~~ VOCÊ ON ~~
Minha semana tinha sido até boa. Os dias estavam passando de uma forma estranhamente rápida e sem nenhuma outra extravagância em relação a os acontecimentos. Algumas pessoas ainda falavam sobre o namoro de Izy com Liam ( Quem ai é Lizy shipper? Eu sou u.u ), oque ainda rendeu muitas outras fofocas entre esse povo.
Depois do dia que veio a tona toda essa historia, eu estava feliz por Izy e Liam terem se acertado, talvez esse seria o começo de uma nova faze entre as pessoas. Eu estava entretida de mais com as coisas que estavam acontecendo com as pessoas que eu gostava, e talvez, esquecendo um pouco de mim, esquecendo um pouco do que eu deixei para trás.
A noite já caia fria, era uma quarta feira. Não tivemos duplas hoje, oque com certeza mexeu com minha rotina de dias perto de Zayn. Não importava se eu não podia toca-lo, mas só de estar em seu lado era suficiente para que eu me sentisse bem, realmente bem. Eu ainda estava tentando me acostumar com a ideia de contar para alguém, mais isso tudo ainda era um ''talvez''.
Estávamos todos sentados na mesa de sempre no refeitório. Eu parecia inquieta. Passar três dias sem estar à 30 centímetros de Zayn me fazia mal. Okay, eu via ele todos os dias, eu via seu sorriso – embora nem todos fossem para mim. Mas... algo estava errado. Não era só isso, era alguma coisa a mais... eu acho que até importante.
Fiquei em meu lugar privilegiado em frente a mesa de Zayn, que também se sentou no mesmo lugar. Ele parecia com sono e apoiava a cabeça nas mãos que estavam apoiadas na mesa. A conversa rolava na mesa e eu apenas assentia entediada. Ele levantou a cabeça e fez o mesmo sinal de sempre. Eu sabia que sinal era aquele, ele virava a cabeça em direção a porta, e olhava para mim, ou para minha mesa.
Eu sorri e olhei para baixo, fitando meu prato.
Eu sorri e olhei para baixo, fitando meu prato.
Me levantei da mesa. Não sabia se iria passar despercebida, mas a principio deu certo.
Eu sabia que Zayn estava vindo atrás de mim.
Estava andando pelo segundo corredor depois da entrada do refeitório. O Jardim de Inverno ficava mais afastado, então acho que por isso quase ninguém gostava de andar até lá. Eu devia estar sorridente. Eu não sentia nada, só queria chegar ao mais rápido possível ao jardim.
Quando virei um corredor, encontrei a secretaria de Madalena, Sara. Ela sorriu e veio até mim, me parando.
- Ai está você – ela me parou, colocando uma das mãos em meu ombro e me guidando para frente – Madalena que falar com você.
Engoli em seco. Meu celebro tentou lembrar de alguma coisa errada que fiz na semana passada, mas eu não me recordava de nada. Será que foi o numero de trabalhos não entregados? Se fosse isso, Zayn também seria chamado.
- Oque ela quer comigo? – tentei não gaguejar.
- Não sei querida – ela sorriu – Mas não fique preocupada. Se fosse muito serio ela viria te chamar.
Ajudou muito. Enquanto eu me arrastava e tentava seguir a sala junto com Sara, Zayn passou por nós. Ele diminuiu o passo quando me viu e ficou encarando a sena por um segundo.
- Algum problema sr. Malik? – Sara se virou para ele, que não expressou nenhuma reação.
- Não. – ele disse, me encarou depois voltou olhar para Sara – Será que a biblioteca ainda esta aberta?
- Não sei. Não sou a guia da biblioteca. – disse ríspida – Mas alguma coisa?
Ele balançou a cabeça e sorriu.
- Obrigada pela ajuda. – ele diminuiu o passo e foi ficando para trás.
Girei minha cabeça e o vi. Fiz sinal para que ele pudesse ir para o Jardim de Inverno. Eu acho que ele assentiu.
Sara me deixou sentada em uma das cadeiras de espera da sala de Madalena. Ela se sentou em sua cadeira, e ficou lá, mexendo em alguma coisa no computador. Comecei a ficar inquieta, oque era isso tudo? Logo agora a diretora me chama. Tudo bem, nada vai acontecer.
A porta se abriu. Ela sorriu e fez sinal para que eu entrasse. Normalmente nós, alunos, nunca víamos ela, só quando a coisa era seria ou mensagens formais de nossos pais. Será que...? Não. Isso não. Entrei na sala e me sentei na cadeira em frente a sua mesa. Ela estava sorridente, então acho que não era assim tão ruim.
Madalena não era tão velha e nem rabugenta, talvez fosse a convivência com os adolescentes.
- Você já deve saber o porquê de estar aqui – ela disse sorridente.
Eu arregalei os olhos. Por que eu estava aqui? Meu coração começou a acelerar.
- Eu... – pigarrei para tentar não sair com a voz falha – Eu sinceramente não sei.
- Ah – ela disse, e se sentou na cadeira de sua mesa – Bom, então...
Ela abriu a gaveta e tirou um envelope beje não muito pequeno. Eu apenas estava observando. Ela me encarou e continuou:
- Sua mãe pediu para te entregar – ela estendeu a mão e me entregou o envelope – Estarei responsável por você quando ir para o aeroporto.
Mãe. Minha mãe. Minhas lembranças de um passado ruim.
- Aeroporto? – falei de olhos fechados, tentando expulsar imagens ruins da minha cabeça.
- Sim – ela disse, confortável – Te levarei ao aeroporto, mas depois disso você ficara por sua conta. Abra o envelope.
Eu a fitei e depois me dei conta de abrir. O papel quase caiu da minha mão, mas enfim consegui. Continha um papel vermelho dobrado e outro mais grosso. Primeiro peguei o papel vermelho. O abri e sussurrei as palavras:
´´Que todos os seus sonhos se realizem, começando por este. Feliz Aniversário.
Com amor, Mamãe´´
Feliz Aniversário.
Aniversário.
Feliz.
Minha cabeça girou. A noção de contar o tempo, por um momento, pareceu insignificante, mas agora era preciso. Eu não sabia que tinha ficado tanto tempo assim. Quem eu estava tentando enganar? A mim mesma? Eu não posso acreditar. Meu aniversário estava chegando. Meu aniversário.
Peguei o outro papel dentro do envelope. Minhas mãos estavam tremendo. O abri e consegui ler oque estava escrito. Era colorido e tinha a imagens de pontos turísticos do mundo inteiro. Foliei e tive minha conclusão. Era uma passagem de avião.
Paris - França.
- Você vai embarcar sexta-feira à noite – Madalena me disse, mas nem prestei atenção – Esta me ouvindo?
- Hãn? Ah, sim sim. – balancei a cabeça – Eu... Isso aqui é verdade?
- Claro – ela disse – Sua mãe esta confiando em você. É um presente. Embarcar sozinha para Paris não é fácil.
Eu ri por dentro. Minha mãe confiando em mim? Há muito tempo mamãe não confiava em mim, eu sempre a decepcionava.
Meu estômago se revirou. Lembrei de mamãe no meu aniversário passado. Por que ela estava fazendo isso? Realizando meus sonhos. Sonhos. Acho que nunca mais tive um. Passei a mão nos cabelos enquanto Madalena me fitava.
- Você esta bem, Seunome? – ela me disse, me fazendo voltar a sala. Eu estava em meio as lembranças borbulhentas do meu aniversário passado.
- Eu estou – menti – Será que agora eu posso ir?
- Claro – ela disse se levantando – Amanha te dou as instruções. Boa noite.
Assenti e já me vi fora de sua sala. Eu deveria estar igual a uma parasita. Joguei minhas costas na parede e fitei o papel em minhas mãos. Eu não estava me sentindo bem. Tudo aqui parecia idiota. Não fazia sentido. Oque tinha mãe tem na cabeça para me deixar ir sozinha à Paris? Isso era meu sonho. Ela sabia disso. Eu já tinha falado disso à ela a muito tempo... e ela lembrou.
Sara não estava mais em sua mesa. Talvez seu expediente tenha acabado. Me lembrei de Zayn. Ele deveria estar me esperando.
Fui me arrastando pelos corredores olhando para o envelope amassado em minhas mãos tremulas. Não sei como consegui chegar a enorme porta de vidro do Jardim. Avistei Zayn longe de mim. Ele estava sentado do chão, encostado da parede de vidro, com as pernas largadas, jogando pedrinhas para o nada.
Andei bem de vagar para onde ele estava. Quando finalmente ele percebeu que eu estava ali, levantou e veio até mim sorridente, mas depois mudou, ficou serio. Talvez por isso eu achasse que meu rosto estava tão mal assim, eu deveria estar com cara de morte.
- Aconteceu alguma coisa? – ele me perguntou passando uma mão para meu ombro, me abraçando de lado.
Eu não respondi, apenas levantei o envelope e o entregando.
Zayn o pegou, continuando com umas das mãos sobre meu ombro, me impedindo de me separar dele.
- Como assim é seu aniversário? – ele me perguntou, com a voz irritada.
- É-é – me embolei para falar – Pelas minhas contas vai cair no domingo.
- E você não fala nada? – ele me observava com uma expressão rude. Aquilo me perturbou ainda mais. Ele ficava mais lindo quando estava irritado.
- Eu nem me dei conta.
Ele se virou completamente para mim e cruzou os braços.
- Não se deu conta? – ele começou – Como você acha que eu me sinto? Eu não sei nada sobre você. É seu aniversário e eu só sei agora. Você deveria me contar as coisas. Quantas coisas eu sei sobre você? Nada. Olhe bem para mim, eu não quero mais não saber de nada. Eu odeio isso. – ele continuava falando, mais sua voz foi diminuindo e eu não prestei mais atenção. Sua voz bagunçava minhas memorias. – Estamos entendidos?
- Sim. Estamos. – eu concordei sem saber oque ele tinha falado.
Ele colocou os braços sobre mim novamente e me abraçou. Afundei minha cabeça em seu ombro, tentando me reergue com seu cheiro. Não ousei em me separar dele, mesmo que demorasse.
- Por que você esta assim? – ele me perguntou, ainda com o braços em volta de mim.
- Eu não percebi que o tempo passou tão rápido – consegui pensar e o responder – Eu não me dei conta que meu aniversário estava chegando.
- É só isso?
- Na verdade não – eu levantei minha cabeça de seu peito e o encarei, sem me desentrelaçar – Minha mãe me deixou viajar sozinha. Zayn, minha mãe esta me dando carta branca. Ou ela pode estar me testando.
- Te testando? – ele me encarou.
- Sim. Minha mãe nunca me deixava sair sozinha. – fitei sua boca que estava perto da minha e observei ele falar.
- Por quê? – ele me olhou – Você sempre me diz que sua mãe não tem confiança em você e que fazia coisas erradas no passado... mas nunca me disse nada sobre isso.
Respirei fundo. Eu iria contar. Eu tinha que contar.
- Depois da... da morte do meu pai, eu não queria mais olhar para minha mãe. Tudo... tudo que ela falou para o meu pai, antes do acidente, nunca saíram da minha cabeça. Então eu me rebelei contra ela. Fazia tudo de errado para chamar a atenção da minha mãe. Eu queria que ela se sentisse culpada pela morte do meu pai.
Zayn me fitava atento. Acho que tinha chegado a hora dele saber mais sobre mim, saber coisas que ninguém sabe. Continuei:
- Então eu acho que minha mãe cansou – dei um longo suspiro. Não sei como eu ainda conseguia falar – Ela sempre quis me ajudar, mas eu nunca queria. Nos tivemos uma conversa. Ali eu pude ver que minha mãe estava cansada, ela não estava vivendo a vida dela. Então eu deixei ela viver. Talvez a culpada por isso tudo seja eu.
- Você não é a culpada – ele disse. Passei-me a observar seus olhos brilhosos – Isso foi só um erro. A vida é assim, não... não precisa se culpar por tudo.
Eu o abracei mais forte. Oque era isso? Logo ele me consolando? Podia ser ridículo, mas era bom. Retirei meus braços de sua cintura, ele me abraçou de lado e me guiou até onde estava antes.
Eu olhava fixa para minha mala encima da cama. Será que eu tinha colocado tudo? Eu nem sabia direito oque levar, oque eu deveria vestir, oque eu precisaria. Depois de me arrastar pelas aulas, corri para o quarto, tentando arrumar minhas coisas. Eu estava nervosa. Eu pensei eu ligar para mamãe – de modo convencional, claro – e pedir obrigado por isso que ela fez, mas não tive coragem.
Decidi oque aquilo era suficiente e a fechei.
Cheguei ao refeitório atrasada. Amanha á essa hora eu já estaria embarcando para Paris, sozinha com meus devaneios. Peguei a bandeja e coloquei qualquer coisa nela. Me sentei na mesa enquanto tentava me concentrar em mastigar e engolir a comida, acho que meu nervosismo não estava me ajudando.
Eu e Zayn. Três palavras que significam uma unica coisa.
Voltei a prestar atenção em suas palavras quando Liam chegou na mesa. Ele me cumprimentou sorrindo de forma gentil, sentando-se no lado de Izy. Ele passou um dos braços pela cintura dela e a puxou. A deu dois beijos doces e depois começou a cochichar algum assunto com ela que a fez rir.
Parei de prestar atenção quando começou a ficar intimo de mais. Voltei a minha posição normal e virei a cabeça, prestando atenção somente nas outras pessoas da mesa. Philip arregalou os olhos para mim rindo, enquanto alternava os olhos para o casal e para mim, de forma engraçada. Eu revirei os olhos e disse '' É o amor'' de forma em que minha voz não saiu, apenas mexi os lábios.
Ele riu mais uma vez me fazendo reprimir cujo o fato do casal estar ao meu lado. Nós estávamos em um tipo de conversa com os olhares, e confesso que estava divertido. E assim passei o resto do jantar.
Era como se tudo tivesse desaparecido. Como se não existisse mais nada. Eu sentia a paz consumindo tudo de ruim que estava em mim. Eu não tinha oxigênio, mas também não precisava. Eu deveria estar sorrindo. Mas claro. Era a melhor sensação. Fui tudo interrompido por algo que bateu contra meu corpo, não doeu, mas acabou com toda a coisa da magia.
Sai de baixo das cobertas e vi ela calçando os tênis.
Desci a escada freneticamente tentando não embolar meus pés e acabar caindo. Corri ao refeitório e as pessoas já começavam a sair. A mesa que sempre ficávamos já estava vazia. Fui andando frustada aos corredores das salas, que estavam mais vazios que o normal.
Foi ali que eu vi ele.
Encostado em um BMW Conversível vermelha, estacionada de maneira irregular. Eu parei imediatamente. Por um breve momento pensei que era um engano, talvez meu celebro tenha pensado muito nele ultimamente. Mas quando ele se virou para mim, eu tive a certeza. Meu coração começou a bombear muito mais rápido. Oque estava acontecendo?
Senti meu rosto queimar.
OE
Gente, esse capitulo não ficou como eu queria, tudo aconteceu muito rápido, mas foi preciso. Peço desculpas se demorei e se ficou muito ruim, mas ele esta ai. Esse capitulo foi escrito em partes, todo dia eu escrevia um pouquinho '-'
O próximo capitulo talvez seja o mais esperado da fanfic inteira rçrçrçrçrç
COMENTEM COMENTEM POR FAVOR <3 A FANFIC SÓ ANDA SE VOCÊS COMENTAREM.
- Paris é? – ele me perguntou, sorrindo.
- É – concordei, olhando para o papel em minhas mãos – Três noites e dois dias em Paris.
- Interessante.
Eu o fitei. Por um momento eu ri, talvez aqui não fosse tão ruim assim. Mamãe sabia de minha fascinação por Paris. Eu sempre a pedi para ir, mas ela nunca deixou. Depois do acidente muito menos. Mas agora eu não sei, não sei oque ela estava querendo me dizer. Eu iria fazer as coisas certas, eu iria deixar de ser a preocupação da minha mãe.
- É um sonho meu ir sozinha – enfatizei a ultima palavra, não sabia de seus pensamentos – Paris sempre foi um lugar em que eu quis ir. Meu pai sempre falava de como era linda.
Ele sorriu. Se ajeitou e ficou em minha frente. Colocou as duas mãos em meu pescoço, prendendo minha visão, eu só poderia olhar para ele.
- Esqueça por um momento dos problemas – ele murmurou – Curta sua viajem. Aproveite seu sonho.
Senti seus lábios me tocarem de uma forma gentil. Eu estava precisando de Zayn. Coloquei uma das minhas mãos em seu rosto, o acariciando enquanto sentia sua boca se movimentar na minha. Afastei seu rosto, mas continuei com minha boca bem perto da sua. Controlei minha respiração antes de tentar falar alguma coisa.
- Viajo depois de amanha – eu disse, segurando seu rosto enquanto ele colocava as mãos em minha cintura – Tenho que arrumar minhas coisas.
- Você ainda tem um dia para arrumar – ele sorriu e me beijou outra vez, mas dessa vez mais intenso.
Senti suas mãos passarem pelo meu corpo. Eu deixei. Aquilo era bom... estar com Zayn era bom. Sua boca era deliciosamente apetitosa, não tinha como resistir a nada. Ele era incrivelmente perfeito.
- Agora é serio – eu ri contra seu pescoço, o abraçando – Preciso ir.
Ele foi me soltando devagar e sorriu.
- Boa noite – ele disse.
Como sempre ele ficava ali, enquanto eu voltava. Peguei o papel o meu bolço e li novamente as palavras da minha mãe.
Comecei a me animar.
***
- Mas você vai sozinha? – Philip me perguntou na manhã seguinte, enquanto eu me sentava na mesa do refeitório com minha bandeja de café da manha.
- Sim – sorri – É meu aniversário.
- Não é perigoso? – ele me perguntou, mexendo na comida.
- Não é, Philip – Emily disse e olhou para mim – É seu aniversário e quero que seja feliz. Então acho que nós não vamos mais te encher o saco falando que pode ser perigoso – ela sorriu para mim e olhou para Philip.
- Okay então – ele disse e depois voltou a sorrir despreocupado – Boa viajem para Paris.
- Quem vai para Paris? – Liam apareceu na mesa junto com Izy, não me dando tempo de agradecer.
- Seunome – Izy respondeu para o namorado que se sentava na mesa junto com ela.
- Presente de aniversário – eu disse e sorri.
Liam começou a falar sobre Paris para mim. Eu tentava gravar alguns nomes de pontos turísticos que eu não conhecia. Pelo oque eu pude entender, mamãe fez a reserva para mim em um ótimo hotel, bem no centro. Isso tinha sido uma carta de mestre. Será que ela estava querendo me agradar pelo fracasso que foi meu aniversário passado? Em que ela e papai ficaram brigando o tempo inteiro? Talvez fosse. Ela nunca se perdoou por ter incentivado uma briga com ele bem no dia do meu aniversario.
Depois do café, fui para a sala. Hoje nos dois primeiros tempos teria duplas. Zayn como sempre estava sentado em sua mesa, talvez a minha espera, mas sem demostrar nada. Me sentei ao seu lado e tentei não sorrir, afinal era aula de matemática e para os olhos das pessoas, ele para mim era um babaca.
Decidi oque aquilo era suficiente e a fechei.
Cheguei ao refeitório atrasada. Amanha á essa hora eu já estaria embarcando para Paris, sozinha com meus devaneios. Peguei a bandeja e coloquei qualquer coisa nela. Me sentei na mesa enquanto tentava me concentrar em mastigar e engolir a comida, acho que meu nervosismo não estava me ajudando.
- Tudo pronto para amanha? – Izy murmurou perto do meu ouvido, enquanto eu me concentrava meus olhos em minha bandeja.
Assenti enquanto colocava mais um pedaço de carne na boca. Remexi mais uma vez na comida e me dei por satisfeita. Me virei para ela e fitei seus olhos azuis. Pensei em contar tudo, tudo que parecia engasgado na minha garganta. Todos os meus sentimentos sofridos, todos os meus encantos, toda a minha nova historia.
- Oque foi? – ela sorriu e achei que fiz ela ficar sem graça.
- Izy eu... eu – me embolei. Talvez isso fosse muito importante para mim. Tão importante que seria até digno de nervosismo – Eu queria pedir sua opinião sobre oque eu devo levar. Não sei oque vou precisar.
Ela sorriu e me encarou.
- Ah, claro – disse animada, me encorajando com o olhar a continuar a sorrir – Será ótimo. Pelas previsões meteorológicas você vai precisar de muito casaco, mas vamos ver oque conseguimos do seu guarda roupa.
Ela continuou a falar sobre casacos enquanto meu celebro tentava se recuperar das minhas sanidades mentais. Eu queria contar para ela. Eu deveria. Mas eu não sabia como iria ser... não saberia que eu e Zayn sobreviveríamos até amanha. Eu não sabia se isso iria durar, embora meu coração quase enfartasse toda vez em que eu o vejo.
Eu e Zayn. Três palavras que significam uma unica coisa.
Voltei a prestar atenção em suas palavras quando Liam chegou na mesa. Ele me cumprimentou sorrindo de forma gentil, sentando-se no lado de Izy. Ele passou um dos braços pela cintura dela e a puxou. A deu dois beijos doces e depois começou a cochichar algum assunto com ela que a fez rir.
Parei de prestar atenção quando começou a ficar intimo de mais. Voltei a minha posição normal e virei a cabeça, prestando atenção somente nas outras pessoas da mesa. Philip arregalou os olhos para mim rindo, enquanto alternava os olhos para o casal e para mim, de forma engraçada. Eu revirei os olhos e disse '' É o amor'' de forma em que minha voz não saiu, apenas mexi os lábios.
Ele riu mais uma vez me fazendo reprimir cujo o fato do casal estar ao meu lado. Nós estávamos em um tipo de conversa com os olhares, e confesso que estava divertido. E assim passei o resto do jantar.
***
Era como se tudo tivesse desaparecido. Como se não existisse mais nada. Eu sentia a paz consumindo tudo de ruim que estava em mim. Eu não tinha oxigênio, mas também não precisava. Eu deveria estar sorrindo. Mas claro. Era a melhor sensação. Fui tudo interrompido por algo que bateu contra meu corpo, não doeu, mas acabou com toda a coisa da magia.
- É a terceira vez, Seunome – a voz de Emily entrou em meu sonho – Não vou te chamar mais – outra coisa bateu novamente sobre meu corpo – Agora é a quarta. Acorda!
Sai de baixo das cobertas e vi ela calçando os tênis.
- Você esta atrasada – ela disse indo até a pota do guada roupa – Vai perder o café.
Tirei de cima de mim os travesseiros que ela tinha jogado e me pus te pé. Fui até o banheiro me arrastando. Voltei ao quarto e ela estava arrumando o material.
- Cadê todo mundo? – eu disse, enquanto tentava me arrumar rápido.
- Já foram – ela disse jogando a bolça sobre os ombros – Ninguém mandou você ficar até tarde rearrumando a mala. Esta muito atrasada.
- Okay, mom – ela riu de minha piadinha sem graça e saiu porta a fora.
- Atrasada? – a voz dele soou contra meu pescoço. Por um momento, esqueci oque era respirar. Ele chegou tão perto sem fazer nenhum barulho...
Me virei e fitei seus olhos. Meu corpo se arrepiou, como se uma onda elétrica tivesse surgido.
- Fiquei arrumando as coisas para a viajem – disse sem soltar os olhos de seu rosto.
- Ah, sim – ele sorriu.
- Eu... eu vou entrar na sala – eu estava começando a ficar desnorteada. Esse era um dos efeitos de Zayn.
- Aula de educação física – ele puxou meu braço, me fazendo rigar. Bati meu corpo contra o seu.
A sensação te telo perto de mim era a melhor de todas. Sem pensar segurei seus braços, olhando para ele firme. Eu tinha me encontrado com ele ontem, mas ele parecia distante, mesmo falando pelos cotovelos.
- Eu... eu acho melhor eu ir para a aula – eu disse mas ele me segurou de novo.
- Nós vamos para a aula – Zayn me corrigiu, levantando um dos braços em direção a quadra de esportes – Duplas, lembra? Você estava demorando.
Eu arfei e segui em direção aonde seus braços mandavam. Ele me seguiu em silencio até o próximo corredor, quando eu parei.
- Tenho que ir no vestiário – troquei de direção – Pode ir. Já estou indo.
Ele assentiu.
Quando voltei a área de esportes novamente, o tempo estava nublado. Ainda estava sedo, mas eu não tinha nenhum palpite se o sol podia dar as caras hoje. Estavam todos em uma roda e a professora no meio. Quando me juntei a roda, ela me olhou com uma cara feia mas a ignorei. Percebi que as pessoas não estavam juntas as suas duplas, então não fiquei ao lado de Zayn.
Como em todas as aulas, eu me arrastava na quadra de basquete, enquanto Zayn comandava o jogo. Me joguei em uma das cadeiras de espera para jogar que ficavam atrás a quadra, tentando me concentrar para não ter um ataque cardíaco e morrer antes de embarcar.
Ele foi comemorar com Harry pelo fato deles terem ganhado a partida, enquanto Julia, que fazia dupla com Harry, se sentou ao meu lado. Ela estava com a respiração descontrolado e com a cabelo grudado nas costas.
Quando voltei a área de esportes novamente, o tempo estava nublado. Ainda estava sedo, mas eu não tinha nenhum palpite se o sol podia dar as caras hoje. Estavam todos em uma roda e a professora no meio. Quando me juntei a roda, ela me olhou com uma cara feia mas a ignorei. Percebi que as pessoas não estavam juntas as suas duplas, então não fiquei ao lado de Zayn.
Como em todas as aulas, eu me arrastava na quadra de basquete, enquanto Zayn comandava o jogo. Me joguei em uma das cadeiras de espera para jogar que ficavam atrás a quadra, tentando me concentrar para não ter um ataque cardíaco e morrer antes de embarcar.
- Você deveria se esforçar mais – abri os olhos e vi Zayn em pé a minha frente, com o rosto molhado e o cabelo desgrenhado. Isso não era o normal dele.
- Não gosto de esportes – fechei meus olhos, colocando meu cabelo de um lado só – Mas parabéns por ter ganhado o jogo – respirei fundo tentando voltar a minha respiração normal.
Ele sorriu estufando o peito como se aquilo fosse algo grandioso e comum. Ele estava de braços cruzados observando o outro jogo que rolava na quadra. Zayn estava virado, me dando a visão de suas costas molhadas, que estava colada na pele. Desvirei os olhos quando a dupla que ganhou se juntou ao banco comigo.
Ele foi comemorar com Harry pelo fato deles terem ganhado a partida, enquanto Julia, que fazia dupla com Harry, se sentou ao meu lado. Ela estava com a respiração descontrolado e com a cabelo grudado nas costas.
- Não existe a palavra perder quando se trata de Harry – ela conseguiu dizer enquanto amarrava o cabelo em um coque alto.
- Eu que o diga – ri enquanto ela se jogava para trás na cadeira.
Outras duplas se juntaram a nós naquela parte. A parte dos ganhadores.
Passei o resto das aulas me preparando psicologicamente para não surtar. Em pensar que em todo esse tempo eu estava tão próximo a Paris... O ultimo sinal tocou e meu estomago se revirou. A hora era agora? Já? Sai despreocupadamente do meu lugar, em meio a bagunça dos alunos querendo passar um a frente o outro. Zayn parou ao meu lado, enquanto a fila prosseguia devagar.
- Boa viagem – ele murmurou.
Virei o rosto em sua direção. Ele estava sorrindo de um modo estranho... empolgado de mais.
- O-obrigada – murmurei de volta.
Ele sorriu mais uma vez e me aprecei. Madalena tinha me dado as instruções; eu teria que ir ao meu quarto, pegar minha mala e a esperar no portão principal. Assim fiz, mas antes dei um abraço em cada uma das meninas, elas foram comigo até o portão.
Coloquei meu casaco assim que o carro estacionou, nos deixando na porta central do maior aeroporto da cidade. O motorista tirou minha mala o porta-malas e fui arrastando ela graças a rodinha. Eu não via mais o sol. Madalena me guiou até a fila no check-in, entrando em uma fila especial. Pessoa importantes nunca pegam fila.
Ela falava com a mulher, resolvendo a papelada da minha viagem, já que eu ainda – pelo menos legalmente – não poderia viajar sem autorização dos meus pais. Eu estava perdida em meus pensamentos, inquieta. Ela me ajudou a despachar minha mala.
- Você tem que tirar muita foto. Quero saber de tudo que você fez lá – Alex me dizia enquanto eu esperava, com minhas mãos nervosas sobre a alça da mala de rodinha – Vou checar meu e-mail todos os dias esperando suas fotos.
- Você não é o diário de bordo dela, Alex – Emily disse rindo da sena – Boa viagem.
Ela me abraçou e depois Alex voltou a falar, fazendo Emily revirar os olhos e rir. Eu saiba que elas estavam tentando me animar, mas estavam me deixando muito mais nervosa. Izy apareceu do lado de Madalena, que ficou sorridente.
- São poucos minutos de Londres a Paris – Izy murmurou no meu ouvido enquanto me abraçava – Vai ficar tudo bem. Aproveite.
Eu sorri com toda a intensidade que consegui. Julia me deu o último abraço e entrei no sedã K4 preto fosco que pertencia a escola. O carro estava gelado e, nem o motorista nem Madalena falavam nada. Tentei me concentrar na paisagem, para ver se meu nervosismo se decepasse, mas sem sucesso. Talvez isso seja um efeito colateral de se estar realizando um sonho.
Coloquei meu casaco assim que o carro estacionou, nos deixando na porta central do maior aeroporto da cidade. O motorista tirou minha mala o porta-malas e fui arrastando ela graças a rodinha. Eu não via mais o sol. Madalena me guiou até a fila no check-in, entrando em uma fila especial. Pessoa importantes nunca pegam fila.
Ela falava com a mulher, resolvendo a papelada da minha viagem, já que eu ainda – pelo menos legalmente – não poderia viajar sem autorização dos meus pais. Eu estava perdida em meus pensamentos, inquieta. Ela me ajudou a despachar minha mala.
- Você esta bem? – ela me perguntou, enquanto seguíamos para a sala de espera.
- Sim – menti e olhei para o chão.
- Sua mãe esta confiando muito em você – Madalena sorriu, talvez entanto tirar um pouco do peso de responsabilidade que se cabia em mim.
- Eu... eu sei – sorri e de volta – Tá tudo pronto? Não precisa mais fazer nada?
- Tudo esta pronto. Agora é só esperar mais uns 40 minutos e você embarca.
Sorri e me sentei na cadeira. Madalena se sentou ao meu lado e ficou prestando atenção no que passava na televisão. Fiquei parada observando a movimentação as pessoas lá fora no saguão, tentado esparecer. Acabou que o tempo passou mais rápido.
Não demorei para achar meu lugar perfeitamente confortável na primeira classe. Mamãe estava realmente brincando comigo. Coloquei minha bolça sobre a prateleira de cima da minha poltrona e me sentei. Estava tudo silencioso. Alguns minutos ouvimos toda aquela baboseira que os pilotos falam e finalmente o avião deu partida.
Me ofereceram algumas comidas, mas realmente, fome era a ultima coisa que eu estava sentindo.
45 minutos.
Levou quarenta e cinco minutos. Pensei que duraria mais. Porém, agora eu estava em Paris!
Quando recebi o recado que o avião tinha pousado em solo Francês em segurança, sorri instantaneamente. Eu estava respirando ar francês. Tirei minha bolça da estante e fui direcionada pela aeromoça a seguir para fora o avião. Esperei minha mala impaciente, batendo o pé no chão para tentar acabar com a tenção.
Finalmente minha mala apareceu e fui busca-la. Era claro que não iria ter ninguém me esperando no saguão, então segui as instruções do papel que Madalena tinha me dado. Como pegar o táxi e o endereço do meu hotel. Eu estava confusa com toda aquela gente. Eles pareciam mais calmos e falavam mais baixo. Se eu estava ali, agiria como tal e se mamãe me depositou essa confiança, eu teria que honra-la.
Me animei mais ainda quando olhei para a porta giratória a minha frente. Lá estaria oque eu sempre quis.
Engoli em seco e sai porta a fora. Ele seguiu ao meu lado me mostrando por aonde eu deveria andar. Já era noite e o frio começava a passar por mim.- Srta. Collins? – ouvi uma voz um pouco alta. Me virei e vi um homem branco, de cabelo penteado para trás, de terno preto.
- Sim – eu o observei – O que foi?
- Por favor – ele estendeu a mão em direção a outra porta de saída, não muito longe da qual eu iria sair – Me acompanhe.
- Você é alguém que minha mãe mandou? – eu disse, enquanto eu andava relutante ao seu lado – Porque ela não me disse nada, e se eu foi para algum lugar com você eu tenho que ligar para ela por...
- Senhorita, só me acompanhe – ele me disse, com um pequeno sotaque francês.
Foi ali que eu vi ele.
Encostado em um BMW Conversível vermelha, estacionada de maneira irregular. Eu parei imediatamente. Por um breve momento pensei que era um engano, talvez meu celebro tenha pensado muito nele ultimamente. Mas quando ele se virou para mim, eu tive a certeza. Meu coração começou a bombear muito mais rápido. Oque estava acontecendo?
- Pensei que iria demorar mais – ele me disse, enquanto sorria para o cara ao meu lado.
- Oque diabos você esta fazendo aqui? – senti meu rosto esquentar.
- Oras, vim te acompanhar – ele deu de ombros e sorriu perfeitamente. Se eu não estivesse tão irritada eu iria sorrir e me desmanchar ali.
- Desculpe, mas não era pra você estar aqui – eu disse, e tentei dar meia volta, mas bati de frente com o cara de terno.
- Vamos Seunome – ele disse alegremente para mim – Você não sabe onde é minha casa.
- Sua casa? – revirei os olhos. Era claro que ele tinha uma casa do lugar mais rico de Paris – Eu tenho meu hotel.
- Eu já cuidei de tudo lá – Zayn trocou de posição no carro, se jogando mais para trás – Sua mãe tem bom gosto. Um dos melhores hoteis da cidade.
- Zayn, oque você fez? – eu disse calmamente, tentando não esguelha-lo naquela calçada.
- Nada – ele riu de canto – Agora você não tem mais problemas com o hotel. Eles vão acobertar você para sua mãe. Eles dirão que você saiu, ou que estar dormindo e iram manda-la ligar para seu celular.
Senti meu rosto queimar.
- E você acha que isso é um coisa simples? Oque você fez para eles fazerem isso? – dei dos passos a frente enquanto falava.
- Eu tenho certeza que eles vão fazer tudo que eu mandar – ele deu de ombros despreocupado – Afinal, paguei o suficiente.
- Você subornou os funcionários do hotel? – minha voz saiu mais rouca que o esperado, como se eu fosse uma mãe perguntando ao filho o por quê da nota baixa.
- Não posso fazer nada se eles se venderam por uma boa quantia – Zayn se encolheu, mas continuou sorrindo, como se aquilo fosse divertido.
Eu o fitei por um tempo. Ajeitei minha bolça nos ombros e olhei para a porta de saída. As pessoas andando apreçadas e o movimento dos carros engarrafados para sair dali. Respirei pesadamente por algumas vezes, enquanto eu tinha certeza que ele me observava.
- Você não pode ter o controle de tudo que quer – eu ainda observava as pessoas. Minhas palavras saíam calmas – E... se alguma coisa der errado eu digo que você me obrigou a fazer isso.
Ele sorriu e pulou para o chão.
- Carlos, coloque a mala dela no porta-malas e esta dispensado por hoje – ele disse sem tirar os olhos de mim.
CONTINUA...
====================================================================================
OE
Gente, esse capitulo não ficou como eu queria, tudo aconteceu muito rápido, mas foi preciso. Peço desculpas se demorei e se ficou muito ruim, mas ele esta ai. Esse capitulo foi escrito em partes, todo dia eu escrevia um pouquinho '-'
O próximo capitulo talvez seja o mais esperado da fanfic inteira rçrçrçrçrç
COMENTEM COMENTEM POR FAVOR <3 A FANFIC SÓ ANDA SE VOCÊS COMENTAREM.
@favelaziam & @ziametaphor
Continuua ta perfeito
ResponderExcluir--milena--
C-O-N-T-I-N-U- A
ResponderExcluirAguardando o cap hot anciosa
continuaaaaaaaaaaaaaaaaa socorrinho
ResponderExcluirContinua sua divaa <3 tá per-fect <3
ResponderExcluiraahh continua... ansiosa
ResponderExcluirAí senhor 0.0 ficou perfeito Caralho amei kkkkk surtei aqui
ResponderExcluirContinuaa
ResponderExcluirContinuaaa
ResponderExcluir