...Todo esse tour por Paris é verdade. Estudei os pontos turísticos para escrever direitinho. Se um dia algumas de vocês forem a cidade luz e passarem por esses lugares, lembrem desse casal que saiu da minha mente...
~~ VOCÊ ON~~
Eu fitava meus tênis, sentada no sofá do quarto ouvindo sua voz tagarelar para onde iriamos. Ele já estava no banheiro a um tempo inestimável. Me acomodei mais uma vez e peguei o guia de viagem que Madalena tinha me dado. Li algumas coisas que falavam sobre uns lugares que eu queria ir e, que muitas vezes ele falava.
Era claro que tinha o local clássico e, se você vier a Paris e não visita-lo, ficara arrependido pelo resto da vida.
Torre Eiffel.
Mais conhecido pelas pessoas como '' Lugar de Pessoas apaixonadas''. Sinceramente, isso é clichê. O que mais pode acontecer nesse lugar? Para mim isso tudo é balela. Encostei minha cabeça no estofado do sofá e joguei o guia de viagem para qualquer lugar. Com Zayn ao meu lado eu não iria precisar de nada.
Bati meus pés incontroláveis no chão, tentando não me irritar com a demora. Eu sabia que ainda estava sedo. Deveriam ser umas 9:30h, mas o problema era que eu queria sair logo. Eu queria ver Paris.
Senti um vento quase gelado passar por mim, balançando as cortinas e mostrando uma luz que fugia. Observei por um momento e levantei. Aquilo era uma varanda. Tinha vista completa para o jardim e um pouco da piscina. Vi Ellen falando com um homem vestido de macacão. Talvez ele fosse o cara que veio para consertar a bomba de sucção. Ele estava guardando algum tipo de equipamento.
Eu ainda estava me sentindo ridícula ainda pelo fato do casaco.
Me virei e vi a imagem perfeita de Zayn. Ele sorria animadamente enquanto eu me movimentei pelo quarto. Puxei minha bolça do sofá e pus pelo ombro.
- Acho que agora vamos, né? – levantei uma sobrancelha. Se ele inventasse alguma coisa para fazer eu iria ir sozinha.
- Claro, claro – ele sorriu e levantou o braço, pedindo para que eu andasse até a porta. Ele passou um dos braços sobre sobre meu ombro e foi se guiando até a escada.
Ele desceu falando sobre oque eu deveria fazer sobre os lugares que eu queria visitar, mas foram apenas palpites. Esperei nas escadinhas em frente a casa enquanto ele pegava o carro na garagem. Observei as casas e pensei o que realmente eu iria fazer agora.
Ele parou a BMW com a capota levantada bem na minha frente. Fitei o carro vermelho por um tempo, pensando em algo. Ele buzinou levemente e talvez tenha resmungado alguma coisa.
Ele parou a BMW com a capota levantada bem na minha frente. Fitei o carro vermelho por um tempo, pensando em algo. Ele buzinou levemente e talvez tenha resmungado alguma coisa.
- Para onde quer ir? – ele me perguntou assim que saímos do condomínio.
- Seria bom ir primeiro para o Rio Sena – pisquei duas vezes para realmente acreditar que estava dizendo isso – e assim podemos visitar alguns lugares que ficam a margem.
Apertei o botão e refletiu na tela o nome de mamãe. Continha 13 ligações perdidas e 2 mensagens. Mordi o lábio e levantei uma sobrancelha. Retornei uma das ligações. Depois de dois toques, ela atendeu.
~~ Ligação On ~~
- Oi mamãe – tentei dizer o mais calma e alegremente possível. Zayn desviou os olhos do volante por um momento e sorriu para mim.
- Ah filha! – ela começou com um tom de voz preocupado – Você deveria ter me ligado quando chegou.
- Eu sei mãe, mas eu estava cansada – revirei os olhos e suspirei – Esta tudo bem.
- Que bom... liguei para seu hotel mas ele me disseram que você chegou e pediu para não ser incomodada por ninguém – arregalei os olhos e me ajeitei no banco – Eu disse que era sua mãe, mas me disserem que ordem dos hóspedes são respeitadas a todo o custo.
- Mãe, eu estava cansada – Zayn riu mais uma vez ao meu lado. Fiz uma careta e voltei a falar – Agora eu estou um pouquinho ocupada.
- Aonde você esta?
- No táxi.
- Indo para onde?
- Rio Sena – revirei os olhos mais uma vez – Mamãe, eu estou bem. Não precisa me pedir um relatório agora, te mando mais tarde por email.
- Tudo bem meu amor – ela deu um tempo na linha, talvez pensasse – Se divirta.
- Pode ter certeza – me virei para Zayn e o fitei dirigir – Agora tchau, mãe.
- Tchau querida.
~~Ligação off ~~
Vi as mensagens não lidas do meu celular. Uma não era de mamãe, era de Izy.
´´Não poupe os detalhes da viagem, quero saber de tudo. Se divirta.´´
Sorri e olhei para paisagem da cidade. Eu teria que pesar no que realmente falaria para as pessoas. Se mamãe soubesse que eu estava aqui com Zayn, adeus vida. Eu teria que aguentar à volta, com todas as pessoas ao meu redor perguntando sobre a viagem.
- Ela desconfiou alguma coisa sobre o hotel? – ouvi sua voz sair baixinha.
- Não – suspirei – Você fez um ótimo trabalho.
Ele revirou os olhos.
- Você já concordou pelo motivo que eu fiz isso – ele me olhou, com o Ray Ban refletindo à paisagem que passava e o cabelo sendo desgranhado aos poucos pelo vendo que entrava a todo custo no carro.
- Tudo bem – encostei minhas costas no banco e olhei fixa para frente.
Deslisei meu braço até o rádio da BMW que era embutido uma pequena televisão. As rádios só falavam em francês e as musicas não eram tão agradáveis, minha poucas aulas e francês forçadas não me ajudaram em nada.
Eu tinha meus planos de visitar o máximo de pontos turísticos que conseguisse hoje. Eu tinha que ver tudo, absolutamente tudo. Entreti-me com o rádio e as ruas monumentais que passava pelo carro. Talvez Zayn já esteja acostumado a vir aqui, porque ele apenas dirigia.
A BMW estacionou – dessa vez regularmente – em uma rua que, para mim, estava longe do rio. Ele apertou um botão desligando o rádio e depois outro para a capota do carro levantar, assim transformando o carro em um conversível.
Ele abriu a porta do da BMW para mim, que instantaneamente fui recebida por uma corrente de ar fresco, trazendo uma das melhores sensações de tranquilidade. O vento era fresco e úmido, facilitando minha respiração.
- Muito bem – eu disse, animadamente enquanto me pus de pé e ouvi a porta batendo, Logo em seguida o som das portas do conversível sendo travadas – Onde estamos?
Ele sorriu e passou uma das mãos sobre meu ombro, me juntando ao seu corpo enquanto andávamos para o norte.
- Não iria conseguir uma vaga para estacionar – ele suspirou – Então vamos segui daqui em diante a pé.
- Humm. Para mim estacionar em lugar não permitido não fosse problema para você – murmurei olhando para os prédios que faziam da rua - assim como o chão, de pedinhas juntinhas - ser monumental.
- O problema não é esse – senti sua mão pesar em meu ombro e depois deu uma afagada forte, me fazendo encostar mais em seu corpo – O problema é que essa cidade é linda de mais para ser vista da janela de um carro.
Pressionei as têmporas e sorri. Ouvir ele falando isso era realmente bom para mim. Descansei minha cabeça em seu ombro enquanto ele me guiava. Pelo oque eu sabia, depois que seguíssemos essa rua, daríamos de cara com a rua principal, que ficava as margens do Sena.
***
- Vamos! Você tem que dizer alguma coisa! – ouvi a voz de Zayn sair bem grudada ao meu ouvido, num sussurro marrento. Mordi o lábio e pus as mãos na cintura, encarando mais uma vez a grandiosidade a minha frente.
O vento não parava, fazendo meu cabelo voar em um único movimento para a direita. Meu coração se acelerou e vi Zayn dar dois passos para frente, ficando bem em minha frente. Seu cabelo rodava em sua cabeça, desgrenhando qualquer penteado que ele tentou fazer.
- Você tem que dizer alguma coisa – ele esperneou outra vez, fitando meus olhos. Por um momento eu olhei para ele e voltei a realidade.
- Isso é louco – sorri e varri meus olhos pelas margens do rio, que ainda estava longe de mim.
Estávamos andando até a margem quando eu parei. Sinceramente, aqui foi o que eu sempre desejei. Então, eu tive um mini ataque. Paralisei, enquanto ouvia a voz de Zayn quase em incentivos para que eu continuasse andando.
- Temos que chegar mais para frente – sua voz saiu risonha – Vem!
Ele me deus as costas e começou a caminhar para frente. Eu ainda estava parada na calçada, sentindo o vento dos carros passando e se misturando com a brisa. Vi o corpo magro de Zayn se inclinar no batente das muretas de proteção que ficavam as margens do rio. Ele ficou olhando lá para baixo por um tempo e depois se virou.
Fez uma careta e correu para mim. Seu risos me empolgaram.
- Você não vai ver nada parada ai – ele colocou as duas mãos sobre meus ombros e foi me empurrando em direção a margem.
Senti o mármore das muretas em minhas mãos espalmadas. Fitei o outro lado do rio, tentando enxergar alguma coisa do outra lado. Depois olhei para Zayn. Ele estava com os cotovelos apoiados da mureta, um pouco curvado e sorrindo.
- Isso não faz sentido – balancei minha cabeça negativamente e sorri – É lindo demais.
Passei meus braços em volta se deu pescoço, o abraçando enquanto olhava a paisagem. Ele sorriu e levantou o tronco. Passou uma mão para minha cintura e ficou bem perto de mim. Encostei minha cabeça em seu peito, fechei os olhos e suspirei. Aquilo realmente estava acontecendo?
- Parecia menos cheio no catalogo – olhei para a Pont de Arts, que estava bem à nossa frente.
- Não reclame – ele começou a andar e, como estávamos de mãos dadas, fui puxada – Você veio para um dos pontos turísticos mais visitados do mundo, na alta temporada dos turistas.
Suspirei mais um vez e observei todas aquelas pessoas na ponte. Meus olhos viajaram para a imensidão do rio, se perdendo no horizonte. O vento nunca nos abandonava, causando assim, pelo menos em mim, a sensação de frescor.
A Pont de Arts foi a primeira ponte do Rio Sena a ser construída. Tudo ir por um fetiche de Napoleão I. Ela é bem conhecida, não pelo seu ponto histórico, mas pelos seus milhares de cadeados prendidos nos ferros de proteção da ponte.
Caminhamos sobre a ponte enquanto eu observava um grupo de turistas, cada um fazia questão de prender um cadeado na ponte. A maioria eram casais, que com certeza tinham pensado que estariam na cidade do amor, prendiam juntos os cadeados e jogando as chaves no rio, mesmo sendo proibido jogar qualquer coisa.
Zayn foi andando enquanto me puxava mais para o canto. Ele olhou pela imensidão do rio à nossa frente, enquanto sorria. Fiquei parada, olhando para alguns cadeados presos ali. Quantos sonhos deveriam estar presos ali? Quantas historias de amor? Era impossível saber.
- Tenho que ver Palais du Louvre – disse dando dois passos para trás. Os cadeados estavam me dando algum tipo de náusea.
- Tudo bem – ele sorriu e começou a caminhar.
Me agarrei em seu braço e apoiei minha cabeça em seu ombro, eu já poderia ver o Louvre ali. Aquilo me animou mais.
- Eu pago – ele tirou os comprovantes da minha mão.
- Pelo amor de Deus, isso não tem cabimento – os peguei de volta – Preciso usar o cartão de credito. Minha mãe vai desconfiar.
Ele me fitou por alguns segundos e suspirou, mas ainda me olhando com uma certa inquietude.
- Tudo bem – ele ajeitou o casaco e passou as mãos pelo cabelo, bagunçado pelo vento.
Fui andando até a pequena cabine que onde pagávamos os ingressos. Zayn veio atrás de mim. Paguei o meu com o cartão universal que eu usava, e claro, mamãe tinha depositado uma gorda quantia para minhas necessidades de Paris.
Olhei o ingresso impresso em minha mãos e li o nome do Louvre. Era claro que não daria tempo para olhar o prédio inteiro, mas pelo menos a praça inteira.
Entramos na praça Cour Napoléon e não tinha como não ver a Pirâmide de Louvre. O monumento feito de vidro e metal, reluzia em minha frente, brilhando perfeitamente ao sol ralo de Paris.
Entramos na praça Cour Napoléon e não tinha como não ver a Pirâmide de Louvre. O monumento feito de vidro e metal, reluzia em minha frente, brilhando perfeitamente ao sol ralo de Paris.
Zayn me puxava em direção a Pirâmide de vidro, talvez ele já tenha superado seu pequeno estresse sobre quem iria parar oque. Eu não imaginaria nada do que estava acontecendo, aquilo era tão surreal que parecia mentira.
Perto de nós, havia outros turistas destrambelhados tirando fotos de tudo que faziam. Eu os observei enquanto caminhava ao lado de Zayn, que tagarelava alguma coisa. Eles mal olhavam para o monumento, estavam mais preocupados com suas fotos de recordação.
Isso me fez querer pensar, quando tudo acabar, se você tem que se preocupar em relembrar o passado, ou viver o momento de forma simples, simplesmente vive-lo e esperar que o futuro chegue e, assim, seu presente vire passado. (Isso tá maconhado, eu sei '-')
Meus olhos saíram dos turistas e pararam na Pirâmide e nas quadro outras menores que a rodeavam. Eu sempre quis estar aqui.
Ele me puxou assim que entramos na Pirâmide de vidro. Parecia que la dentro avia uns tipos de lojas. Eu tinha lido em algum lugar que o monumento foi pedido de um presitende que queria colocar o Ministério da Fazenda dentro do Louvre, mas ele era histórico de mais para isso.
Ficamos um bom tempo lá dentro, apenas observando o céu bem embaixo de nossas cabeças, e a claridade invadindo.
- Quais alas do Louvre você quer visitar? – Zayn me perguntou assim que saímos da Pirâmide.
- Eu sei que não vai dar tempo de ver todas as peças de artes... mas eu já que estamos na ala Sully, seria bom conhece-la – olhei mais uma vez para o Louvre, sua grandiosidade me assustava.
- E depois por que não vamos a Denon? – ele me convidou a outra ala de arte de Louvre.
- O que você esta planejando? – perguntei, me lembrando do que tinha na ala Denon
- Eu sabia que se você vinhesse aqui, oque é obvio que viria – ele revirou os olhos sorrindo pra mim – Você gostaria de ver a mais famosa obra de Leonardo da Vinci.
- Zayn, estamos falando do Mona Lisa. Não podemos velo a hora que quisermos – o fitei. Seus olhos lampejaram quando falei o nome da obra.
- E se... – ele fez uma pausa assim que entramos definitivamente no Louvre – Eu conhecesse alguém que trabalhasse aqui?
- Não acredito! – apertei seu braço que estava intrelassado ao meu – Você é doido.
Ele sorriu e beijou minha bochecha levemente, passando a ponta de seu nariz em minha pele.
As peças de artes da ala Sully era realmente belas e perfeitas. Eram mais objetos do que quadros. Sully era a ala mais antiga do Louvre, e assim, oque contava mais era sua arquitetura.
Talvez Zayn intendesse mais sobre à historia do que eu, mas ele não parecia tão interessado. As pessoas falavam mais baixo, eu só ouvia o barulho dos pés batendo da madeira glossa e lisa do chão, junto com as falas mansas das guias turísticas falando sobre algumas peças e lendo as informações que era exibidas.
Parei ao lado de Zayn em uma peça de mármore desenhada a óleo. Seculo XV.
- Parece um jarro que minha mãe tinha – Zayn girou a cabeça e forçou os olhos para ler sobre o jarro – Mas não sei onde ele foi parar.
- Vamos continuar – o puxei e seguimos para a próxima peça em exposição.
- Você tem certeza que isso esta certo? – perguntei enquanto passávamos definitivamente para Denon.
- Tenho – ele sorriu. Eu estava estranhamente animada.
- É só não chamar muita atenção – ele sussurrou perto do meu ouvido, me fazendo sentir sua respiração quente batendo contra mim.
Vi uma placa em francês que anunciava alguma coisa sobre ''Conferir seu cadastramento''. Agarrei meus braços ao de Zayn, enquanto ele observava o teto feito de pinturas extraordinária. Depois que entramos em outro salão, um balcão posicionado à esquerda.
Zayn me puxou até lá, sorrindo descaradamente para a mulher. Ele resmungou alguma coisa no meu lado, porem alto. Só me liguei que ele estava falando francês quando a mulher respondeu, no mesmo tom de voz, puxando as silabas tônicas.
Observei a mulher pálida e sorridente a nossa frente. Ela sorria e tinha o uniforme impecável, com o nome do Louvre bortado no colete preto, que ficavam em baixo da blusa de seda. Seu cabelo loiro era preso em um coque alto, deixando alguns frios dourados cair sobre seus olhos.
Eu não intendia muito bem oque eles falavam, mas ela começou a checar alguma coisa no seu computador. Ela sorriu para nois dois e saiu de sua bancada, falou alguma outra coisa que eu não entendi e abriu a porta.
Meu obrigada em francês até que saiu bom.
- O que gostaria de ver antes do maravilhoso e esplendido Mona Lisa? – Zayn me perguntou sorridente o bastante para que eu sorrisse também.
- Pelo oque eu entendi, temos que marcar hora para ver o Mona Lisa? – perguntei enquanto ele parava em frente a uma escultura. Fitei seu rosto enquanto ele fazia uma careta para o frente.
- Não – ele suspirou e girou a cabeça, ainda olhando para frente. Talvez ele fizesse isso para entender melhor oque estava vendo – Precisa ficar esperando até você ser encaixado a uma expedição pelo Louvre, incluindo o Mona Lisa. Isso só acontece quando você não tem nome, se tiver, eles dão um jeito de te deixam entrar. É que o quadro não pode receber muitas pessoas num dia só. O quadro é patrimônio da humanidade. Eu só aprecei as coisas para nós.
Finalmente a grande obra ficava cada vez mais perto de nós. Eu tentava prestar atenção as outras coisas mais... era quase que inevitável não ficar nervosa.
Entramos em outro salão, mas grandioso ainda. Meus olhos pararam na grande placa de entrada
´´A PROPOS DU GRAND LÉONARD´´
Como se as pessoas que fossem visitar o Mona Lisa não soubessem de nada sobre ele. Como se alguém do mundo não conhecesse Leonardo da Vince.
De repente, lá estava a obra. Como sempre, com algumas pessoas a rodeando. 77cm x 53cm parados bem a nossa frente. O Tempo da Renascença italiana bem em nossos olhos. Zayn arfou no meu lado, enquanto eu mantinha meus olhos no quadro.
- Brilhante não é? – Zayn disse entre seu sorriso estupendo. Pensei que talvez meu maxilar poderia estar doendo devido a forma em que ele estava mostrando os dentes.
- Sim – meus olhos vazaram por um único momento do quadro.
Nos ficamos parados por alguns breves momentos observando a grandiosidade.
Seguimos em diante com um certo remorso por deixar um quadro tão perfeito para trás. Eu estava com meu olhar vazio, não conseguia focalizar nada em minha frente.
De repente Zayn parou, e como meus braços estavam firmes aos seus, fui puxada. Bati meu ante-braço e os ombros contra ele, que não se mexeu. Ele observava alguma escultura em mármore. Eu também a observei por alguns segundos, mas depois pisquei e me contive sobre o acabou de acontecer. Eu realmente tinha visto o Mona Liza e tudo isso graças a Zayn.
Tirei minhas mãos da dele e passei para suas costas, as afagando antes de pegar impulso em seus ombros para deixa minha boca bem perto de seu ouvido.
- Obrigada – sussurrei demoradamente contra sua orelha, e depois dei um rápido beijinho ali.
Eu conseguia ouvir o som da sua respiração, graças ao meu rosto bem próximo ao seu. Ele passou a mão para minha cintura, ainda, pelo oque eu conseguia ver, olhando para frente. Me juntou mais ao seu corpo, me virando bem devagar para ficar frente a frente a ele.
Observei seu maxilar e a perfeita linha de seus lábios antes de senti-los em mim. Ele colocou uma das mãos em minha nuca, me alinhando mais ao seu rosto, enquanto eu sentia sua boca delirantemente consumir a minha.
Ouvi o som de alguém limpando a garganta bem atrás de nós, me fazendo da um pequeno pulo e tirar meus lábios dos dele. Um segurança gorducho voltava ao seu posto bem em frente a esculturas em que nós estávamos. Meu rosto foi contra a jaqueta de Zayn, tentando esconder meu rosto de ter sido chamada atenção por um segurança.
- Você quer almoçar? – ele sorriu para mim, levantando meu rosto.
- Ahn, tudo bem – sorri entrelacei minha mão com a dele.
Louvre foi realmente incrível. Talvez eu ainda voltasse aqui.
Já tinha passado das 15hs da tarde quando saímos do restaurante e seguimos o curso o Rio Sena. Eu tinha falado aonde eu gostaria de ir e talvez ele também quisesse. O tal lugar magico, por onde a cidade luz é proclamada por todos os amantes do romantismo. Eiffel.
Não era difícil vê-la. Pelos seus 324 metros, era possível vê-la até de muito longe. Ela ficava cade vez mais próxima de nós quando finalmente entramos no Champ de Mars, onde se localiza a Torre Eiffel.
O vento soprava movimentando meu cabelo, enquanto sentia o gramado verdinho embaixo dos meus pés. Zayn tirou o Ray Ban e o pendurou sobre a blusa, para olhar diretamente até o pico da torre. Fiz o mesmo, não me incomodando com a pouca claridade que o sol da tarde causava.
- Muito melhor do que eu imaginava – murmurei enquanto eu ainda babava pela torre.
Havia outras centenas de pessoas espalhadas pelo gramado, mas pelo seu tamanho, conseguia abrigar muito mais gente, sem que uma incomodasse a outra. Senti Zayn se soltar de minhas mãos, mas por um momento eu não me liguei. Fiquei observando cada detalhe, eu conseguia ver os ferros perfeitamente, mesmo estando a uns 30 metros.
Senti a falta de Zayn e me virei. Ele estava deitado no gramado bem atrás de mim, tinha recolocado os óculos e sorria alegremente para o céu.
- O que é isso? – tampei o sol que batia em seu rosto, ficando frente a frente de seu corpo na grama.
Ele levantou um pouco os olhos e afagou um espaço em seu lado, depois deu duas batidinhas me convidando para me deitar ao seu lado. Mordi o lábio para a sena mais comovente que já tinha visto. Dei uma rápida olhada em volta e me sentei ao seu lado, logo deitando meu corpo sobre algo confortante.
A grama era fresca. Eu conseguia sentir o cheiro puro do verde.
- Esse céu é o mais lindo que eu já vi – ele murmurou depois de um tempo, tirando o silencio dos meus lábios.
- Não é a toa que eu tenho uma bela queda por esse lugar – prendi minhas duas mãos firmes sobre minha barriga, me dando pequenos beliscões para que isso não fosse um sonho.
- Tem rasão – ele rolou, ficando bem em cima de mim, apoiando os cotovelos na grama – Paris é o melhor lugar que conheci – ele olhava freneticamente para meus olhos. Eu estava me perdendo a imensidão de seus olhos claros é brilhantes – Graças a você.
Ele continuava me olhando. Meu rosto começava a esquentar, como se uma onda de calor passasse por mim, aumentando a intensidade a cada segundo em que seus olhos permaneciam em mim.
- Você não é modesto – por um momento parei de respirar, mas graças ao meu celebro que me levou a rasão, respirei novamente – Você já veio aqui antes.
- Mas não estava com seus lábios – ele disse pausadamente e se curvou mais a mim, me beijando em um selinho demorado – Eu não tinha seus olhos. Eu não tinha você.
Fechei os olhos ao sentir um arrepio passar lentamente sobre meu corpo.
- Não deveria dizer essas coisas – meus olhos estavam fechados até o meio da frase, depois abri e vi seus olhos lampejarem com as pupilas dilatadas. Eu conseguia ver diretamente as cores castanhas cinzenta se revesando em seus olhos – Elas me iludem demais.
- Eu não estou iludindo ninguém – por um momento, sua voz saiu falhada mais logo voltou a mesma melodia calma de antes – Você precisa entender que eu gosto muito de você.
- Isso é estranho – olhei para sua testa, seus olhos me deixavam nervosa demais – Nós somos muito diferentes... Você é explosivo. Você se expõe para quem quiser ver. Eu não sou assim, sou o contrario... isso não era para combinar... Você queima e eu congelo.
Minhas palavras praticamente saíram dolorosas, mas para mim, tudo funcionava assim. Essa era a verdade, e eu sabia que ele consentia da mesma forma. Pensei que ele iria fechar a cara e para tentar sair por cima novamente, fazendo uma brincadeirinha. Mas não, ele sorriu. Sorriu de uma forma doloridamente linda, que chegava a machucar de tão lindo que era seu sorriso.
Ele chegou mais perto, porem desvirou o rosto para minha orelha, onde senti sua respiração quente.
- Nada pode ficar queimando ou congelando demais – ele sussurrou, fazendo as palavras saírem calmas e roucas – E assim combinamos. Juntos somos equilibrados – meu corpo se contorcia aos poucos a cada palavra que ele dizia. Eu tinha a vista a céu de Paris, com a pontinha a Torre Eiffel aparecendo – E é por isso que eu te amo.
Era como se essas palavras me rasgassem por dentro, mas de uma forma boa. Como se cada parte de mim fosse rasgada e preenchida com o mais bruto amor. E pode ter certeza que era a melhor coisa do mundo.
- Você esta me iludindo de novo – arfei ao olhar o céu de Paris. Aproveitei que ele não estava olhando meu rosto e fechei os olhos, o mais firme que pude. Era como se dentro de mim estivesse em chamas.
- Me diga seus motivos então – ele sussurrou e logo beijou a base de meu pescoço, não me dando tempo para pensar. Eu não respondi, então ele continuou – Por que eu estaria te iludindo?
Eu tinha me perdido por um momento aonde eu estava. Faltava ar nos meus pulmões e estava controlando minha respiração para que não começasse a ofegar.
- Eu não sou o tipo de pessoas amável – cuspi as palavras para fora. Se eu demorasse mais a falar, iria começar a me desesperar – Sou totalmente ao contrario. Chega a ser ridículo você falar assim... eu sou... – as palavras fugiram de minha boca. Simplesmente não conseguia mais pensar em nada para falar.
Ele voltou o rosto para mim, bem baixinho, quase roçando sua bochecha da minha.
- Não esta me convencendo – sua voz saiu falhada com o pequeno risinho que ele deu – Suas teorias são vagas.
- Estou tentando – minha voz pareceu com o tom de alguém fazendo pirraça. Só faltei bater o pé.
Ele olhou para mim com um pequeno sorrisinho. Esticou o rosto e beijou minha testa, forçando seus lábios contra minha pele.
- Pare de tentar encontrar alguma desculpa – ele disse, ainda na altura de minha testa – Elas não existem.
Eu suspirei derrotada. Levantei meu rosto procurando seus lábios perfeitos. Os encontrei sorrindo. O beijei calmamente, enquanto o calor dentro de mim corria até meu coração, me dando uma boa sensação. Ele puxou meus lábios inferiores antes de parar o beijo, me fazendo querer mais de sua boca.
- Temos uma vista linda para admirar – ele rolou para seu lugar, saindo de cima de mim. Por um momento voltei meus olhos para o céu, porem a única vista linda que eu queria admirar era seu rosto.
´´Semblent flotter dans l'immensité de mes rêves, étant détenu par un ange sans ailes.´´
Pareço flutuar na imensidão de meus sonhos, sendo carregada por um anjo sem asas.
Peguei essa frase de um livro francês que tinha lido. Para mim se encaixava perfeitamente na situação.
Fitei a torre sobre meus olhos e senti a mão de Zayn em minhas costas, afagando-a. Ele se sentou e ficou ao meu lado, observando Eiffel. Ele chegou perto de mim e beijou meu cabelo, na altura da orelha. Suspirei e tombei a cabeça para seu ombro. Logo suas mãos me envolveram e me alinharam sobre seu corpo. Senti minhas costas baterem sobre seu peito, onde o senti perfeitamente perto de mim.
Depois de um tempo, me virei e achei seus lábios, gloriosamente lindos. Acariciei seu pescoço enquanto sentia sua boca de movimentava devagar na minha, sentindo o gosto bom dele. Zayn desceu o lábio para meu maxilar e o beijou, mordendo logo abaixo do meu queixo.
Tentei recuperar minha respiração enquanto sua testa estava colada na minha. Impulsionei meu corpo para ele, que tombou para o lado, mas depois suas costas bateram na grama novamente. Fiquei por cima de seu corpo, então voltei meu rosto contra sua orelha.
- Sobre aquela coisa de amar – sussurrei da mesma forma que ele falava antes – somos bem equilibrados. Porque eu também te amo.
Eu ouvi um suspiro em seu peito e ele logo puxou meu rosto para sua frente. Passou os dedos sobre meus lábios e depois me beijou. Meu corpo queimou com seu toque, sentindo que aquele lugar era magico.
***
- Volto daqui a 5 minutos – Zayn me disse enquanto eu me sentava em um banco, bem em frente a estrada.
Ele beijou minha testa e seguiu andando até onde tínhamos deixado o carro. Eu ainda conseguia ouvir o som das águas do Rio Sena bem atrás de minhas costas. O céu estava em um alaranjado, misturado com um tom rosa e lilás, com algumas fagulhas de nuvens.
Meu corpo ainda estava queimando. Eu sentia parte minhas mãos tremerem e formigarem, mas era bom.
Meus olhos vagaram pela cidade a minha volta, ativa e barulhenta, mas mesmo assim, ainda era surreal olhar para ela. Fitei as pessoas... nobres franceses que tinha a maravilhada sorte de morar aqui. Viver na cidade luz.
Como penas passando por meu pescoço, as dedos de Zayn dedilharam minha pele. Dei um pequeno pulo e agarrei sua mão.
- Você me assustou – me pus de pé.
- Desculpe – ele sorriu e fitou meus olhos – Eu demorei muito? Devo ter levado uns 15 minutos.
- Quinze minutos? – forcei as têmporas – Pareceu bem menos.
Eu me sentia tão leve. Era como se eu tivesse esquecido de tudo. Tudo o que me perturbava. Estar ao lado de Zayn era a coisa que mais estava me deixando alegre. O observei dirigindo por um bom tempo. Eu estava preparando oque iria fazer com ele.
***
Senti minhas costas baterem contra à bancada da cozinha quando finalmente entramos pela porta dos fundos. Eu não conseguia respirar, mas mesmo assim continuei atacando sua boca. Senti Zayn descendo as mãos até meus quadris, e depois para as coxas. Ele deu impulso e fiquei sentada na bancada, enquanto tentava respirar ainda com seus lábios nos meus.
Ele desceu o rosto até meu pescoço e o beijou uniformemente, me fazendo tombar a cabeça. Ele passou suas bochechas contra meu pescoço e respirou fundo, deixando sua respiração bater contra minha pele.
- Ainda não – ele sussurrou – Tenho outros planos para agora.
Senti meu rosto esquentar. Ele beijou meu cabelo e depois meu rosto, quase na linha do maxilar.
- E então – comecei a levantar da bancada – Quais são seus planos?
- Apenas suba e fique linda – Zayn beijou minha testa e colocou boa parde de meu cabelo para trás dos ombros – Não dessa até esta pronta.
Franzi à testa em duvida.
- Tudo bem – suspirei e mordi o lábio – Vejo oque consigo fazer.
Deixei ele rindo na cozinha e subi até o quarto. Me surpreendi com o que vi encima da cama. Era um vestido lindo, completamente deslumbrante. Ele era de um vinho-cintilante, não muito claro. O observei esticado na cama, junto com uma caixinha preta.
Passei minhas mãos sobre o vestido e senti as rendas. Ele era tão lindo. Meus olhos pararam na caixinha preta. Ele era aveludada e cintilava. Quando a abri, meus olhos pararam na coisa mais brilhosa e perfeita. Um colar. Eu não sabia distinguir que tipo de joia era a quela, mas era impossível não sorri olhando para ela. Ele tinha pensado nisso.
Corri para o banheiro e tomei um banho, tentando ganhar tempo para poder trabalhar bem em meu cabelo. Eu não conseguia pensar em nada, só o quanto Zayn arquitetou isso. Isso era extremamente assustador e maravilhoso.
Passei minhas mãos sobre o vestido e senti as rendas. Ele era tão lindo. Meus olhos pararam na caixinha preta. Ele era aveludada e cintilava. Quando a abri, meus olhos pararam na coisa mais brilhosa e perfeita. Um colar. Eu não sabia distinguir que tipo de joia era a quela, mas era impossível não sorri olhando para ela. Ele tinha pensado nisso.
Corri para o banheiro e tomei um banho, tentando ganhar tempo para poder trabalhar bem em meu cabelo. Eu não conseguia pensar em nada, só o quanto Zayn arquitetou isso. Isso era extremamente assustador e maravilhoso.
Encarei meu reflexo no espelho exagerado no banheiro. Ele tinha escolhido um ótimo modelo, se foi ele que escolheu. Coloquei o colar, que ficou na altura certa, combinando com o vestido. Soltei meu cabelo que caiu sobre os ombros. Eu estava realmente apresentável, mas se tratando de Zayn Malik, você nunca estará a altura.
Desci degrau por degrau, me equilibrando no corrimão da escada. O salto não estava me favorecendo, talvez tenha sido uma equivoco coloca-lo, mas estava no ''pacote'' que ele deixou encima da cama.
Cheguei a sala. Vi suas costas, encostada em uma pilastra do canto da sala, observando pela porta de vidro o caminho até a piscina.
- Isso é realmente necessário? – murmurei ao pé da escada, enquanto me movia lentamente até a sala.
Ele se virou lentamente, com mas mãos enfiadas no bolço da calça. Me esqueci de como se respirava, por um bom tempo. Eu senti os músculos do meu corpo se contorcerem ao vê-lo. Doía de tão perfeito. Ser apaixonada por ele era a pior das doenças.
Seu corpo estava sobre um luz fraca, mas eu podia ver cada detalhe surpreendente. Ele estava usando um terno Armani preto. Eu tinha certeza. Meu pai tinha ternos como aqueles, feito sobre medida. Seu cabelo estava penteado perfeitamente para trás, mas mesmo assim, era despojado.
- Realmente – ele murmurou sorrindo, andando até mim, que estava parada a meio caminho dele. Eu não tinha forças de continuar andando – Você esta linda.
Ele deu um meio sorriso pra mim, fitando meus olhos.
- O-obrigada – arfei assim que sua mão tocou minha bochecha – Você também esta lindo.
Ele sorriu para mim tranquilamente. Zayn deveria ter se vestido em um dos vários quartos da casa, me dando liberdade para poder me arrumar. Ele estava tão lindo. Se eu não estivesse sentindo ele tocar em mim agora, poderia jurar que era uma miragem.
Eu poderia estar apresentável, mas nunca chegaria aos pés dele. Ninguém nunca chegaria.
- Carlos está nos esperando – ele disse baixinho, me oferecendo o braço direito.
E eu asseitei.
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Oie meus babys.
Gostaria de dizer um OBRIGADA enorme pelos comentários do capitulo anterior. Gente, muito obrigada mesmo pelo incentivo e pelas coisas lindas que vocês me falaram. Estou totalmente feliz por isso.
Próximo capitulo é despedida de Paris e vai acontecer algumas coisinhas e tals. A fanfic agora vai começar a se passar rápido. A segunda temporada esta confirmada. Estou dando o meu melhor.
COMENTEM! SEUS COMENTÁRIOS ME FAZEM CONTINUAR <3
@ziampau & @ziametaphor