sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Change My Mind - 2ª Tp - Cap 2 - What The Hell!

Leiam as notas finais, por favor <3



Ela chegou a pensar que estava realmente lá, na sua aula de educação física, lutando para conseguir acertar a raquete na peteca. O jogo de badminton não estava sendo um fracasso para seu time de duas pessoas, porque ele estava comandando aquilo tudo e, sinceramente, ele era bom em tudo. Ninguém teria chance.

Mas então, deu um pulo para frente, saindo de baixo das absurdas cobertas grossas e quentes. Sua nuca estava empapada de suor, a respiração um pouco descontrolada e os lábios secos. Lindsay estava esparramada na cama, porque talvez estivesse acostumada demais com sua cama King monstruosa e seu sono precisasse de espaço.

Seunome tropeçou nos próprios pés ao sair da cama, tateando o escuro. Sentia-se febril e a cabeça doía. Ficou parada no meio do quarto, tentando colocar seus pensamentos em ordem e entender o porque de ter sonhado com uma das suas piores aulas.

Andou descalça pelo corredor, sentindo o chão frio nos pés  o que estava sendo maravilhoso – e foi em direção à cozinha. Abriu à geladeira, colocando para fora uma enorme jarra de água gelada. Ela se sentia estranha e com calor. Antigamente, adorava o tempo quente, gostava da sensação de estar em um dia ensolarado, mas agora, isso era um incomodo.

Vagou pela casa silenciosa e escura e, antes que começasse a lembrar dos filmes de terror que tinha visto a pouco tempo, voltou para o quarto, escancarando às janelas para o ar fresco da noite poder entrar.

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  • Vaaaamos! – ouviu a voz de Lindsay aguda e sentiu o coxão balançar – Temos cakes para decorar! – sentiu outro balanço e a voz da garota longe – Andaaa! Temos que ir antes que sua tia Elizabeth coma tudo e os coitados não sejam coloridos.
Seunome abriu um olho, observando o quarto claro demais Havia mais sol ali do que no campus inteiro da George Clark. Se pôs de pé reclamando mentalmente por ter sido acordada e relembrando de como se fazia progressão aritimetica, seja lá porque. 

Enquanto sentia o jato que água fria bater contra seu corpo, lembrou a voz de Lindsay temos que ir antes que sua tia Elizabeth coma tudo e os coitados não sejam coloridos.

Tia Elizabeth? 

Ela se enrolou na toalha o mais rápido possível, cambaleando para fora do banheiro. O que sua tia Elizabeth estava fazendo aqui? Em uma plena segunda-feira? 

Vestiu à primeira coisa que achou no ninho que as malas formavam num canto do quarto – revelando que ela e Lindsay apenas reviraram as malas, não colocando nada no lugar – e depois disparou para o corredor. 

Seu coração estava disparado? Há quanto tempo não via nenhum de deus parentes? Será que a tia Elizabeth era a única? Claro que não.
  • Eu sei que os cabarés da França são divinos, trabalhei lá por 10 anos. – Seunome estremeceu ao ouvir aquela voz – Pensa que me engana? 
  • Tia Carmem? – ela sussurrou.
Carmem estava bem atrás dela, com os braços finos e enrugados cruzados sobre o peito. O cabelo tingido de preto estava em um coque estranho, prendido com uma pregadeira de velho. Nos seus sessenta e poucos anos de idade, tinha desenvolvido uma doença degenerativa no celebro, como um alzheimer. Em outras palavras; não batia bem da cuca. 
  • Sei que você estava em um daqueles cabarés.Você pode enganar sua mãe, mas a mim não – Carmen estudou o rosto pálido da garota, formando uma filha com os lábios – Esteve onde, hem? Sua mãe nos contou sobre Paris. Aposto que ganhou muito dinheiro na noite. Aqueles eram bons tempos. 
Seunome franziu o cenho e encolheu os ombros.
  • Não titia, eu estava em Londres. – ela aumentou o tom de voz – Estudando!
Carmem balançou à cabeça renegando e deu as costas à garota. 

A menina desceu as escadas como um jato, indo para à cozinha. Tia Elizabeth estava apoiada no balção, falando com sua irma, Margareth. 

Desde que Seunome se lembrava as duas estavam juntas. Elas eram gêmeas, casaram ao mesmo tempo, tiveram os filhos juntas e moravam uma no lado da outra. Eram totalmente iguais. 

  • Ai está você! – Elizabeth disse, fazendo Margareth se virar.
Ela sentiu os braços robustos das tias e só conseguiu soltar um murmuro parecido como ah, como vai? e depois foi enchida de perguntas. As tias a observavam de cima a baixo, e questionavam qualquer coisa que não gostavam. 

Elizabeth e Margareth Collins eram irmas do pai de Seunome, que não mantinham muito contato. A última vez que ela as viu foi no enterro, mas estava desesperada demais para falar com qualquer uma delas. Nunca foram as melhores tias – na verdade, seguiam o padrão das tias que perguntam ´´e os namoradinhos?`` – mas se esforçavam.

A menina passou os olhos pela cozinha e viu Lindsay tirar os cakes do forno.
  • Sua tia Margareth faz cakes divinos! – ela colocou a bandeja perto de várias embalagens de Fini – E o mais legal é que ela deixa a gente colorir... vai ser como nos velhos tempos!
A menina sentiu o cheiro quente daqueles bolinhos de chocolate e pareciam gostosos demais. Lindsay arrumava as forminhas uma a uma, como se tivessem que ficar nos milímetros certos de separação uma das outras.
  • Hum, claro – ela respirou fundo e perguntou, talvez um pouco baixo demais – Minha mãe está em casa? 
  • Sim – Linsday respondeu depressa – Está na sala, com Caleb.
Seunome ouviu risinhos de suas tias que estavam aos murmúrios na bancada. Seja lá o que elas estavam conversando, grande parte seria sobre o porte de Caleb.

Já havia acontecido muitas coisas em poucos dias de estadia em casa. Tudo isso parecia planejado demais. Cada passo que sua mãe dava dentro de casa parecia simetricamente feito. Até agora não tinha recebido nenhum olhar de repreensão ou impedida de fazer alguma coisa.

~~VOCÊ ON~~
  • Por que Elizabeth, Margaret e Carmem estão aqui? – minha voz saiu um pouco mais alta do que planejei.
Mamãe estava sentada na poltrona à esquerda da mesa de centro, segurando uma xícara bege. Eu pensei que, como em todas as vezes que eu já tinha levantado a voz, ela iria me olhar com aquele olhar de reprovação, mas nada aconteceu. Na verdade ela sorriu para mim, dando um ultimo gole no que estava bebendo. 
  • Hum, bom. – ela colocou a xícara na mesinha – Elas são suas tias. Há muito tempo estavam ligando para saber de você... Eu achei que seria mais conveniente chamar antes que elas descobrissem que você estava aqui. 
Mordi o lábio e estudei seu rosto. Mamãe parecia realmente disposta a aturar minhas tias para eu ao menos ter um contato, digamos, família. Eu ainda estava parada no meio da sala, pensando em como tudo isso funcionaria com minhas tias aqui.
  • E sua tia faz cukes divinos – Caleb grunhiu no sofá, cortando o gelo entre mim e mamãe.
Eu ri e balancei os ombros, fazendo minha mãe rir também. 
  • É, bom, acho que um dia com as titias não vai fazer mal – disse o máximo empolgante que consegui.
Mamãe sorriu para mim. Consegui ver o peso que ela tirou das costas quando eu disse que asseitaria ficar com minhas tias por um dia. Talvez nem fosse tão ruim assim com Margareth e Elizabeth, mas eu tinha certeza de que com Carmem seria diferente. Primeira coisa era a sua doença. Alzheimer é uma doença complicada e, praticamente todas as coisas que ela fala, não tem sentido. 

Ali, no meio da sala, prometi a mim mesma que iria ter um pouco mais de paciência com todo mundo. Não só com minhas tias, mas com todos que eu iria ter de conviver novamente. Eu mal me lembrava de como era viver com eles, eu tinha perdido à pratica. Talvez na cabeça da minha mãe o internato servil para isso. Iriamos começar todos do zero, embora eu ache que a única pessoa que tinha culpa em tudo fosse eu.

Dei meia volta e voltei para o covil onde minhas tias e Lindsay estavam.

Lindsay continuava mexendo nos cukes, enquanto minhas tias continuavam na bancada. Eu me sentia obrigada a sorrir, não por falsidade, mas para transmitir alguma confiança, até para mim mesma.
  • Posso colori-los com você? – perguntei a Lindsay, que pegou uma embalagem de Fini. 
  • Pode – ela me deu permissão e hesitou um pouco. 
Margareth batia outro bolo, ainda falando com a irma. Eu não sabia muito da vida delas. Falava com meus parentes na Pascoa e no Natal, no que se resumia em um telefonema. Depois que meu pai morreu, bom, nem me lembrava que elas existiam. Às vezes me mandavam algum presente e o máximo que eu fazia era responder com um e-mail ou uma ligação.

E, agora, elas estavam aqui querendo saber de mim. Saber se eu estava bem e se tinha me recuperado, digamos, dos meus ataques com minha mãe. Então, eu deveria trata-las bem.

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Eu não aguentava mais olhar para aquela imensidão de bolos ou biscoitos. Minhas tias tinham ficado a manhã inteira fazendo todo o tipo de coisa gordurosa e doce que se possa imaginar. Lindsay e eu ficamos na parte de enfeites, embora eu só jogasse um bando de docinhos encima dos bolos.

Mamãe ficou feliz em me ver empenhada em conviver algumas horas inteiras com minhas tias. E, para falar a verdade, não foi tão ruim. Em nenhum momento elas me perguntaram alguma coisa sobre o internato ou me fizeram lembrar de alguma coisa. Eu realmente não queria me ligar a esse assunto.

Depois de um tempo, ficamos todos na cozinha. Eu só tinha visto tia Carmem uma vez nessa manha, e fora quando ela disse sobre seus velhos tempos nos cabarés de Paris. Não sabia direito o que fazer quando ela parecesse e nem o que falar. Desde pequena eu nunca a vi normal, talvez em algumas lembranças escondidas eu até poderia vê-la como uma senhora comum.

Olhei novamente toda aquela comida na mesa. Meu estomago embrulhou porque eu realmente não conseguia mais comer nada. Lindsay estava sentada ao meu lado terminando de comer um cake, mas nem assim ela se dava o luxo de permanecer calada.

  • Então – ela engoliu todo o cake de uma vez – Preciso te contar o que de diferente tem na escola. Você não pode chegar lá e dar de cara com aquela zona.
Tirei meus olhos dos bolos antes que vomitasse e encarei Lindsay.
  • O que eles fazem não me faz diferença – dei de ombros, vando-a limpar os lábios – E também eu nem sei se quero voltar a falar com eles.
Lindsay me encarou por alguns segundos. Talvez ela pensasse que comigo de volta teria mais liberdade entre as garotas da escola. Tudo bem, eu nunca tive muitas amigas, na verdade tudo se resumia em Lindsay, mas ela parecia querer mais do que ter só a mim. Uma coisa que a rondava era a incerteza se seria aceita no mundo de parabéns, você é uma garota normal do segundo ano.

Confesso que eu já desejei fazer parte desse mundo de garotas. Mas as vezes elas parecem querer o que eu nunca quis. Posso parecer ignorante, mas a mesmice me incomoda demais.
  • Só estava pensando que mais amigos iriam te fazer bem – conseguia sentir na voz dela que estava um pouco chateada – Mas se você acha que fez amigos suficiente lá... – Lindsay suspirou e encarou o prato onde as migalhas do bolo tinham caído.
Me senti mal na mesmo hora. Primeiro, ela estava tentando me ajudar a superar seja lá o que eu tivesse com a minha falta de amigos e, segundo, ela falou sobre meus amigos de... lá. 

Me senti zonza. Tudo bem, meu dia não tinha sido o mais feliz que passei aqui, contudo ajudar minhas tias a fazer tortas foi como uma terapia, como um desses cursos de culinária para baixar a tensão. E então toda a minha alegria foi embora. Desceu pelo ralo. 
  • Hum, olhe – eu quase murmurei, procurando minha voz – Eu não acho que ter mais amizades de lá ou aqui vai fazer muita diferença, mas se você acha que vai ser bom... estou a ouvidos. 
Fiz uma careta assim que terminei de falar. Eu com certeza tinha feito uma burrada em asseitar.

Lindsay sorriu estranhamente. Ela começou a falar e eu não entendia nada. Eu conhecia os nomes, mas as coisas que ela falava para mim não fazia sentido. Passei tempo demais da minha vida apenas assistindo essas pessoas fazerem as coisas. Digamos que eu era a que não sabia falar.

Pensar em estar no mesmo ambiente que elas de novo fez eu estomago embrulhar. Eu estaria de volta e não sabia como eu iria reagir, muito menos elas. Talvez eu estivesse com medo, bom, eu estava com medo.

Escutando Lindsay falar sem parar, comecei a pensar na George Clark. Eu já sentia saudades e talvez ela só aumentasse.

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Finalmente me sentei no sofá depois desse dia longo. Minhas tias foram embora depois do jantar, no qual eu fiquei estranhamente intrigada com o rumo que eu tomaria daqui para frente. Eu iria para à escola na segunda que vem, então eu tinha uma semana para me preparar.

Eu me sentia cansada e com sono. Lindsay também tinha ido, ela havia me dito que eu teria que me acostumar em dormir sozinha no meu quarto. Acho que ela achou que eu iria convida-la para me fazer companhia, mas estava bem longe disso. Eu precisava ficar um pouco sozinha, colocar minha cabeça em ordem – ou pelo menos tentar.

Estava tudo em silencio e eu ainda aprofundava ainda mais meus pensamentos em como tudo ficaria daqui para frente. De repente, a TV ligou.

Minha mãe pulou no sofá, apoiando os pés na mesinha de centro. Seria uma sena bem convencional se eu não estivesse há um tempão sem ter um momento família com ela, até bem antes de ir para George Clark.
  • Então – ela disse, fazendo sua voz mais casual. 
  • Então... – eu repeti, fazendo-a prosseguir.
Ela me olhou por um estante e pegou uma almofada, colocando-a sobre o colo.
  • Como se sente?
Ela me olhava com tanta expectativa que tive vontade de chorar. Eu não tinha nada de bom para contar.
  • Bem – menti. 
  • Hum, ótimo – ela pegou o controle novamente e ficou trocando de canal. Talvez ela só quisesse passar um tempo comigo sem brigas ou sei lá que – Eu só volto a trabalhar na quarta, talvez possamos ir comprar algumas roupas novas para você. 
  • Parece uma boa – eu disse e mordi o lábio. 
Sair poderia ser bom para me desenfurnar.

Ficamos um tempão no sofá, vendo TV e conversando. Para falar a verdade eu não estava prestando muita atenção em nada, eu só queria ficar mais perto da minha mãe. Era estranho pensar em agir como se nada tivesse acontecido, mas por um lado parecia a melhor coisa a ser feita.

Depois, decidir ir dormir.



Eu não precisava abrir os olhos para saber que a luz do sol tomava o quarto. Eu já sentia calor até antes de pensar em me levantar. Mas na verdade eu não queria, não queria sair da cama nessa manha. Alguma coisa estava me mandando ficar ali, sem abrir os olhos e não fazer nada.

Bom, foi o que eu fiz por um tempo.

Até me sentir incomodada.

Estava com uma sessação estranha. Eu até pensei que poderia ser alguma lembrança de um pesadelo que eu tive e nem me lembrava mais, ou só estava estranhando o colchão. Mas isso não me era o bastante.

Ainda grogue, rolei na cama de olhos fechados. Eu até poderia pensar em cair da cama, mas não cai. Fui barrada por um paredão. Um paredão macio e quente. Um paredão macio, quente e que respirava.

Talvez eu estivesse cansada demais para abrir meus olhos de primeira, ou eu não quisesse. Levantei minha mão relutantemente e, então, apertei o paredão. Parecia vivo o bastante para ser uma pessoa e não um zumbi ou qualquer coisa que pudesse me matar.

Meu celebro não conseguia pensar em nada, muito menos quem era aquela pessoa. Mas então, eu cheguei mais perto. Meu coração parou. Ainda estava de olhos fechados, mas eu sentia aquele cheiro. Meu Deus, eu conhecia aquele cheiro maravilhoso. Cada parte de mim reconheceria aquilo em qualquer lugar, em qualquer momento. Aquilo estava grudado em mim e nunca iria sair.

Rapidamente abri meus olhos. No começo estava tudo embaçado e eu não conseguia ver muita coisa por causa da luz do sol, mas depois... depois eu desejei não ter acordado naquela manha. Não desejei mais acordar em manha nenhuma.

Era ele ali. Era ele deitado sobre a minha cama. Não conseguia ver direito a posição em que ele estava pelo fato de eu estar embaixo das cobertas e sem um avesseiro, então eu estava em um nível menor do qual ele estava. Só conseguir ver seu rosto pensativo, contudo relaxado.

Depois de um momento, em que ninguém se mexeu, minha ficha caiu. Que diabos estava acontecendo?

Dei um pulo para ficar de joelhos sobre a cama, mas eu estava enroscada demais nas cobertas e voltei contra, batendo com tudo. Pareceu uma eternidade para librar-me das cobertas, porém foram segundos.

Eu sentia meu coração martelando no peito. O som do mundo parecia ter sido deixado no ultimo volume, me fazendo escutar minha respiração e meu sangue fluindo pela cabeça. Meus músculos ficaram tensos e minha garganta seca. Dei impulso novamente e dessa vez conseguir ficar de joelhos, embora parecessem trémulos.

Agora eu conseguia ver como ele estava. Os braços estavam cruzados sobre a barriga, usava uma roupa escura e estava descalço. Eu tinha medo de olhar em seu rosto. Parte de mim queria mais do que tudo, mas outra parte – que era completamente minima, porem existia – ecoava no meu sentido e me bloqueava, porque sabia as consequências.

E, enquanto eu pensava do que diabos era aquilo tudo, meu fim chegou – será que chegou mesmo? – me levando a uma sensação nojenta de que eu não conseguiria viver sem aquele ser.
  • Oi – suave e impecável, a voz de Zayn ecoou pelo meu quarto imundado pela luz do sol. 
Minha cabeça rodopiou por um estante e depois focou no seu rosto. Tive vontade de gritar para mandar ele sair e nunca mais sair ao mesmo tempo. Minha cabeça estava uma confusão. Não tinha ideia do que estava acontecendo e como ele chegou ali. 

Eu tentava puxar o ar para os pulmões, mas eu estava sendo impedida. Não havia ar suficiente no mundo ou eu me esqueci de como se respirava. Eu precisava achar um meio de sair dali o mais rápido possível. Teria que achar um modo de me desconectar de seus olhos e me mexer. Acho que não pisquei por um bom tempo porque meus olhos começaram a arder.

Finalmente conseguir puxar uma lufada de ar e me concentrar na situação em que estava. 

Zayn me olhava tranquilo e lindamente deitado na minha cama, como se aquilo não fosse estranho. Seus olhos piscavam como se ele estivesse olhando para algo natural. Não que eu não fosse natural, mas como se o fato de eu estar ali fosse normal

Ainda sentia meu coração batendo muito forte, quase descontroladamente. Será que deveria falar alguma coisa ou sair correndo? Não conseguia pensar em nada, apenas olhar para seu rosto perfeito. Estava exatamente como na minha memoria recente. Impecavelmente perfeito. Perfeito e perfeito.
  • Oi – foi o que eu conseguir dizer, ou pele menos grunhir. 
Minha voz saiu vacilante e baixa. Não sei nem se ele tinha conseguido escutar, mas acho que sim. Um sorrisinho sacana escapou de seus lábios perfeitos. Me controlei mentalmente para não ataca-los.
  • O que acontecendo? – fechei os olhos para me concentrar. 
  • Nada, oras – sua voz soou como um anestesio para meu descontrolamento, como se numa hora fosse minha morte e em outra como um relaxante. 
Senti ele se mexer na cama. Abri meus olhos um pouquinho e o vi minimamente mais ereto, com as costas batendo um pouco na cabeceira. Meu estomago se embrulhou e senti parte de mim ceder. Ele estava ali e eu aqui. Como isso poderia acontecer? 

Ele olhou para mim com uma coisa que pensei ser ternura, com seus olhos perfeitos brilhando na luz que saia da janela. Tudo bem, eu não gostava muito da luz do sol em mim, mas nele ficava surreal. Ele era lindo de qualquer jeito, então isso só era mais um complemento. Seus olhos pareciam ficar mais claros e cintilando a todo momento. 

Tive de tirar esses pensamentos da minha cabeça também, antes que fizesse um loucura.
  • C-como você chegou aqui? – palmas para mim, consegui terminar uma frase! 
  • Com as pernas? – ele disse zombando de mim. Sua voz parecia tão melosa e calma. 
Engoli a seco. 

Eu estava muito perto dele. Minha cama não era tão grande assim, mas também eu tinha me encolhido no canto. Talvez eu estivesse com medo dele ou sei lá. 
  • Eu não entendo – disse mais para mim do que para dele – Não... não. Como é que... – apontei para minha cama desarrumada – você apareceu aqui? Deus, minha mãe sabe disso?
Ele deu de ombros e suspirou. Seu peito subindo e descendo gradativamente, como uma miragem. Acho que se eu estivesse no deserto, louca de sede, em vez de aparecer uma miragem de um lago cheiro de água, iria aparecer Zayn.

Eu já sentia meu rosto ficando pálido, enquanto minha cabeça trabalhava para achar um explicação lógica. Ele suspirou e me olhou, talvez ficando impaciente. 

Sua mão esticou até mim, sinalizando para chegar mais perto. Eu hesitei. Não tinha certeza no que fazer, mas ele sabia. Busquei em minha memoria como tinha ficado nosso estado de relacionamento quando eu meti o pé da George Clark, e não achei coias boas. Meu coração doeu mais do que estava doendo depois disso.

Mas bem, ele estava aqui. Algum motivo ele tinha e, se eu encostasse nele nada iria acontecer, iria?

Levantei minha mão devagar, eu temia o que poderia acontecer. Puxei o ar o máximo que eu conseguir e depois soltei. Minha mão encostou na dele e me arrepiei. Era quente e macia, me dava uma melhor sensação.

Zayn me puxou e eu fui como uma pena para o encontro dele. Eu até poderia sentir seu halito, seu cheiro e ouvir seu risinho baixinho. Tudo isso formando uma formula para me liquidar.

Meu coração foi a mil. Ele passou as mãos por mim e bem, bem devagar foi me deitando na cama. Se, se eu quisesse poderia impedi-lo, mas isso era uma grande e horrível se. Eu não iria impedi-lo, nunca.

E, depois do que pareceu um século perfeito olhando para seus olhos, senti o colchão embaixo de mim. Os braços dele esticados e as palmas das mãos sustentando seu corpo. Eu estava nervosa, suando pelas mãos e minha respiração parecendo um cachorro ofegante. Eu tinha certeza que estava horrível, ainda mais por ter acabado de acordar. Meu cabelo com certeza estava desgrenhado e meu rosto inchado.
  • Como é que você pôde? – meu murmurei, perdendo minhas estribeiras. 
Eu fiquei cansada de repente, como se o peso do mundo estivesse sobre mim. Meus olhos ficaram cansados de olhar qualquer coisas que não fosse o rosto dele. Só ele parecia me prender ao mundo. 
  • Esqueceu que eu posso tudo? – sua voz bateu contra meu rosto, questionando-me pela primeira vez se aquilo fosse real. 
Zayn deu um sorrisinho lindo, mordendo o interior da bochecha. Isso o deixou inteiramente sexy, embora eu tivesse certeza que não foi a intenção. 

Ele desceu mais o rosto, até ficar a centímetros do meu. Eu iria desmaiar a qualquer hora. 
  • Você nunca vai esquecer de mim.
E assim eu senti sua boca tocar meus lábios pálidos. Bem devagar ele puxou a ponta do meu lábio inferior. Me sentia como se tivesse um vácuo na minha barriga. Minhas pernas estavam bambas e tremulas. 

Deus, isso parecia o Céu e o Inferno!

Abri meus olhos bem devagar e o olhei. Fiquei admirando seu rosto e de repente, tremeluziu. Foquei ainda mais meus olhos nele e pareceu ficar transparente. Foi diminuindo gradativamente enquanto eu me contorcia. 
  • Mas o que... – minha voz falhou.
Dei um pulo para frente, esticando minha mão para o vazio do meu quarto. Estava tudo escuro, não havia luz. Meu rosto estava suado e meu coração pulsando. Eu não sabia se estava respirando. Não ouvia nada e meus olhos ainda não estavam acostumados com o escuro. 

Engoli a seco e tirei as cobertas de cima de mim. Me sentia quente e eufórica com alguma coisa. Quando percebi, minhas mãos ainda tateavam o escuro, procurando algo, ou alguém.

Eu estava ficando maluca, era isso. Eu iria entrar em colapso. 

Me joguei sobre à cama, fitando o escuro. Algo dentro de mim queria sumir e outra parte ir para a George Clark, mesmo que eu fosse nadando. Eu estava confusa, até me sentindo doída. Tinha sonhado com ele, eu tinha sentido dele realmente. Poderia dizer que aquilo era real. Eu o senti. Tenho certeza.

Fechei os olhos e fiquei tentando decidir-me se aquilo foi um sonho ou um pesadelo.

CONTINUA...
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MEO DEOS EU VOLTEI!
Gente, que correria foi essa? 

Durante o mês de novembro, eu não tive tempo para absolutamente nada. Foram minhas provas finas na escola e meus exames para entrar em escolas técnicas. E bom, tenho uma única noticia boa ate agora: não repeti de ano :D

Porem, sobre meus exames eu tenho uma notícia ridícula e humilhante. Eu acho que não consegui passar para nenhuma escola. Sim, meu curso não valeu de nada e eu realmente me sinto uma fracassada. Eu queria muito, muito passar, mas não deu. Meu melhor não foi o bastante, me desculpem. 

Orem por mim no dia 13 de janeiro, irá sair o resultado da escola que eu quero passar e eu ainda tenho esperanças. Gente, me ajudem!

Mas eu voltei com Change My Mind e vou ter mais tempo, embora minha mãe esteja me escravizando. 

Peço muito obrigada a vocês. Sobre os comentários do capitulo passado, o que foi aquilo? WHAT THE HELL? Gente, toda vez que aparecia um novo meu coração disparava. Eu amo demais vocês, muito. Me desculpem por qualquer coisa, eu sinto muito. 

E sobre a novidade:

Alguém ai já ouviu falar de Yaoi? Lemom? Para quem já, sigam-me bons! 

Eu comecei uma fic Lilo lá, quem gosta, pode vir falar comigo, no facebook, twitter e até no próprio Anime Spirit, onde eu posto e é meu sonho arrumar tempo para postar CMM lá. 

Meu minhas fics : http://socialspirit.com.br/melziam/fanfics (só para quem gosta de Lemom)

MUITO OBRIGADA, CARALHO NEM ACREDITO! EU AMO VOCÊS <3 

Por favor, todas que leem, me adicionem no facebook, assim posso avisa-las quando tiver capítulos novos. Muito obrigada.

Meu facebook : https://www.facebook.com/melyssa.mello.9
@ziampau & @ziamaricas

7 comentários:

  1. Aahhhhhh meo deos que perfeitoooooo continua ! *-*

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  2. Aaaaaaaaiiinn que perfeitamente perfeito!!! Simm, você quer nos matar, né?! Como você pôde fazer isso com nós??!! Nos fazer sonhar com Zayn e ser um simples mero sonhoo!! Nós precisamos voltar pra George Clark!!! Ou Zayn vim pra cá, só acho...kkkkkkkk.. Enfim, ta perfeitamente perfeito!! Continuaaa, por favoooor, favorzinhoo!! Também amamos você gata do arrocha ❤❤

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  3. Perfeitooooooooooooooooooooooo! continua.. <3

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  4. Milena (MinhaFanfic1D)12 de dezembro de 2014 às 16:05

    Lord, eu realmente achei que ele tinha me procurado ... ee fui enganada kkkkk
    Ta lindo, perfeito continue please
    Bjoo

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  5. fui enganada :( ......mais sua fic ta perfeita continua voce escreve muito muito bem
    Xx jessie

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  6. Ansiosa continua por favor !

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  7. e.e voce voltou \o/
    mas gnt ela não tá bem, tá ficando maluca, ela precisa voltar pra George Clark de algum jeito
    estou necessitando dos próximos capitulos, continuaaaa
    bj u.u ♡ ♡

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