ela respirar fundo no outro lado da linha. 
– Não, Seunome. Ele foi expulso. Ex-pul-so. – Izy estava nervosa e sua voz falhava – Aconteceu agora, todo mundo já sabe. Foi... foi horrível.
Eu tentei processar tudo aquilo. Zayn. Expulso. Internato. Zayn, outra vez.

Por que ele foi expulso? O que ele fez de tão grave?

As coisas começaram a rodar, mesmo eu não tendo bebido nada. Não conseguia sentir mais a grama embaixo de mim, e a iluminação do jardim não estava ajudando a clarear minha visão. Então me pus de pé, ainda tonta.

Estabilizei meus pés no chão e comecei a andar em direção à sala novamente, sem dar explicações a ninguém da rodinha dos bêbados em que estava. Eu conseguia ouvir o zumbir da voz de Izy, mas não conseguia prestar atenção. Só queria sair dali e entender porquê lhufas isso tudo estava acontecendo.

A sala continuava entupida e as pilhas de garrafas vazias de cerveja só aumentavam. Procurei a porta e me icei para fora, quase cuspida pela multidão.
– Onde você vai? – Jack apareceu na minha frente, assim que desci os degraus do hall – A mãe da Lindsay vai vir buscar a gente, se ela não ficar bêbada, né. 
Eu olhei para ele e depois para meu telefone, ainda com a chamada de Izy.
– Eu só vou tomar um ar, daqui a pouco eu volto. – sorri falsamente para ele, embora eu achasse que deveria falar a verdade.
Jack nunca iria me julgar por nada, mas ainda sim hesitei.
– Tudo bem, estamos aqui. E nos avise se quiser ir embora. 
 E depois ele sumiu de novo. Deveria estar com alguma garota pelo jardim da frente.

Ainda me sentia nervosa quando coloquei o celular na orelha.
– Izy – eu disse, pigarrando – Me desculpe, pode continuar.
– Zayn foi expulso...
– Eu já se disso – minha voz falhava, talvez pelo meu nervosismo – Me conte o porquê.
Parei de andar quando estava no meio do jardim, cercada por carros estacionados de forma irregular e com os porta-malas cheios de engradados de cerveja. Foi então que ouvi sua voz novamente:
– Todos nós estávamos voltando para dos dormitórios, porque já estava tarde. E então começou a correr um boato que o Zayn tinha, bom, tinha ido enfrentar a Madalena. Isso não fazia nenhum sentido, porque ninguém aqui é contra a Madalena. 
Ela fez uma pausa e eu continuava sem entender.
– Continue – incentivei. 
–  E queríamos entender isso, porque ele já estava fazendo algumas coisas idiotas. Não cumpria horários e muito menos entregar os trabalhos, agora que ele estava sozinho. Bom, ai...
Eu queria deixa-la continuar, saber porque merda ele foi expulso, porém eu não conseguia. Qualquer coisa que ligasse Zayn me deixava fraca o suficiente para querer chorar e acabar com a minha vida. O que me ligava a esse pensamento era que eu estava muito longe dele agora. E eu não conseguia suportar. Ele tinha me pedido e eu recusei ficar.

E agora eu me arrependo. Com todas as minhas forças eu me arrependo.

Eu o amo, mas nada irá me levar até ele nesse exato momento. E tudo o que eu tenho agora é a minha dor, inabalavel e sem cura, mas minha dor.
– Isadora, me desculpe. Não consigo. 
E assim desliguei meu celular, rezando a Deus para que ele estivesse bem. Tudo o que eu tinha na cabeça agora era ele e todo o meu amor sufocante. Todos tão juntos, quase formando um só.

A única coisa que me restava agora era a garrafa de cerveja na minha mão, piscando. Como se ela fosse minha única companhia. Era eu, a cerveja e meu choro incontrolável.

Talvez eu chorasse por clemencia ou alguma coisa do tipo. Eu não tinha certeza. Só me lembro que fiquei assim  por um bom tempo.

£££

– Você vai acordar ela! – alguém gritou, tão alto que estremeci. 
– Ela tem de acordar, ou oque? Hein? – outra voz gritou, alto também, mais um pouco longe – Eu não vou me ferrar sozinha! Ela precisa acordar agora!
Respirei fundo e abri os olhos. Por incrível que pareça, eu estava no meu quarto, segura em minhas cobertas. As vozes se calaram por um estante, mas tempo suficiente para eu me lembrar de tudo.
– Você está bem? – vi o rosto de Jack, embora meus olhos estivessem muito embaçados.
Eu fiz que não com a cabeça, me arrependendo por mexe-la. Doía demais.

Ele estava de pé, na beira da minha cama com as mãos nos bolsos. Levantei o tronco e vi Lindsay encostada na porta, com os braços cruzados e olhando para o teto. O que estava acontecendo?
– Era de se esperar. – ela grunhiu de lá, finalmente olhando para mim – Francamente, o que você tem na cabeça? 
 Eu olhei para ela, depois Jack e ela novamente, antes de responder:
– Dor.
Lindsay revirou os olhos e voltou a olhar o teto, como se ele fosse mais interessante do que eu e Jack. Eu estava me perguntando o que era tudo isso.
– Por que.. vocês estão aqui? – falei, sentindo o gosto amargo na boca.
 Lindsay se moveu lentamente, até ficar no meio do quarto.
– Você matou a gente de susto, tá legal? Você evaporou da festa, sumiu sem dar explicações, simples assim! Tem noção de como eu fiquei? Como eu iria olhar pra sua mãe depois de ter perdido você numa festa de uma fraternidade? 
Demorei um tempo para entender aquilo.
– Fraternidade? Num era uma festa da escola?
 Ela olhou para mim e depois para Jack.
– Não, não era. Alguns alunos da escola foram convidados, mas eu achei que seria bom pra você.
Finalmente eu sentei na cama e vi que ainda vestia minhas roupas de ontem. O quarto estava muito iluminado e quente. Eles vestiam o uniforme da escola, então deveria passar muito das 13hs,
– Ah – exclamei – Me desculpe, serio. Eu não estava me sentindo muito bem e acho que quis vir para casa.
– Sorte sua que sua mãe estava trabalhando a noite, porque seria muito pior – Jack se pronunciou –  A gente te procurou, mandou mensagem e tudo, mas você, puff, sumiu. Não poderíamos dizer nada sobre à festa, então achamos melhor ir para casa. Você não apareceu na escola e ficamos preocupados. 
 Associei tudo aquilo e minha fuga repentina da festa. Eu não poderia voltar para aquele lugar depois da noticia que recebi. Eu fiquei vagando e bebendo por um tempo, antes de ficar cansada demais e querer ir para casa.
– Bom, desculpas novamente.
Depois disso, ouvi um riso. Lindsay olhava para mim.
– Desculpas? Só isso? – ela cruzou os braços, e em vez de olhar para o teto como estava fazendo, cravou os olhos em mim – Você não tem algo mais para dizer não? Talvez para o Jack. 
Eu a fitei e respirei fundo. Do que ela estava falando?
– O que? Não consigo entender.
 – Dizer o que para mim? – Jack também cruzou os braços.
Eu estava me sentindo indefesa com os dois me olhando. Já estava me sentindo mal, e havia acordado dez minutos atrás. Eu nem consegui pensar direito em Zayn e na merda que virou minha vida, porque esses dois estavam aqui, entupindo meus ouvidos.
– Não sei do que você está falando – desviei o olhar dela.
Lindsay trocou o peso das pernas.
– Eu não aguento mais isso – ela disse e tive vontade de rir. Eu não estava mais aquentando isso, pensei. – Você precisa dar um jeito... Porque tá difícil para todo mundo, não só para você.
 Engoli a seco, pensando no que ela estava falando.
– Do que vocês estão falando? – Jack gritou – Pelo amor de Deus!
Lindsay me encarou.
– Seunome tem ataques, surtos, de choro...
Minha respiração aumentou, como se eu estivesse precisando de mais ar que o habitual.
 – Lindsay, não é para tanto – falei, tentando corta-la.
– Sabe, eu tenho prestado atenção. – sua voz invadia o quarto e meus sentidos, me deixando cada vez mais fraca –  Sua mãe tem prestado atenção... Menos o idiota aqui – ela apontou para Jack, que fez uma careta – Você está... Diferente. Parece um robô, que não tem uma opinião própria; só faz o que lhe dizem para fazer. Desde que chegou você não parece a mesma, sempre há alguma coisa que não está certa.
Ela disse e olhou para o chão, talvez não acreditando no que tinha acabado de falar. Boa parte de mim gostou do que ela falou, porque ela realmente tinha sacado a parada. Mas a minha mãe? Por que ela não falou comigo então? Será que eu estava sendo tão estupida e não percebi que estava agindo como uma idiota?
– Do que vocês estão falando? – Jack quebrou o silencio.
Lindsay rolou os olhos e pôs a mão na cabeça.
– Ela está infeliz aqui, idiota! – Lind gritou, alto e bem claro.
 Ela está infeliz aqui, idiota!

A frase de Lindsay ecoou na minha cabeça, como se fosse fogo, queimando dentro de mim. Ela está infeliz. 

Eu estava infeliz.

Jack me observou e arregalou os olhos. Ele abriu a boca para falar, mas fechou. Eu queria gritar e dizer que era verdade, porque eu os amava. Eles eram meus amigos desde sempre. Sempre estiveram comigo. Às vezes podem passar um pouco do limite, mas eu sei que eles se preocupam comigo.
 – Eu... eu não sabia que você estava... triste. – Jack sentou na cama, enquanto eu me encolhia. 
Lindsay continuava de pé, olhando para todos os cantos do quarto e menos para mim.
– Nem seu sabia – murmurei.
E então ficou tudo em silencio, vazio e triste. Eles continuaram ali, parados. Minha mãe deveria chegar a qualquer minuto, mas mesmo assim eu não me preocupava. O que eu iria fazer? Voltar? Isso era patético. Aqui é minha casa.
– Eu acho que vou embora – Lindsay disse e pegou sua mochila do chão, no lado da minha comoda. 
 Ela parou e ajeitou a mochila nas costas, prestes para sair porta à fora.
– Vocês poderiam ficar comigo? – eu falei, talvez mais alto do que planejei – Não quero ficar sozinha. Minha mãe vai chegar e dormir. Por favor. 
 Jack assentiu e olhou para Lindsay, que tirou a mochila das costas e jogou no mesmo lugar. Eu deveria estar brava com ela, por ter contado algo que era meu, mas não conseguia. Ela era minha amiga aqui e eu a amava. Talvez Lindsay tivesse me ajudado.

£££
– E você se divertia lá? – Jack me perguntou e encheu a boca de frango apimentado. 
– Bom... – mordi o lábio e suspirei. O que eu iria dizer? Sim, me divertia muito, mais do que aqui? Eu não tinha coragem de dizer isso. – Sim, eles eram legais. 
Jack estava sentado no meu lado do sofá, comento todo o barril de frango apimentado que minha mãe trouxe, me perguntando inúmeras coisas sobre a George Clark. Não que eu não quisesse responder-las, mas era difícil lembrar de tudo aquilo.

Lindsay estava na poltrona, olhando para o copo de coca-cola. Quando minha mãe chegou, elas trocaram um olhar sinistro. Eu não sabia do que se tratava, mas parecia me envolver.

Helena não tinha falado muitas coisas e rapidamente subiu e até agora não deu as caras. Tinha certeza de que quando ela descesse, iria ter uma conversa comigo. Começando por não ter atendido nenhuma das suas vinte de quatro chamadas.

Para ela, eu tinha passado a madrugada em casa e ido a aula, já que estava no plantão. Bem diferente do que aconteceu.
– Como você lavava sua roupa? – ele engoliu o frango e ficou me encarando. Eu só conseguia rir – Porque tipo, vocês não tinham uma lavadoura no dormitório, né? Ou tinham?
– Não, não tínhamos. – eu ri e bebi um pouco de coca – Quando juntávamos o suficiente de roupas nossas para lavar, levávamos para uma lavanderia no nosso prédio. Lá tinha uma lavanderia e uns estoques de lençós e essas coisas de roupas de cama. Lá era tudo no modo se vira! 
Eu disse e deixei escapar um suspiro. Acho que todos interpretaram como se isso fosse uma lembrança boa para mim. Será que cheguei ao ponto de sentir saudades de como lavava roupa na George Clark?

Eu estava começando a me sentir mal. Cada lembrança puxava outra, e isso me fazia querer chorar.

Comecei a prestar atenção na televisão, tentando me ligar a qualquer outra coisa, quando minha mãe entrou na sala.

Deveria ser umas quatro ou cinco da tarde. Não estava tão quente, o que para mim era bom.
– E então? – Helena sentou numa poltrona no outro lado da sala. Ela estava nervosa? – Como as coisas estão indo?
Jack sorriu estranho para ela e Lindsay não fez nada.
– Eu acho que indo... – respondi e encarei Lindsay.
Minha amiga parecia nervosa, até mais que Helena.
– Seunome, eu acho que... Bom, que sua mãe gostaria de conversar com você. – Lindsay me encarou de volta, fazendo meu sangue ferver.
 Coloquei meu copo na mesinha de centro e me pus de pé.
– Que merda você disse para ela? – gritei. Eu já sabia do que se tratava. 
– Wou wou! – minha mãe também se levantou – Não fale assim com Lindsay, ela só está pensando no seu bem!
Respirei fundo e comecei a me sentir pior ainda.
– No meu bem? – repeti – Você contou o que, hein? 
Não pensei na minha mãe na sala. Se ela já sabia, por que esconder? Só gostaria de ouvir a confissão de Lindsay.
– Eu... – ela limpou à garganta e olhou para mim – Eu contei tudo. É o certo.
 Eu não conseguia acreditar que minha mãe sabia dos meus surtos ou seja lá o que eu tinha.
 – Quando? – perguntei. 
– Tem uns dias – ela olhou para Helena e depois para mim – E quanto eu disse que fui no banheiro, eu contei sobre o que aconteceu na festa.
Traidora!

Era tudo o que eu conseguia pensar. Por que ela tinha contado uma coisa que era minha para a minha mãe? Eu confiei nela. Lindsay foi a pessoa em que eu confiei minhas crises. E então fui apunhalada.

Não sabia como olhar para minha mãe agora, não com ela sabendo de tudo. Deus, no que eu fui me meter?

Tudo ficou e silencio, nem lembrava que Jack estava na sala também. Apenas conseguia pensar na traição nojenta de Lindsay e no que minha mãe estava pensando.
– Filha – a voz de Helena me puxou para aquela sala novamente – Lindsay fez muito bem em...
– Em o que? – a interrompi – Em fazer um complô com você e então as duas começarem a tomar conta da minha vida? Em planejarem o que eu deveria fazer? Ela estava certa? – olhei para Lindsay, encolhida na poltrona – Desde quando contar minha vida para minha mãe virou uma brincadeira nova para você? Lindsay, eu confiei em você. 
Ela estremeceu mas depois tomou uma postura bem diferente de antes. A coluna bem colocada contra o sofá e o pescoço empinado para mim .
– Eu não sabia o que fazer com isso tudo. – ela engoliu a seco, pronunciando muito devagar as palavras – Como você se sentiria se a sua melhor amiga voltasse novamente para casa e ela não se sentisse bem? Quando ela na verdade está infeliz e não consegue esconder isso nem dela própria? Hein? Me diz o que você faria.
Meus olhos começaram a arder, então os fechei, lutando contra minhas lágrimas doídas. Tudo estaria em silencio se não fosse pela televisão. Eu não conseguia mais pensar em nada. Minha vida mudou de uma hora para outra, desabando a cada minuto. E o pior era que eu não conseguia sair dos escombros.

Só percebi o que estava fazendo quando ouvi o grito da minha mãe:
– Seunome, volte aqui! Temos uma coisa seria para conversar! 
Mas não dei ouvidos, já tinha passado porta à fora, em direção a rua.

Meus pés descalços encontraram o asfalto mordo e pontudo, mas isso não me fez parar de correr. Eu tinha caído em uma cilada maldita que eu mesma tinha armado. Desde quando minha vida virou esse inferno?

Tudo o que eu queria fazer era minha mãe feliz. Eu queria fazer tudo o que ela quisesse. Não queria ser a filha problemática e reabilitada. Eu nunca quis nada. Só queria faze-la parar de sofrer.

Aceitar partir daqui foi o melhor naquela época. Um tempo para nós duas era a única solução. Eu nunca, nunca pensei que iria me apegar tanto aquele lugar. Amar tanto aquelas pessoas. E em hipótese alguma pensei que iria me apaixonar. Me apaixonei sem saber dos riscos, sem saber da dor que eu iria sentir. Eu só queria ser feliz. E eu fui. Eu fui feliz com ele.

Doía demais pensar em nunca mais vê-lo, em nunca mais toca-lo. Mesmo que alguma coisa – ou o destino – me colocasse de volta lá, eu não iria mais encontra-lo. Ele foi expulso.

Enquanto o choro me impedia de correr, olhei para a calçada. Parecia ser o melhor lugar do mundo agora.

Sentei no meio fio e senti meu celular no bolço detrás da calça. Grande hora. Eu queria saber sobre o meu amor.
– Isadora Jones? – falei, assim que ela atendeu – Poderia me desculpar por ser tão idiota e me esclarecer algumas coisas?
Solucei e senti meu rosto ser inundado pelas lágrimas. Droga!
– Eu não tinha mais esperanças se você iria ligar – ela tentou ser o mais cuidadosa possível com as palavras, com certeza sentindo a dor na minha voz. 
Respirei fundo e sorri.
– Nunca perca as esperanças comigo, por favor. – brinquei e ela riu, demorando a falar qualquer outra coisa, então comecei novamente – Você está ocupada ou algo do tipo? 
– Não – Izy respondeu rápido –  Eu iria jantar, mas está tudo tão movimentado e acho que não vou descer. 
 – Movimentado? 
Eu a ouvi respirar fundo no outro lado da linha, quase cansada.
– Sim – ela disse – Depois que Zayn foi expulso, as coisas ficaram estranhas. Não sei se você quer saber sobre isso, mas acho que devo. Naquela noite de domingo, Zayn trouxe bebida para dentro do internato. Ele ficou bêbado e nem sei como conseguiu ir até o prédio de Madalena. Foi como... como se ele quisesse ser expulso. 
 '' Me disseram que ele foi perguntar se ela queria um pouco que whisky. Seunome, isso é praticamente suicídio. Ele queria ser expulso e de alguma maneira bolou esse plano, porque é o único jeito de ser mandado embora. Não havia volta para ele. 
'' Depois disso, ligaram para os pais dele porque alguém deveria vir busca-lo, mas parecia que os pais estavam em outros país e então mandaram um representante. Eu não sei como tudo aconteceu, mas a noite ele saiu e no outro dia, apareceu.  
 '' Conseguiram fazer alguma coisa para ele voltar, não sei direito. Liam tentou falar com ele, mas Zayn não queria papo. De alguma forma os pais conseguiram colocar-lo de volta aqui dentro, mas não vai ser como antes. Ele trocou de quarto, não assiste mais quase nenhuma aula com à turma do ultimo ano, que somos nós. 
'' Parece que aceitaram-o de volta, mas com condições. Liam teme que ele volte a tentar sair de novo, fazendo mais alguma besteira. E não irão aceita-lo novamente. Se ele aprontar mais alguma, ele sai definitivamente. 
 Fechei os olhos e deixei minhas lágrimas caírem? Que merda Zayn tinha na cabeça? Por que toda essa rebeldia agora?

Tudo em volta de mim girava, formando um brande borrão de imagens. Eu só conseguia pensar ele e em como eu estava ferrada. Estava ferrada porque sabia que agora em diante não haveria paz. Eu nunca encontraria a cura para minha tristeza. Só se o encontrasse.
– Seunome, você... – Izy parou de falar, talvez pelos sons dos meus soluços. Se ela iria perguntar se eu estava bem, meu choro era a resposta.
Passei muito tempo pensando no que iria fazer enquanto chorava. Izy ainda me esperava no outro lado da linha, querendo acreditar que eu poderia parar de chorar e falar como gente novamente, mas sei que não conseguiria.
 – Obrigada. – murmurei, olhando minhas mãos tremerem – Obrigada mesmo. Eu... eu... me desculpe por isso. 
E então finalizei a ligação.

Pedi para que ela entendesse que eu estava pedindo desculpas, porque desliguei na cara dela. Mas isso não parecia melhorar nada.

Desde que cheguei aqui, a única coisa que eu tenho feito foi chorar. Já estava cansada disso. Chaga de viver atrás dos soluços, eu tinha de enfrentar. Enfrentar tudo para realmente ir atrás do que eu quero.

Era hora de falar com a minha mãe.

£££



Hesitei em abrir a porta de casa. Eu não sabia se minha mãe iria me matar ou se eu iria fazer isso por ela, mas tinha que encarar. Talvez ela tivesse colocado a polícia atrás de mim ou ligado para os hospitais. Antigamente ela costumava fazer isso. 

Respirei pesadamente e me coloquei para dentro de casa. Não me lembro de quanto tempo fiquei perambulando pela rua, mas já era noite. À casa estava silenciosa, quase como se não tivesse ninguém ali. Será que eles saíram para me procurar? 

Estava prestes a puxar meu celular no bolso quando vi Helena, Jack e Lindsay sentados à mesa da cozinha, como se fizessem uma reuniãozinha. 

Engoli a seco e dei um passo a frente, mas ficando longe o suficiente. Helena me mandou uma olhar parecido como graças a Deus que você voltou, e depois pigarrou:
– Será que nós podemos conversar agora? 
 Eu assenti e me aproximei mais da mesa, porém não me sentei. Todos eles estavam olhando para mim.
– Aqui todos nós somos a sua família – Helena começou – E não importa o que fizemos ou vamos fazer, tudo é para o seu bem. Se Lindsay me contou o que aconteceu, ela só queria o seu bem, porque ela te ama. E sei que você irá agradece-la. 
Senti meu rosto ficar vermelho. Eu disse coisas horríveis para ela e não sei como ela ainda estava aqui, olhando para mim. Poderia ser estranho ter uma mulher e dois adolescentes como família, mas era o que eu tinha. E eu os amava.
– Mas agora temos outras coisas para falar. – minha mãe olhou para as mãos encima da mesa e depois para mim – A primeira coisa é deixar bem claro que você não está feliz aqui. – eu quis protestar, mas ela levantou a mão – E em segundo, é que não podemos mais viver assim. Você não pode não gostar que tomemos decisões sobre a sua vida, mas no momento, temos que tomar. Você não quer desapontar nenhum lado e não desapontará. 
Ela fez silencio e aproveitei o momento para abrir a boca:
– O que você quer dizer com isso? 
Ela olhou para mim e depois para o teto da cozinha. Meu Deus, o que era isso?
– Você não consegue mais tomar decisões por você – Lindsay se pronunciou, enquanto eu ainda olhava para a minha mãe – A historia está se repetindo, será que você não percebe? Está exatamente como antes.
Eu queria gritar com ela, manda-la calar a boca, mas Lindsay estava certa. Com todas as suas manias e chatices, estava certa. Meu passado estava se repetindo.

Uma menina sem vida; que não tinha opinião; fazia o que os outros mandavam; chorava o tempo inteiro...

Tudo estava ai, piscando bem diante dos meus olhos.

Minha mãe continuava a encarar o teto, Lindsay olhava para mim e Jack encolhia os ombros. Ele olhou para mim, com os olhos solidários. Jack sempre foi o mais sensato de nós; engraçado, respeitoso e amigo. O meu amigo que me entendia e que me dava espaço para as minhas decisões. Estava mais para um anjo da guarda, o que me fez lembrar de Philip.

Minha cabeça dava voltas inacabadas, mas então consegui chegar a uma pergunta:
– Qual foi a decisão de vocês, então?
Eles se entreolharam. Meu coração acelerava cada vez mais.

Minha mãe olhou para mim e disse, firme:
– Sinto muito, mas você vai voltar para o internato. 
CONTINUA...

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 Sabe quem voltou? EU.

EU VOLTEI PORQUE EU AMO VOCÊS BAGARAI! 

Eu estou aqui, morrendo. 

Minha morte vai chegar em qualquer dia, serio. Vocês querem me matar, né? 

Que comentários foram aqueles? Eu ainda estou tentando me recuperar. Genteney, vocês são incríveis. 

Eu não conseguiria terminar esta nota sem mencionar minhas cantoras perfeitas Tamyres Estanislau e Hillare Luise, que me contaram a história da vida delas. Gente, Top5 ainda vai dar muito orgulho para vocês e para mim. Sou muito fã de vocês. 

E um (atrasado porque já é dia 2) feliz aniversário, happy birthday e joyeux anniversaire para Harry Styles, o cara que me faz sonhar todas as noites e acreditar que todos esses sonhos são possíveis. Eu amo demais esse cara.

E é isso. A fanfic já tá acabando e tals. Tenho planos para outra fanfic, quem vai ler??

E AI? QUEM QUER VER O ZAYN?? 

COMENTEM E ME FAÇAM FELIZ BAGARAI! 

@ziampau & @ziamaricas 

14 comentários:

  1. Ahhhh Perfeito Continua! Se Vc Fizer Outra Fic Eu Com Toda Certeza Vou Ler ....

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  2. Meeu Deuus, você ainda vai me matar kk o que é isso pai? Tá perfeito, esta tudo maravilhoso, lindo demais. Só tenho que te agradecer por mudar a minha vida, por deixar meus dias mais felizes, e por fazer com que acredito nos meus sonhos!! Bom, você já sabe que irei ler a sua nova fic, mas pena que essa já está acabando.. Eu quero muito ver o Zayn... Beijos sua linda ♥

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  3. AAAAAHHHH KKSNDDNNDNDNNZN EU QUERO MUITO VER O ZAYN !!!!!!!!! POSTA LOGO PELO AMOR DE DEUS !!!!!!!! MEL ME DA UM HELP QUE EU TO MORRENDO

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  4. Mel, quando sairá o próximo ??????? Não quero que acabe, meu Deus, vou ficar louca, to super ansiosa. To amando demajs essa fic. É perfeita, você é perfeita, pqp, escreve demais.
    E muito obrigada por mencionar a mim e a Tamy, ficamos muito felizes.
    Nós faremos o possível pra que vocês se orgulhem de nossa banda.
    Espero que gostem

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  5. 🙀🙀 Minha nossa oq foi isso? Não vejo a hora do reencontro deles... Mas q pena q esta no final 😔... Ta td voltando ao normal!!! Uhuu kkk vou bjss

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  6. Nossasinhora !! Que foi isso ?
    Não isso não pode acabar, nunca!
    Cara, se vc quer fazer outra fic faz !! Eu vou ler com certeza ta.
    Bjs

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  7. meeeel vc arrazou \o
    muito feliz com a proxima fic!!! *-*

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  8. meus deus eu to pulando de alegria continuaaaaaaaaaaaaaaa pelo amor de deus eu tenho que ajuda o meu mo

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  9. Scccrrre ñ belivo q ela vai voltar mas cade o malik curiosia nem um pouco kkkk by josiane s2

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  10. Mds, eu não acredito que ela vai voltar, continuaaaa
    E se voce for fazer outra fic eu iria ler sim!

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  11. vc escreve bem pra caralho continua .... nao to acreditando ela vai voltar
    Xxjessie

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  12. Aaaaaaaaahh, choreei bagaraiii, to virando uma "seunome" da vidaa kkkkkkkk, to correndoo lerr o proxx, vlw flw, beijuu ��

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  13. oh my josh pft e anciosa p condutores by josiane

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